Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio Os Riscos Da Economia Social
Por: Kleber.Oliveira • 7/9/2018 • 9.542 Palavras (39 Páginas) • 409 Visualizações
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Angola, antiga colónia portuguesa, situa-se na costa ocidental de África. País rico em recursos naturais que urge explorar para que, de forma mais rápida, chegue ao desenvolvimento. Os governantes do país estão a desenvolver parcerias de negócios com Portugal e outros destinos por estarem conscientes da sua riqueza natural e concomitantemente da sua pobreza em capital humano. A procura do Know how, em outros países, tem como objetivo a transferência de conhecimento ou a formação dos trabalhadores internos, tendo em vista a minimização dos riscos sociais presentes e futuros daquela comunidade.
Ao longo do trabalho vamos fazer uma análise baseada em alguns indicadores simples, tais como: PIB per capita; Esperança Média de Vida à Nascença; Taxa de alfabetização de adultos; Taxa de escolaridade combinada, entre outros. Vamos também analisar alguns indicadores compostos, a saber: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género (IDG) e Índice de Realização Tecnológica (IRT).
Depois de tomarmos conhecimento deste concurso, por sugestão da nossa professora de Economia C e orientadora deste trabalho, foi-nos proposto mais este desafio que, para dar resposta, decidimos realizar um estudo comparativo dos países objetos de estudo a nível de desenvolvimento e riscos sociais inerentes a cada um deles.
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Índice de Desenvolvimento Humano
O desenvolvimento é um fenómeno complexo, que se estende a diferentes áreas sociais pelo que, qualquer indicador, de per si, é insuficiente para classificar um país em estudo.
Para se alcançar uma perspetiva mais completa da situação de desenvolvimento dos diferentes países não nos podemos cingir a um determinado indicador; deve-se recorrer a um conjunto ampliado de indicadores que nos transmitam uma realidade efectiva.
Deste modo, Amartya San, famoso economista indiano, criou o Índice de Desenvolvimento Humano. Segundo este economista, “o desenvolvimento exige muito mais do que rendimento e criação de bens; a riqueza material só poderá representar a oportunidade de aceder a níveis superiores de bem-estar como a educação, a cultura e a participação na vida social”.
O IDH é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para distinguir os países em três categorias diferentes: desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
Este indicador composto engloba os seguintes indicadores:
- PIB per capita real (em dólares PPC);
- Esperança média de vida;
- Taxa de alfabetização de adultos;
- Taxa de escolaridade combinada dos ensinos; primário, secundário e superior.
Comparação
Países
Portugal
Brasil
Angola
IDH
0,795
0,699
0,403
Fonte: Relatório de Desenvolvimento Humano - 2010
Comparando os três países; Portugal, Brasil e Angola, tendo por base o seu valor de IDH, concluímos que, Portugal se pode inserir na categoria de países desenvolvidos, uma vez que apresenta, em 2010, um Índice de Desenvolvimento Humano aproximadamente a 0,8.
Ao Brasil, é-lhe atribuído a categoria de país com um desenvolvimento médio uma vez que o seu IDH é de 0,699, ou seja, encontra-se entre os 0,5 e os 0,8.
No caso angolano, a situação não é tão animadora, em virtude do baixo desenvolvimento que o país apresenta. O IDH deste país encontra-se abaixo dos 0,5 e, desta forma, entre os três países em análise, é considerado o país menos desenvolvido.
Após a análise deste gráfico comparativo adquirimos informação suficiente para procedermos à análise das consequências efectivas que os valores do IDH implicam. Como já foi referido anteriormente, Portugal é o país que apresenta o valor de IDH mais elevado. Assim sendo, é de esperar que neste país se verifique uma relação de qualidade entre o nível de rendimentos médios (PIB per capita), a esperança média de vida, a taxa de escolarização e a taxa de escolaridade combinada do ensino primário, secundário e superior. Ou seja, o mesmo é dizer que este país é o que apresenta uma melhor combinação de rendimentos, esperança de vida e “conhecimento”. Esta combinação proporciona, indirectamente, o desenvolvimento do pais, na medida em que a obtenção destes valores implica um poder de compra elevado, um investimento efectivo na criação de infra-estruturas e atribuição de subsídios com vista a reduzir as assimetrias entre a população. Portugal é o país que apresenta uma menor probabilidade de existência de riscos sociais.
Por sua vez, o Brasil encontra-se num patamar médio de IDH, imediatamente a seguir a Portugal, e com um valor superior a Angola. A caracterização deste pais como país em desenvolvimento, devido à obtenção do valor 0,699, implica um investimento sério na melhoria da qualidade de vida da população do pais, diminuindo riscos sociais como as desigualdades sociais e a descriminação a certas classes sociais. Este valor é alcançado após a análise da relação entre o nível de rendimentos médios (PIB per capita), a esperança média de vida, a taxa de escolarização e a taxa de escolaridade combinada do ensino primário, secundário e superior. O mesmo é dizer que a população deste país possui, em média, um poder de compra que apesar de não atingir valores iguais aos de Portugal, encontra-se num patamar assinalável. A esperança média de vida é outro dos indicadores que influencia o valor do IDH. O Brasil apresenta uma esperança média de vida de 72,9 anos, valor inferior ao registado em Portugal (79,1 anos). Apesar da medicina registar avanços significativos nas ultimas décadas, estas inovações não estão presentes em todos os países. O Brasil ainda não dispõe de grande parte destas melhorias, estando assim sujeito a reduzidos valores de esperança de vida. Além disso, outros factores como, por exemplo, a elevada taxa de criminalidade, contribuem para a redução dos valores deste indicador.
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