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O capital no século XXI - A desigualdade mundial da riqueza do século XXI

Por:   •  6/11/2018  •  1.107 Palavras (5 Páginas)  •  323 Visualizações

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Uma grande divergência força ainda mais a divergência da desigualdade, são os mais ricos contra a outra força convergente relacionada a taxa de crescimento dos países mais pobres sempre um pouco maior do que a dos países ricos. É muito difícil afirmar qual força irá superar a outra ou se as duas irão se compensar ou se elas irão ou não afetar as classes sociais abaixo dos 1% mais ricos. A lista dos países mais ricos do mundo mostra que não é bem a mente empreendedora que leva os indivíduos ao topo e sim, na grande maioria, sua herança.

As metodologias usadas são incompletas e pouco confiáveis, mas possuem o mérito, pelo menos em fazer o levantamento global, o que os governos ou mesmo os institutos econômicos nunca se arriscaram em fazer.

Vemos nas universidades que a taxa de retorno dos investimentos é maior para aquelas onde se detém maiores montadores de dotações, logo as universidades com os maiores valores de dotações possuem mais capacidade de contratar melhores gestores para indicar os melhores setores para investir, quanto maior a taxa de crescimento nacional da renda à medida que o agente financiador vai acumulando mais e mais capital.

Conclusão

O cáp.12 do capital no século XXI nos obriga a refletir profundamente sobre as questões mais presentes de nosso tempo. Piketty mostra que na verdade existe uma imensa vantagem no processo de acumulação para aqueles detentores de volume mais expressivo de capital, exatamente porque são aquelas pessoas que tem mais chance de correr riscos e tem mais chance de diversificar os investimentos e contratar profissionais especializados para fazer a gestão das suas riquezas. Os registros históricos demonstram que o capitalismo tende a criar um círculo vicioso de desigualdade, pois no longo prazo, a taxa de retorno sobre os ativos é maior que o ritmo de crescimento econômico, o que se traduz numa concentração cada vez maior da riqueza.

Uma situação de desigualdade extrema pode levar a um descontentamento geral e até ameaçar os valores democráticos, mas Piketty lembra também que a intervenção política já foi capaz de reverter tal quadro no passado e poderá voltar a fazê-lo.

Não podemos afirmar se o argumento de Piketty resistirá à passagem do tempo, no entanto, não há dúvida de que, na grande disputa ideológica que está se travando sobre os rumos futuros da teoria econômica e sobre a própria natureza do debate público sobre desigualdade, O capital no século XXI desempenhará um papel de protagonista e movimentos sociais que combatem as desigualdades, têm um novo aliado.

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