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Setor têxtil e empresa Hering - SC

Por:   •  19/4/2018  •  2.590 Palavras (11 Páginas)  •  377 Visualizações

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No ano de 1993, mesmo com o fechamento de algumas empresas devido a alterações na economia e política brasileira, o setor foi propenso a investir em modernizações reduzindo assim os custos e competindo com o mercado internacional. Nesse ano também surgiram novos confeccionistas devido ao fechamento do complexo carbonífero, os ex-funcionários desses complexos investiram em pequenas confecções, que se mantém até atualmente.

3 O MERCADO INTERNO DO SETOR TÊXTIL

A principal concentração das indústria têxtil está localizada na região do Vale do Itajaí. Nos municípios de Blumenau, Brusque, Gaspar, Jaraguá do Sul, Joinville e etc, estão estabelecidas as mais importantes empresas do ramo têxtil, tais como Cia. Hering, Karsten, Buettner, Marisol S/A, Circulo S/A, Teka, Dölehr e Cremer - que estão entre as 10 maiores empresas do ramo no Sul do Brasil.

Por ser um setor muito grande, com cerca de 10.223 industrias, este empregava mais de 174,4 mil pessoas e obteve faturamento mensal de $166.410,80 durante o ano de 2013, segundo a ABIT. Santa Catarina é o segundo maior polo empregador têxtil e de vestuário do Brasil e contribuiu com 17,8% do valor da transformação industrial do estado.

O setor têxtil de Santa Catarina exportou, em 2013, 7,4% do total exportado pelo Brasil. O estado de Santa Catarina destaca-se na exportação de tecidos atoalhados de algodão, tecidos e feltros, malhas, camisetas, roupas de cozinha, sendo o maior exportador do país de fitas de fibras sintéticas. Também se evidencia na America Latina pela produção de linhas para crochê e fitas elásticas e etc.

3.1 IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL CATARINENSE

Os principais países de destino da exportação têxtil e de confecção catarinense são Argentina, México e Paraguai, que juntos representam cerca de 45,7% desse volume. Já os produtos importados tem origem da China com 28,4% sendo o principal importador do setor para o estado, seguido pela Indonésia com 16,9% e da Índia com 15,7%. Essa ordem é alterada quando nos referimos especificamente do setor têxtil, que tem por principais exportadores o México responsável por 24,5% desse montante, a Argentina com 21,2% e o Paraguai com 9,2%, as importações dominantes vem da Indonésia com 20,2%, China com 19,3% e Índia com 18,1%.

Os dados da Confederação Nacional das Indústrias mostram que 228 empresas estabelecidas em Santa Catarina realizam exportações de produtos do setor têxtil e de confecção em 2008. Segundo uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, uma avaliação das exportações e importações do setor têxtil e de confecção de Santa Catarina considerou os 14 Capítulos da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM2 . São eles:

50 – Seda.

51 - Lã, pelos finos ou grosseiros, fios e tecidos de crina.

52 - Algodão.

53 - Outras fibras têxteis vegetais, fios de papel etc..

54 - Filamentos sintéticos ou artificiais.

55 - Fibras sintéticas ou artificiais descontínuas.

56 - Pastas, feltros e falsos tecidos, etc..

57 - Tapetes, outros revestimentos para pavimentos, de matérias têxteis.

58 - Tecidos especiais, tecidos tufados, rendas, tapeçarias etc..

59 - Tecidos impregnados, revestidos, recobertos etc..

60 - Tecidos de malha.

61 - Vestuário e acessórios de malha.

62 - Vestuário e seus acessórios, exceto de malha.

63 - Outros artefatos têxteis confeccionados, sortidos etc..

Desde os anos 2000 a balança comercial catarinense tem oscilado entre momentos em que o saldo aumentou em relação ao ano anterior, no entanto após o inicio da crise o saldo passou a ser negativo apresentado déficits. Esta retração é decorrência da crise financeira internacional que levou a queda dos preços internacionais de commodities agrícolas e minerais, diminuindo a demanda por bens de consumo.

4 INDÚSTRIA TÊXTIL CATARINENSE NA ATUALIDADE

Considerado o segundo maior produtor têxtil, o estado catarinense não começou bem o ano de 2016 para a indústria. O antecessor 2015 trouxe prejuízos para o setor gerando estabilidade, fazendo com que, em janeiro desse ano, fossem fechadas uma unidade da Malwee e uma da Cia Hering acarretando em 528 cortes de emprego. E, conforme Ulrich Kuhn, presidente do Sintex o setor deve demitir mais que 10 mil em Santa Catarina. Contudo, a indústria do estado ainda é menos atingida do que a média do Brasil, de acordo com o IBGE.

O último governo, de Dilma, adotou medidas de defesa do setor têxtil, e, portanto as empresas, para diminuir os impactos da queda de movimento, poderiam se beneficiar desse espaço no mercado interno, mas isso ainda não melhoraria, de fato, a atual situação visto que, enquanto Malwee e Hering são capazes de manter sua capacidade produtiva, com a realocação da produção e funcionários, alguns menores foram obrigados a abandonar a atividade.

Contudo, Santa Catarina foi o Estado que mais cresceu na indústria de confecção nos últimos cinco anos e assim, a fim de contornar a crise, os empresários que se veem sem saída pelo mercado interno, visam os centros de alto valor agregado, como Europa e Estados Unidos. Entretanto hoje, de acordo com o Sintex, as exportações catarinenses não chegam a 5% de sua produção.

Atualmente vive-se uma crise política que se estendeu para a economia, inclusive no setor têxtil, por isso, Kuhn afirma que a previsão é que o cenário continue assim. Ou seja, a economia em 2016 será igual a 2015 e em 2017 temos uma interrogação.

4.1 COMPETITIVIDADE ENTRE AS EMPRESAS

A competitividade nada mais é que a capacidade que uma determinada empresa tem de criar e utilizar de estratégias que a permitem ampliar e conservar uma boa posição no mercado. De acordo com FERRAZ; KUPFER e HAGUENAUER (1997) podemos dividir os fatores de competitividade em três grupos: fatores empresariais, fatores estruturais e fatores sistêmicos. Os fatores empresariais são aqueles em que a empresa tem poder de decisão, já os estruturais dizem respeito

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