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PROBLEMAS ECONÔMICOS DO GOVERNO ATUAL

Por:   •  19/12/2018  •  5.304 Palavras (22 Páginas)  •  256 Visualizações

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Quando analisados os quatro principais itens que compõem a infraestrutura de um país – eletricidade, telecomunicações, transporte e saneamento – percebe-se com clareza que o Brasil tem deixado de investir o mínimo necessário e a queda é grande quando comparada com outros períodos. Nos últimos anos, o Brasil investiu menos de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura. Pelos padrões internacionais, o país deveria investir pelo menos, 3% do PIB só para manter os ativos existentes, ou seja, houve uma deterioração da infraestrutura.

Na avaliação de especialistas sobre a composição do custo Brasil, por exemplo, os custos de energia e infraestrutura logística representam 4,5 pontos porcentuais dos 23,4 pontos calculados pela Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), isso significa que uma expansão da infraestrutura acrescentaria alguns pontos a mais no PIB e na competitividade das empresas brasileiras.

a falta de investimentos na iNFRAESTRUTURA EM ENERGIA ELÉTRICA

O custo elevado vem afetando a produção industrial e o poder de compra dos consumidores. Sabe-se que não faz sentido para o país possuir um enorme potencial energético e ter um custo de geração dos mais elevados do mundo desprezando os meios solar, eólico e também proveniente da biomassa. As hidrelétricas contam com participação de 65% de base da matriz elétrica nacional capaz de produzir energia barata e limpa para todos, mas nas últimas três décadas a maior parte das hidrelétricas instaladas acabaram não sendo compatíveis com a realidade do país.

Conforme afirmação do físico José Goldemberg, ex-ministro de Ciências e Tecnologia, desde 1985 a maior parte das usinas implantadas não possuem reservatórios e são as chamadas de ‘usinas a fio d’água’ pela falta de capacidade que possuem de armazenar grandes volumes de água, dependo das chuvas para operar. Desde então tem ocorrido um distanciamento entre o aumento do potencial hidrelétrico instalado e a capacidade de armazenamento das usinas.

É bem verdade que muita coisa mudou desde 2001, ano em que o país viveu a pior crise energética de sua história, motivada pela falta de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas e, principalmente, pela diminuição nos investimentos na infraestrutura de distribuição de energia. Para tentar contornar o problema e evitar um apagão nas cidades, o governo de Fernando Henrique Cardoso obrigou a população a reduzir em 20% os gastos da conta de luz, com multa em caso de não cumprimento da determinação. “Havia a crença de que o planejamento do Estado não era importante e de que o mercado resolveria as coisas, mas isso não deu certo”, afirma Sérgio Bajay, professor do departamento de energia da Unicamp, que na época assumiu um cargo na direção do Ministério de Minas e Energia para contornar a crise. (TANJI, 2015)

Para Luiz Gonzaga Bertelli, coordenador do Conselho de Infraestrutura da ACSP, o investimento nas matrizes energéticas é indispensável para o desenvolvimento do país. “Energia é um insumo básico. Quando tem o preço elevado, afeta o ritmo da economia”, disse. O problema energético do país não se limita apenas ao setor elétrico, com o aumento da produção de etanol pode-se reduzir a necessidade de importação de derivados do petróleo. Mas o setor do etanol enfrenta problemas, das 355 usinas de açúcar em operação, dez devem fechar até o final do ano.

O desenvolvimento de redes elétricas capazes de tomar decisões autônomas sem a necessidade de intervenções humanas é uma aposta para os próximos anos. Isso permite que falhas sejam identificadas com mais presteza além de contribuir para maior eficiência na distribuição de energia. Empresas de tecnologia já desenvolvem redes inteligentes que se conectam por IP e permitem a integração das diferentes cadeias de transmissão da eletricidade. “Os medidores residenciais realizarão checagens a cada 15 minutos, permitindo a visualização online do consumo de energia de nossas residências”, afirma Severiano Macedo Júnior, gerente de desenvolvimento de negócios da norte-americana Cisco. Em novembro de 2014 a companhia fechou uma parceria com a Eletropaulo para a instalação de uma rede inteligente em Barueri, com investimento estimado em R$ 75 milhões. O projeto tem como objetivo instalar 62 mil medidores que funcionarão por meio de uma rede sem fio, além de permitir que a transmissão de dados seja realizada pelo próprio cabo de eletricidade.

a falta de investimentos na INFRAESTRUTURA EM TELECOMUNICAÇÕES

Os investimentos precisam ser realizados para melhorar e expandir capacidades já instaladas. Boa parte do problema provém da falta de conservação e também pela falta de modernização que acabam por sucatear muitas infraestruturas que precisam ser totalmente repensadas, pois podem trazer muitos desafios para o país, bem como oportunidades magníficas viabilizando ciclos sustentáveis de desenvolvimento traduzindo-se em crescimento para o PIB.

O grande problema a ser solucionado no Brasil é a questão da infraestrutura a exemplo do que temos que fazer com rodovias, ferrovias, aeroportos e saneamento. O Brasil precisa ser dotado de uma infraestrutura de telecomunicações que dê condições de atender as mais distantes regiões com boa qualidade. Neste momento só tem uma solução: fazer redes de fibra óptica no país inteiro – disse Paulo Bernardo.

Além de promover a expansão da rede pública de fibra óptica, o Ministério das Comunicações tem adotado outras medidas para cumprir a meta de chegar a 40 milhões de domicílios conectados à rede mundial de computadores, conforme afirmou Paulo Bernardo. Entre elas está a desoneração de redes e terminais de acesso, o programa de desoneração de smartphones, e a chamada banda larga popular, com internet na velocidade de 1 Mbps ao valor de R$ 35 mensais (com impostos). (BAPTISTA, 2014)

O senador Aníbal Diniz (PT-AC) observou que, apesar do compromisso que a Anatel se submeteu de garantir o acesso à banda larga em todos os estados, foi constatado que as operadoras não vêm cumprindo essa determinação. Já o presidente da CCT, senador Zezé Perrella (PDT-MG) apontou o preço elevado das tarifas além da existência de áreas ainda sem cobertura com vários problemas a serem resolvidos. O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) foi criado e é uma iniciativa do Governo Federal que tem o objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga no país, principalmente nas regiões mais carentes da tecnologia.

O setor está desprovido de investimentos públicos, além de um modelo regulatório

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