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A ETICA DO ESTUDANTE DE DIREITO

Por:   •  28/1/2018  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  249 Visualizações

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jornadas exaustivas para manterem um chamado “padrão de vida”, relegando a educação dos filhos à escola, a familiares ou babás e a grande babá eletrônica, a televisão, sem que haja, muitas vezes um filtro sobre o que essa criança está sendo ensinada.

Ao chegar o momento decisivo da escolha da profissão, esse estudante ingressa na faculdade de direito e, em cinco anos, estará apto ao mercado de trabalho, pelo menos academicamente.

Mas, ética se aprende? Seria nos bancos escolares, numa disciplina específica, que se incutiria no futuro profissional e no cidadão, noções de ética e moral?

Essas são questões que ainda não tem uma resposta satisfatória.

E mais, seria um “Codigo de Ética” profissional que, no futuro, obrigaria esse profissional a seguir padrões pré-determinados, mas que em seu íntimo não fizessem sentido?

A questão da ética, para um profissional que tem, por natureza, o dever de decidir ética e moralmente a razão das partes, de aceitar uma causa por paixão, ou por acreditar que o direito à justiça é sagrado e à ninguém deve ser negado, ainda que em seu íntimo, suas convicções o levassem a outra decisão.

E isso não deve ser discutido apenas após a formatura, quando se ingressa plenamente no exercício da profissão. Deve começar bem antes, ainda nos bancos escolares, e se possível, dentro das famílias, para que o estudante traga consigo mais do que noções de certo e errado, mas uma formação de caráter que vai se aperfeiçoar com a maturidade trazida pelo ensino superior.

3 OS DEVERES DO ESTUDANTE DE DIREITO PARA CONSIGO, COM A SOCIEDADE, A FAMÍLIA E O ESTADO.

Isso nos leva a outro tópico a ser abordado neste trabalho: quais são os deveres do estudante de direito para consigo, para com a sociedade, a sua família e o Estado?

3.1 Quais os deveres do estudante para consigo?

Primeiramente, o autor analisou o dever primordial do estudante de ter para consigo uma noção de realidade, de consciência de sua própria identidade, saber quem ele é, e o que deseja do curso que escolheu.

Isso vai muito além de buscar um bom emprego, um cargo público, uma profissão respeitada na sociedade, está diretamente ligado com seu dever de estudar, de se comportar de maneira adequada no ambiente acadêmico, de se esforçar para aproveitar ao máximo a oportunidade de completar o ensino superior, o que o torna um privilegiado.

Ele ressalta também a necessidade do aluno participar da vida acadêmica, e da vida política, mais intensamente, como forma de praticar e aprender conceitos éticos.

Na minha opinião, que foi solicitada pela orientadora, apesar de uma grande maioria ter consciência da importância de estudar, buscar conhecimento para um bom desempenho da profissão, a rotina de estudos, trabalho, e a grande quantidade de informações que o avanço tecnológico proporciona (principalmente a internet), não deixam espaço para uma reflexão mais profunda sobre isso.

Acho que só quando estivermos no último ano, no último semestre, nos preparando para alçar vôo, estudando para o exame da Ordem dos Advogados ou de outro concurso público, é que nos daremos conta do tempo que passamos na faculdade, do que aprendemos, e do que deixamos de aprender, não importando aqui julgar se por culpa do aluno ou dos professores.

Mas, sem dúvida, no futuro, em algum momento no exercício da profissão, vamos lembrar que tivemos aquela disciplina, que o professor falou sobre aquele assunto, e vamos poder avaliar se foi proveitoso ou não.

3.2 Os deveres do estudante para com a família.

Esse talvez seja um tópico mais fácil de abordar. A família, como instituição, tem o dever de preparar o cidadão, não apenas o estudante, para a vida em sociedade, dando-lhe princípios éticos e morais que vai levar por toda vida.

Por outro lado, o estudante tem o dever de preservar a família enquanto instituição formadora de caráter, respeitando-a, e retribuindo os esforços para que ele chegasse até o nível superior, tivesse acesso à educação, não desperdiçando tempo e recursos de forma irresponsável.

3.3 O estudante de direito e seus deveres para com a sociedade e o Estado

Inegável que, seja estudante de direito, ou simples cidadão, todos nós temos o dever de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária, para a diminuição das desigualdades, para a solidificação de valores como a ética e a moral.

Ao estudante de direito, a quem é dado o dever de defender os direitos alheios, essa responsabilidade é ainda maior.

E não se trata de contribuir com ações sociais, ainda que estas sejam bem-vindas e sempre tragam bons frutos, mas de agir de forma correta, honesta, digna, enaltecendo não apenas a profissão que escolheu, mas toda uma classe profissional para que tenha o respeito da sociedade e edifique formadores de opiniões.

Participando ativamente da vida acadêmica, o estudante está reproduzindo nesse ambiente sua participação na sociedade e contribuindo para que se torne mais justa.

E ainda, como cidadão, ele tem o dever de contribuir para o crescimento do Estado, porque em última análise, o Estado somos nós, que trabalhamos, votamos, legislamos, lhe damos corpo e forma.

3.4 Projetos pessoais e profissionais

Engana-se quem pensa que ao entrar na faculdade de direito, está respondida a pergunta que todo estudante ouve, inúmeras vezes, até o final do curso de Direito: “o que você vai fazer quando acabar a faculdade?”

É como se ao acabar a colação de grau, abrisse um envelope e lá estivesse uma resposta, límpida, clara e precisa.

Porém, apesar da paixão pelo direito, é apenas isso, paixão. Não conhecemos o que nos espera ao iniciarmos o curso. Ao longo dele, a primeira matéria que nos atraiu deixa de ter atrativos, outras são descobertas, nuances da carreira jurídica são compartilhados com os professores e com colegas, e até mesmo vocações docentes são despertadas.

Inegável que há sempre a possibilidade de uma carreira jurídica pelo status e estabilidade financeira que proporcionam, e que isso é uma cobrança constante por parte da família e da sociedade, mas o que realmente queremos profissionalmente, num futuro que se aproxima cada vez mais rápido, ainda é uma incógnita.

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