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Formação Economia do Brasil

Por:   •  1/8/2018  •  4.454 Palavras (18 Páginas)  •  372 Visualizações

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Um exemplo desse planejamento ocorreu em Paris, em que uma parte do centro da cidade foi demolido e reconstruído, na intenção de melhorar a aparência e a funcionalidade, mas que excluía a maioria da população parisiense.

O planejamento e as modelações ocorridas por toda a Europa, principalmente em Paris e Londres, tornaram-se referência para outros projetos reformistas em diversas cidades no mundo, como por exemplo, as realizadas em São Paulo e Rio de Janeiro no início do século XX.

MODERNIZAÇÃO URBANO-INDUSTRIAL BRASILEIRA

Várias transformações modernas que ocorreram no Brasil, no final do século XIX e meados do século XX, fizeram com que atingisse diversos níveis de relações sócias. Tais mudanças foram significantes, afinal alteraram a ordem e as hierarquias sócias e também a forma das pessoas enxergarem o cotidiano.

A sociedade brasileira mesmo com uma aparência modernizadora, ainda não deixou de lado o caráter social conservador, ou seja, levando em consideração uma mentalidade herdada do passado colonial, rural e escravista. As contradições se revelaram de várias formas, como no aspecto político. Por exemplo, na proclamação da República, que se demostrou como um regime democrático fundado na liberdade, igualdade e nos interesses da maioria, sendo, portanto, um instrumento de diálogo entre as classes dirigentes do país e a grande massa de proletários rurais e urbanos. Entretanto não foi bem assim que aconteceu, com isso gerou séries de revoltas da população, reivindicando pelos direitos que teoricamente o regime republicano teria. Pela ótica da industrialização na modernização econômica também teve contradições e ambiguidade. Alguns fatores como, economia colonial, produção agrícola destinada à exportação, a escravidão e a forte dependência de importações dificultaram o desenvolvimento industrial. Entretanto foram as economias agrárias que acabaram contribuindo para o desenvolvimento da industrialização.

Na modernização no Brasil tiveram muitas transformações, trazendo contraste na sociedade que está ligado diretamente com as diferenças regionais. As regiões com maiores diferenças entre si são, sem dúvidas, Sul/Sudeste perante ao Nordeste. Essas desigualdades decorreram das raízes históricas, como, o auge e declínio do açúcar, a mineração e depois com o desenvolvimento do café. Assim culminou com a região Sul e Sudeste despontando-se no processo industrial. Já na região Nordeste com a manutenção dos latifúndios, com mercado interno empobrecido e as dificuldades de agregar o mercado regional ao nacional, acabaram contribuindo para um impedimento do desenvolvimento do parque industrial.

O Rio de Janeiro foi o maior polo industrial nacional, tal fato só foi possível pela produção cafeeira no Vale do Paraíba, que antes lá havia. Além das riquezas que o café trouxe, o Rio de Janeiro era o centro administrativo e financeiro do país. Com as atividades comerciais em alta a cidade tornou-se o núcleo central da rede de transporte e comunicações. Como, por exemplo, o porto carioca, que era o mais movimentado do Brasil. Já São Paulo era um centro urbano pequeno, sendo uma das menores capitais da província. O crescimento dessa cidade começou quando a produção cafeeira se mudou do Vale do Paraíba (RJ) para o Oeste Paulista.

Tal mudança ocorre por motivos de ter terras mais férteis, a produção não era rudimentar e aderiram a mão-de-obra assalariada, que no caso essa mão-de-obra foram de imigrantes. Tais imigrantes, vinheira inicialmente por iniciativas particulares dos cafeicultores e posteriormente o estado também tomou iniciativa. Houveram dois tipos de sistema da vinda dos imigrantes, o de Parceria e o de Colonato. O de Parceria não teve sucesso, pois, os cafeicultores prometiam a divisão da produção e pagamento pelo transporte, mas na prática tiveram que pagar por tudo e ainda tinham que permanecer nas terras do cafeicultor durante quatro anos. Já no de Colonato, foi o que vigorou, afinal, a forma de pagamento era direta ao colono, os fazendeiros arcavam com os transportes, e depois mais para frente quem arcou foi o estado e ainda era concedida uma fatia de terra ao imigrante, para produzir para sua subsistência.

Com a vinda desses imigrantes a população de São Paulo aumentou significativamente, tendo então mão-de obra para trabalhar nas indústrias, que estavam se iniciando e acabou expandindo o mercado interno. A consequência da vinda dessas pessoas para o Brasil e da produção cafeeira, foram que trouxeram a construção das ferrovias, contribuindo, portanto, para a facilidade do transporte.

Com o aumento da população, São Paulo teve crescimento rapidamente e o volume de produção industrial, que era cerca de 30% das riquezas indústrias nacionais. Sendo assim, esse crescimento rápido ocorreu várias consequências.

MOVIMENTO POPULACIONAL

Um ponto muito importante no desenvolvimento econômico-industrial nas cidades foi um aumento do crescimento demográfico. Apesar da maioria da população residirem em local rural houve mudanças extremante significativas provocadas pelo surto cafeeiro que fez com que redefinissem a distribuição brasileira.

É bastante visível como a redistribuição acompanhou o processo de industrialização, até a década de 1870, o Rio de Janeiro, capital do Império era a maior cidade do país com, aproximadamente 274.972 habitantes. São Paulo ainda era uma pequena cidade sem importância no quadro econômico nacional, com apenas 31.385 habitantes. Contudo, há um elemento a ser destacado, a população paulistana e a carioca dobraram e, em contrapartida houve estagnação e diminuição de outras.

Esta nova situação demográfica demonstra as relações do crescimento demográfico do Sudeste com a expansão da produção cafeeira, enquanto a paralização da população nordestina refletia a decadência econômica da região

Tabela 1. População

Cidades

1872

1890

1900

1920

Rio de Janeiro

274.972

522.651

811.443

1.157.873

São Paulo

31.385

64.934

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