Formação Econômica do Brasil I
Por: Carolina234 • 21/4/2018 • 878 Palavras (4 Páginas) • 276 Visualizações
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Diante da busca incessante dos ingleses a política do Brasil cede, foi quando em 1850 adotaram-se medidas efetivas de repressão ao tráfico através de ações severas e continuadas. Sendo assim, a contribuição dos Ingleses para abolição do tráfico se deu de maneira gradativa, sendo somente a partir de 1850 que elas se completam plenamente.
A abolição do tráfico de escravos começou a ser sentida principalmente pela falta de um substituto equivalente, deste modo, a lavoura logo se ressentiu pela falta de braços, sendo que o problema se agravaria de ano para ano. Nesta época a cultura do café estava em crescimento, assim como as suas forças produtivas, e o simples crescimento populacional não atendia às necessidades crescentes. Surgem então medidas para estimular o aumento da escravatura existente, o que não serviu para muita coisa. Como efeito desta situação ocorreu o desvio de escravos para as regiões mais prósperas, migrando a mão-de-obra no Norte para o Sul, no entanto, já em 1854 o Parlamento cria um projeto de lei proibitiva do tráfico interprovincial de escravos. A lei não teve andamento, mas foi substituída, em algumas províncias por taxas locais impostas sobre a saída de escravos.
A escassez de mão-de-obra e o desequilíbrio demográfico não se resolveram, sendo necessária uma solução mais ampla. Essa solução foi procurada na imigração européia, já que a campanha contra o tráfico atinge seu auge esse recurso parece ser a única saída. A imigração se intensifica depois de 1850, passando a coexistir nas lavouras de café, trabalhadores escravos e europeus livres. Essa primeira tentativa de preencher com colonos europeus a carência de escravos acaba se tornando um fracasso. Somente mais tarde e em outras condições, as imigrações da Europa acabam resolvendo o problema do trabalho na agricultura do café.
Outra consequência importante da abolição do tráfico escravista foi no inicio da manufatura do país, sendo que os atrasos das manufaturas brasileiras foram expressamente atribuídos ao emprego do trabalho escravo e a sua ineficiência para os serviços mais delicados e complexos, considerando ainda a desvantagem financeira em pagar preço de escravos ao invés de salários.
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