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A Busca Humana Por Valores Solidários - Ética e Cidadania I - Mackenzie .

Por:   •  23/11/2018  •  1.876 Palavras (8 Páginas)  •  393 Visualizações

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os grandes princípios a serem seguidos pelo povo de Deus. Contudo, essa macrovisão foi dissuadida com o passar do tempo e o Novo Testamento trouxe um olhar mais próximo do que são consideradas as três grandes virtudes supremas: a fé, a esperança e o amor, sendo a última a mais importante delas.

A cosmovisão calvinista é o grande marco da reforma protestante, tendo no trabalho seu ponto chave. O trabalho dignifica o homem, mas desde que o trabalho seja digno. Trabalhar em condições miseráveis não dignifica ninguém, apenas contribui para o enriquecimento descabido de pessoas sem um pingo de ética para com as pessoas. Por isso, a ética calvinista se fundamenta em três pilares base: vocação, honestidade e economia. Partindo do princípio de que toda vocação é valiosa, devemos trabalhar e agir com honestidade, sem esbanjar e poupando o pouco que sobra, para uma vida sem ostentação, mas com riqueza de espírito.

Passamos agora para a modernidade, com o renascimento da cultura e das artes e a transição definitiva do pensamento medieval para o moderno. Galileu, Francis Bacon e René Descartes trazem o método científico indutivo e a nova filosofia moderna. Seguidos de Hobbes, Locke, Voltaire, Kant e Hegel, a filosofia moderna foi se aprimorando e criando diversas vertentes e ideais modernos sobre a ética. Mesmo que ainda sofra certa influência da filosofia platônica, como é o caso de Hegel, a filosofia moderna remonta um cenário mais coeso com a realidade moderna e as novas demandas da sociedade.

Em contraponto a muitos pensadores, Nietzsche defendia a dissolução dos valores morais, já que para ele, toda moralidade é um moralismo, um meio de o mais fraco oprimir o mais forte, em uma visão viciada pela mentalidade cristã. Propagador de uma transvalorização de valores, Nietzsche gera até hoje diversas teorias sobre suas obras, mas é senso comum a moralidade radical e a sobrevivência do mais apto.

Enfim chegamos aos problemas éticos contemporâneos, que não sou poucos e muito menos simples de resolver. Desemprego, alimentação, saúde, habitação, educação e violência urbana estão na pauta de qualquer debate político e são pontos importantes no plano de governo de todo candidato eleito, mas a solução para todas essas demandas parece estar cada vez mais longe.

O desemprego atinge mais de 20% da população adulta. Os que trabalham mal paga as contas e uma minoria domina a economia e o mercado de geração de empregos sem se importar se o seu serviçal terá ou não o que comer em casa, desde que produza o que dele se espera. Não basta apenas gerar mais empregos, é preciso gerar empregos melhores, que sejam ao menos dignos e façam do trabalhador um cidadão em sua plenitude.

Todo o alimento que é produzido, apesar de sua capacidade de acabar de vez com a fome no mundo, vai para pratos seletos. Poucos comem bem, muitos comem mal e outros tantos não comem nada, uma conta difícil de entender em um mundo tão farto de produção, onde prefere-se desperdiçar um alimento do que entregar a quem necessita. Para acabar com a fome basta acabarmos com o desperdício, uma conta aparentemente simples, mas ao mesmo tempo tão difícil de se fechar.

A saúde é um dos principais problemas sociais da atualidade. Diretamente ligada ao ponto anterior, tem na alimentação seu elo mais fraco, pois enquanto não enchermos os pratos de quem tem fome, de nada adianta tomarmos medidas paliativas na tentativa de manter um elevado índice de saúde. Hospitais são importantes, médicos bem preparados são fundamentais, mas nada como uma pessoa naturalmente saudável para termos uma condição melhor de saúde e sobrevivência.

A habitação não é menos importante do que tudo o que já foi falado. Complementando o problema da saúde, ter um lugar para morar é requisito mínimo não só para evitar doenças, mas também para termos dignidade. O planeta é de todos, a terra é de todos, mas a rua não é casa para ninguém. Mais uma vez surge a velha problemática da distribuição de renda e, por que não, de direitos. Quem está na rua está vulnerável ao pior que o ser humano pode apresentar, está exposto ao crime, às drogas e a tudo mais o que há de ruim e como condenar quem opta por esse caminho (se é que podemos chamar isso de opção)?

A educação, por sua vez, é a base do desenvolvimento de uma sociedade e, pode-se dizer, também da ética. Que fique claro que neste ponto abordamos a educação como um todo, seja ela a que se recebe na escola, em casa ou na sociedade. Uma pessoa que recebe boa educação, com princípios morais fundamentados, tem no futuro uma perspectiva de desenvolvimento humano e social que pode ser a diferença na transformação do mundo.

Por fim, para unir os pontos e principiar a solução de todos os problemas atuais, uma atitude urgente precisa ser tomada. Precisamos parar de nos matar. Analisando friamente o contexto social chega a chocar como algumas pessoas aceitam passivamente o fato de que uma pessoa tire a vida da outra por qualquer que seja o motivo. Matar é errado, não é ético, mas quem se importa? No dia em que mais pessoas se importarem com o tema da violência urbana talvez aí sim teremos alguma chance de acreditar em um futuro melhor.

Por fim, cabe a cada um refletir sobre tudo o que foi dito e pensar no que pode fazer para contribuir com a melhora da nossa sociedade. A ética está se perdendo em meio a tantos problemas, a evolução tecnológica ignora questões sociais e é feito muito para poucos. Enquanto a moral está na esfera coletiva, a ética está na pessoal e é a partir daí que deve ser iniciada a mudança, dentro de cada um de nós.

CONCLUSÃO

Uma leitura da ética através da história gera

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