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SUSTENTABILIDADE FRACA

Por:   •  27/2/2018  •  4.380 Palavras (18 Páginas)  •  351 Visualizações

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"Considerando as condições médias da produção de alimentos nas terras agrícolas, onde os meios de subsistência, nas mais favoráveis das circunstâncias, só poderiam aumentar no máximo, em progressão aritmética enquanto que a população humana vai aumentando em progressão geométrica e desta forma concluiu que não vai dar para alimentar toda a superpopulação." (MALTHUS)

Mas a primeira tentativa de dar direcionamento ao conceito de desenvolvimento sustentável foi em 1983, durante a Assembleia da ONU, onde foi criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Em 1987, resultado dessa comissão foi publicado o relatório Brundland[3], também conhecido como “Our Common Future” (“Nosso Futuro Comum”). Que trouxe e disseminou o conceito que “desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades” (NOGUEIRA, pág. 3) e reinterado por CARVALHO, LIMA e NOBRE(2009).

Assim, a análise do conceito se reflete em um quadro teórico vindo dos diversos campos do saber, como as ciências naturais, da engenharia, da sociologia, da política e da economia. Desta forma, Barajas afirma que a existência de diferentes percepções dificulta o entendimento [...] “do que realmente constitui um problema de desenvolvimento sustentável e em conseqüência das soluções correspondentes” (BARAJAS apud LIMA, 2008, pág. 4).

2.3 Rio 92

A Ciameira Mundial da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, abordou o Desenvolvimento Sustentável como necessidade da humanidade. Onde incluiu os fatores ambientais associados aos fatores econômicos e sociais dentro de um processo político. Trouxe a afirmação de uma perspectiva de crescimento a longo prazo, unindo conservação e equidade em países ricos e pobres. A rio 92 como ficou popularizada resultou: Agenda 21 – Plano mundial de desenvolvimento com 2500 recomendações; Declaração do Rio – 27 (vinte e sete) princípios que devem conduzir a relação entre o ser humano e o planeta; Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas; A Convenção sobre a Biodiversidade; Declaração das Florestas; Criação da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. (RODRIGUEZ, 2002) e (LIMA, 2008).

Outra colaboração importante foi no sentido que devem ser reduzidas as assimetrias, diante a globalização onde os problemas dos países pobres devem ser pauta dos países ricos. (RODRIGUEZ, 2002).

2.5 Quioto – 1997

A conferência mundial de Quioto realizada em 1997, resultou em um protocolo de igual nome, estipulava os níveis aceitáveis de emissão de gases objetivando reduzir em 23% os níveis auferidos RODRIGUEZ (2002). A conferência de Quito foi a primeira que trouxe metas reais, mas ainda está longe de ser efetivada e implementada.

2.4 Declaração de Johanesburgo – 2002

A Declaração de Johanesburgo em 2002, abordou um compromisso semelhante, trazendo a problemática em duas vias com objetivo de erradicar a pobreza e mudar os padrões de consumo e de produção. Segundo Nogueira foi abordado que “A proteção e o manejo da base de recursos naturais para o desenvolvimento econômico e social continuam como objetivo comum, embora estes últimos desenvolvimentos sempre prevaleçam sobre a natureza, conforme propõe a sustentabilidade fraca...”

Trouxe ainda o conceito que a globalização não é a mesma para os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento, segundo Nogueira colocando em cheque sobre o sistema e a forma de organização global incluindo o plano político.

A declaração traz 5 (cinco) áreas essenciais para Humanidade, dados os recursos e tecnologias disponíveis: Água; Energia; Agricultura; Biodiversidade e Saúde.

“torna-se necessário reavaliar a maneira como as sociedades vivem, estruturam- se e relacionam-se com o meio ambiente, sob pena de, no afã de se manter o modelo atual, as sociedades rumarem para a ruína” (NETO apud NOGUEIRA, pág. 4).

- O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

3.1 Conceito

Compreende-se por Desenvolvimento Sustentável, aquele que busca atender as necessidades atuais, utilizando os recursos de forma consciente, sem esgotá-los, não comprometendo assim a capacidade das gerações futuras de garantir seu sustento. O que pode ser mantido ou sustentado como aborda CARVALHO. NOBRE (2009) dá uma definição ao termo sustentabilidade “provém da palavra latina “sustinere”, e significa “manter vivo”, “defender”. Segundo RODRIGUEZ (2002), existem três vertentes do Desenvolvimento Sustentável: econômica, ambiental e social.

Este conceito é o resultado da constatação de que o crescimento económico...não pode ser feito sem que se verifiquem 2 [duas] evoluções a outros níveis da sociedade. (RODRIGUES, 2002, pág.4)

Dentro dessas três vertentes se destacam duas correntes, que é a Sustentabilidade Forte (Economia Ecológica) e a Sustentabilidade Fraca (Economia Ambiental). Vamos fazer uma breve introdução da Sustentabilidade Forte e focar no nosso tema central que é a Sustentabilidade Fraca, fazendo os comparativos entre elas quando for necessário e conveniente. Abordaremos ainda de forma breve uma 3ª via que é a Escola de Londres, que poder ser caracterizada como Sustentabilidade Média

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4. A SUSTENTABILIDADE FORTE

A Sustentabilidade Forte ou Economia Ecológica se caracteriza por uma corrente de abordagem conservacionista, que vai contra a vertente econômica, afirma que esta não atende os critérios e necessidades do Desenvolvimento Sustentável voltado para o meio ambiente, na mesma abordagem que faz RODRIGUEZ (2002). Para essa corrente não é possível reverter o esgotamento de recursos não renováveis, e que estes não podem ser meramente substituídos, o que ocasionará o comprometimento de utilização para gerações futuras, como abordam CARVALHO, RODRIGUEZ e LIMA.

Essa corrente dá ênfase para os capitais críticos, aqueles essenciais a sobrevivência, na abordagem de RODRIGUEZ, CARVALHO e TAYRA. Onde o desenvolvimento será sustentável quando conseguir extrair o máximo sem afetar sua capacidade de se manter constante. Dentro dessa abordagem defendem o crescimento econômico e demográfico nulo assim como relatam

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