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A ÚLTIMA GRANDE LIÇÃO O Sentido da Vida

Por:   •  7/9/2018  •  4.355 Palavras (18 Páginas)  •  322 Visualizações

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O Audiovisual Março de 1995, Ted Koppel apresentador do programa “Nightline”, da ABC-TV, parou em frente a casa de Morrie em West Newton, Massachusetts. Morrie já vivia em sua cadeira de rodas o tempo todo, estava se habituando a ser tirado dela para cama e levado da sua cama para ela. Suas pernas já estavam mortas, ele nunca mais iria caminhar, porém, se recusava a cair em depressão, fazendo de si mesmo uma usina de ideias. Anotava todos seus pensamentos em um bloco de papel amarelo, envelopes, cartolina, pedaços de papel, etc. Escrevia curtas frases filosóficas sobre o significado de estar a beira da morte, coisa do tipo: “Aceitar o que se é capaz de fazer e também o que não se é capaz”. Um professor de Brandeis chamado Maurie Stein, se impressionou tanto com seus pensamentos que os mandou para um repórter do Boston Globe que visitou Morrie, fazendo uma grande matéria do mesmo. A mil e quinhentos quilômetros de distância, em sua casa na colina, ele mudava de canal, e de repente ouviu as palavras “Quem é Morrie Schwartz?”, ficando paralisado, lembrando da primeira aula juntos que foi na primavera de 1976, onde dizia Morrie: “Espero que um dia você pense em mim como amigo”.

A Orientação

Com um carro alugado entrou na rua de Morrie, em West Newton, bairro bem tranquilo de Boston, ao ver o seu velho professor, se emociona. Fazia dezesseis anos que não o via, de repente sentindo-se despreparado para o encontro. Fazendo o que aprendeu a fazer muito bem que era cuidar do seu trabalho, demora cinco minutos para ir até Morrie. Chegando lá Morrie o abraçava dizendo “-Meu velho amigo, finalmente você veio”, encostando sua cadeira a ele, não o largava, as mãos subiam por seus braços, inclinou-se sobre Morrie. Surpreendido pelo afeto, mesmo depois de todos esses anos, logo se lembrando de que atrás as muralhas de pedra que havia construído entre o presente e o passado, tinha esquecido o quanto foram íntimos.

Engolindo seco pois sabia, que bem no íntimo, não era mais aquele bom aluno presenteador que ele guardava de lembrança. Ficou desejando que nas poucas horas seguintes ele conseguiria enganá-lo, dentro da casa sentavam a uma mesa de nogueira na sala de jantar. Connie uma ajudante italiana, partiu os pães e tomates, trouxe a salada de frango, purê de ervilha e tabouli, e também trouxe alguns comprimidos, Morrie olhou-os e deu um suspiro, os seus olhos estavam fundos como ele nunca os tinha visto, e os malares mais salientes, o que lhe dava um ar duro e envelhecido. Morrie engoliu os comprimidos, largou o copo de papel, inspirou fundo e soltou. “- Quer saber como é?”, respondeu o aluno “- Como é o quê? Morrer?”, Sem que percebesse, o derradeiro curso começava.

Sala de Aula

Morrie tem a conclusão que as pessoas estão procurando-o como procuram uma ponte, “- Não estou tão vivo como antes, mas ainda não morri, estou digamos... no meio. Estou fazendo a última grande viagem aqui, e as pessoas querem que eu lhes diga o que devem pôr na bagagem.” Já Mitch não tem outros pensamentos a não ser os de quanto ele mudou, até mesmo se não fosse o “Nightline”, Morrie poderia ter morrido sem me ver de novo, e por conta disso não conseguia entender o por que, foi recebido com tanto calor humano. Mitch não conseguia entender o que foi que havia acontecido com ele, pois teria prometido a ele mesmo que nunca iria trabalhar por dinheiro, que lhe alistaria nos Corpos da Paz, que viveria em lugares belos e inspiradores. “- Estar morrendo é apenas uma circunstância triste, Mitch. Viver infeliz é diferente, muitas pessoas que me visitam são infelizes.” A vida pode ser definida na forma de uma luta livre. Mitch pergunta: “Que lado vence?”. Morrie responde simplesmente que: “O amor vence. Sempre”.

A Frequência

Semanas depois, Mitch embarcou para Londres. Lá tinha alguns pensamentos voltados para seu antigo professor, sempre que lia bobagens e futilidades. Ficava lembrando dele lá contando a respiração, aproveitando todos os momentos com seus queridos, e Mitch desperdiçando tanto tempo com fatos que nada significa. Lembrou-se das palavras de Morrie: “ A cultura que temos não contribui para que as pessoas se sintam felizes com elas mesmas. É preciso ser forte para dizer que, se a cultura não serve, não adianta ficar com ela.”. Morrie criou sua própria cultura, muito antes de adoecer. Passando uma semana pegou o telefone e ligou para Morrie, Connie levou-o ao telefone. “ Você vem me visitar – disse ele, mais afirmando do que perguntando.” “ Posso ir? – Diz Mitch” “ Que tal terça-feira?” Respondeu Mitch que terça-feira estava ótimo.

Primeira Terça-Feira – Falamos sobre o mundo

Connie abriu a porta para Mitch. Morrie estava na cadeira de rodas junto à mesa da cozinha, logo o mesmo fala “ – Mas posso fica sentado aqui com meus dias minguantes e identificar o que o julgo importante na vida. Tenho os dois requisitos para isso: tempo e o motivo.” Outros pontos visto na primeira terça-feira, foi que chorar é natural. E Morrie iria mostrar isso para Mitch. “ – O mais importante na vida é aprender a dar amor e a recebê-lo.” Terminam o dia com a lição de Morrie para Mitch. “ – Você quase não falou hoje, Mitch.” “ – Bom... eu não tinha o que dizer.” “ – Ora desconfio que você tem muito a dizer. A propósito, você me lembra uma pessoa que conheci que também gostava de guardar tudo para ela quando era jovem.” “ – Mitch pergunta logo, “ – Quem?” “Eu.” Responde Morrie. Segunda Terça-Feira – Falamos de Autocomiseração

Terça-feira seguinte, de muitas outras que seguiram, Mitch esperava esses dias com impaciência, mesmo que por isso ele viajava mais de mil e duzentos quilômetros. As visitas a Morrie eram como um bálsamo feito de bondade humana. Os dois falavam sobre a vida, sobre o amor e sobre os assuntos preferidos de Morrie, solidariedade humana e por que a sociedade é tão carente desse sentimento. Connie ia passar Morrie da cadeira de rodas para a espreguiçadeira, porém Mitch pediu para fazer isso. Ajudando seu amigo, comoveu-o de um jeito que não sabia explicar, só podendo dizer que sentiu a sementes da morte em seu arcabouço engelhado. Cada semana eles estudavam os modos em que os estudantes interagiam uns com os outros, em relação ao ciúme, à consideração. Somos cobaias humanas, na maioria dos casos alguém acaba chorando. Chamam isso de curso “tocando-e-sentindo”. Morrie passa um exercício onde tenta com a confiança das pessoas. “Diz ele a moça – Você fechou os olhos, às vezes, não acreditamos

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