A Etica e Direito
Por: Carolina234 • 22/8/2018 • 1.616 Palavras (7 Páginas) • 288 Visualizações
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seu cliente que pode ganhar a causa porque conhece ou é amigo do juíz ou de um ministro.
É normal ou até mesmo comum que os profissionais do Direito se conheçam e tenham amizade, porém, o meio profissional deve ser separado do meio pessoal, a amizade não precisa envolver outros interesses, até porque não é lícito que esta profissão seja um jogo de interesses pessoais, e sim uma profissão que envolva boas relações com clientes, mas que envolva os princípios da Ética. Infelizmente no Brasil assistimos diariamente, nomes de políticos que estão respondendo por corrupção, por receber propina de alguma empresa, ou de outro político, podemos observar advogados que defendem políticos e pessoas que burlam e quebram as leis, agindo sem Ética perante toda uma nação, e muitas vezes a verdade que é investigada vem à tona.
Muitos profissionais pegam casos que nem mesmo eles estão convencidos de que poderão convencer o juiz, buscam assim uma “aventura judicial”. O cliente pode pagar por bons honorários, porém, são situações de muita insegurança, pois, a causa pode ser ganha ao atirar-se para todos os lados, porém a mesma causa ganha hoje, numa outra causa similar pode ser perdida amanhã. Não se ganha todas as causas porém, cabe ao bom profissional, o bom senso em avaliar se compete a ele pegar ou não a causa.
Há o advogado que trabalha para corporação ou prestador permanente de serviços, ele possui um patrão e pode passar por situações difíceis, em que o patrão impõe uma atribuição que o constrange como profissional, porém, cabe a este o estatuto de independência do que lhe compete como advogado exercer ou não exercer.
Cabe ao advogado também, não mercantilizar seu serviço, a propaganda pode ser a indicação, um cartão de visita, a fim de vencer desafios na busca competitiva pelo cliente. No entanto, é preciso tomar cuidado para não adotar a postura depreciativa e anti ética do profissional fazer por exemplo panfletagem oferecendo o serviço de advogado no centro da cidade ou bairros.
As relações com os clientes devem prezar pela transparência, sobretudo, os valores de honorários, valores que podem vir à parte, pode aparentar um discurso negativo, porém é necessário para que o profissional seja qualificado e conhecido por ter boa reputação.
Todo advogado tem sues deveres e seus direitos, o primeiro dever, é defender a sua profissão, valorizá-la. Para valorizá-la, precisa ser orgulhoso de ser o profissional desta área, e defender aquilo que o mostra como profissional. Ao passar por situações em que necessite entrar num tribunal, aguardar a sentença de um juiz, porém, sem precisar passar por situações constrangedoras e que não estejam de acordo com o Código de Ética e Disciplina. Deve haver respeito por parte do advogado ao magistrado, e deve haver respeito do magistrado em honrar os deveres e direitos dos advogados.
Faz parte das atribuições judiciais, a conciliação ao invés do litígio, que significa propor a ação, procurar a outra parte com o objetivo de estimular uma negociação. Pode ser que haja negociação para muitos conflitos, pois a visão pode ser que mais tarde pode-se perder ou ganhar com um valor cinco vezes maior doqeu numa conciliação, porém esta atitude evita mais conflitos e a incerteza de ganhar ou perder.
A justiça é um desafio, dizer ao cliente que ele vai ganhar a causa é arriscado, o máximo que pode-se prometer é que há uma chance de 50%. Cada vez mais a insegurança jurídica está se ascendendo, e o que se pode assegurar ao cliente são apenas os valores dos honorários, custos iniciais, desde que por contrato, podem aparecer outros custos como de correio, perícia, entre outros.
Compete ao advogado, representar os interesses de seus clientes, quando um cliente contrata um advogado, este, espera que o profissional possa lhe representar da melhor maneira possível a fim de que possa ganhar a causa/ação judicial. Não é seguro o advogado prometer que irá ganhar a ação para seu cliente. Pode-se dizer que a ação foi ganha, quando o juiz põe fim a fase cognitiva do procedimento comum, dando a sentença, a resolução definitiva a favor de uma parte, e sendo assim a outra parte perde a causa/ação.
Os advogados que buscam realmente sua profissão como uma missão, são empenhados em estudar cada caso, cada cliente, e exercer seus conhecimentos técnicos e conhecimento dentro do Código Civil e da Ética.
Encontramos vários níveis de profissionais, e todos que prezam por uma profissão precisam conviver com as diferentes situações e relações. Existe o advogado que trabalha num escritório de volume, sem salas reservadas, atendendo clientes em cabines, sem muito tempo para pensar, e se algo mais difícil surge para resolver, este precisa pedir apoio para seu superior. Este profissional está mais longe de atingir a missão constitucional que é imposta. Este advogado é conhecido como técnico jurídico, é uma profissão onde este vai aos tribunais, fazer um serviço que lhe foi imposto, e encontrar algo que ampare seus pedidos.
Há porém, o advogado que busca realmente uma missão, que também lhe importa a atribuição técnica, porém, que se importa em estudar com exclusividade cada caso, busca ter um bom relacionamento com os clientes, repassar aos clientes as informações com clareza e transparência, incentivar a mediação e a conciliação para diminuir a litigância na justiça.
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