Economia Brasileira - Resumo crise 1930
Por: Rodrigo.Claudino • 6/5/2018 • 1.310 Palavras (6 Páginas) • 529 Visualizações
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Em uma situação normal o aumento da produção deveria gerar o aumento das importações de máquinas/ equipamentos para poder viabilizar essa produção interna. Em um primeiro momento foi usada a capacidade ociosa já existente e depois foi possível importar vários equipamentos usados a preços baixos que vinha de fábricas que forma fechadas no exterior em decorrência da Grande Depressão. Ao mesmo tempo começou a crescer a procura por bens de capital e os preços das importações não paravam de crescer devido a desvalorização cambial, elementos que causaram uma condição propícia para a instalação da indústria de bens e capital no Brasil. Por mais que pareça surpreendente, o aumento da renda nacional foi basicamente induzido a partir do próprio mercado interno.
O resultado desse processo foi uma rápida ascensão da indústria que logo passou a ser o principal fator para a criação de renda interna. Como resultado da crise e das fortes desvalorizações cambiais ocorreram a diminuição das importações e o aumento da renda interna.
A forma utilizada pela industrialização brasileira depois de 1930 foi processo de substituição de importações (PSI).
Assim, se desenvolveram as industrias destinadas a substituir as importações. Esse conceito de substituição de importações, além de significar o início da produção interna de um bem que antes era importado, também mudou a qualidade na pauta de importações do Brasil. Conforma essa produção interna aumentava, aumentava também a importação de bens de capital e de bens intermediários que eram necessários para a produção interna. Ainda dentro desse modelo, muitas vezes a produção interna era de um produto totalmente novo, que não substituiria a importação pois não era importado anteriormente.
Em 1937 ocorreu um golpe militar no Brasil, liderado pelo presidente Vargas. Esse golpe significou a instauração do período de ditadura brasileiro (conhecido como Estado Novo) que se estenderia por até 1945. Esse golpe era uma tentativa de uma afirmação que caberia ao Estado assumir o papel de indutor do desenvolvimento industrial. Logo após o golpe o forte aumento das importações provocou a escassez de divisas e forçou o governo a adotar o monopólio cambial.
Somente após o início da Segunda Guerra (1941) o Brasil passou a apresentar uma balança comercial superavitária, com o aumento das exportações para os países aliados e a recuperação dos preços do café, em um momento, de forte redução das importações. Mesmo com a diminuição das importações, a produção industrial, após sofrer uma queda no crescimento, voltou a crescer mesmo com uma séria escassez de insumos e de bens de capital importados.
Logo depois do fim da Segunda Guerra, o Brasil se redemocratizou e Dutra foi eleito com seu governo (inicialmente) dentro dos princípios liberais e pela política seguida pelo governo de Truman. Os Estados Unidos eram a maior potencial capitalista do mundo. A posição liberal de Dutra se apoiava no volume de reservas internacionais do país que parecia bastante confortável.
Nessa época, no resto do mundo capitalista desenvolvido, os países utilizavam o planejamento estatal intensivamente. Enquanto isso no Brasil a única tentativa foi planejada pelo governo Dutra, o plano SALTE (que envolvia as áreas da saúde, alimentação, transporte e energia) nem saiu do papel, pois o governo não conseguiu assegurar as fontes necessária para o financiamento destes.
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