Resumo de Economia
Por: Sara • 13/1/2018 • 5.261 Palavras (22 Páginas) • 419 Visualizações
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Capitulo 08 – A Crise de 1962-1967, o PAEG e o Milagre Econômico
- Recessão em 1963;
- Renuncia de Janio Quadros;
- Instabilidade política-social – Interrupção da Democracia e instalação da Ditadura Militar em 1964;
- Fracasso do Plano Trienal de Celso Furtado – agravo na crise econômica;
- 1964 – estabilização econômica e transformações institucionais proporcionadas pelo PAEG;
- Regime Militar = modelo econômico dependente do capital estrangeiro e manutenção da matriz industrial implementada no Plano de Metas;
- Primeira Crise Industrial Endógena – Limites do PSI
Após um período de intenso crescimento econômico do PIB (1956-1962), a economia brasileira sofreu uma desaceleração que perdurou até 1967. A inflação disparou e atingiu a taxa anual de 90% em 64. Houve uma expressiva diminuição do ritmo de crescimento do país.
Trava-se portanto de uma CRISE CÍCLICA, uma vez que a demanda não acompanhou o crescimento da produção durante o Plano de Metas, gerando 25% de capacidade ociosa no país (devido a importação de tecnologias poupadoras da mão de obra), baixa renda per capita, elevada concentração de renda (olipolização industrial), instabilidade política (ameaça comunista) e altos índices inflacionários.
As economias capitalistas desenvolvidas (EUA, por exemplo) são determinadas pelas inovações tecnológicas e pelo continuo aumento da produtividade do trabalho. No Brasil (pais subdesenvolvido) a industrialização pelo PSI deu-se pela produção de mercadorias semelhantes aos do países desenvolvidos. O problema central foi que ao empregar altas tecnologias geradoras de mão de obra ociosa, a sociedade (sem capital devido à concentração de renda nas mãos das multinacionais) não conseguiu desenvolver-se no ritmo da indústria, tendendo, assim, para a estagnação do mercado.
Finalmente, considera-se como causa do inicio da crise a política de estabilização recessiva do Plano Trienal, baseada em forte concentração monetária. Evidentemente, trata-se de uma explicação parcial e incompleta para uma crise cuja superação implicou transformações políticas e um governo militar que se impôs ao país por mais de 20 anos. Tratou-se, portanto, de uma crise cíclica, agravada pelo aumento da instabilidade política e pelas políticas de estabilização recessivas, como o Plano Trienal, num primeiro momento, e o próprio PAEG, a partir da política econômica pós-1964. Some-se a isso o fato de que a economia brasileira se industrializara ampliando a enorme dependência com relação ao setor externo, o que provoca frequentes crises cambiais.
- Crise Política e o Plano Trienal de Celso Furtado
- Janio Quadros herdou problemas do Plano de Metas:
.Inflação
.Déficit público
.Déficit em transações correntes
. concentrações de renda
-João Goulart assume com limitações do regime parlamentaristas:
· Plano Trienal de Celso Furtado – plano de ações anti-inflacionárias bastante ortodoxas
. Ações anti-inflacionárias: queda do gasto público e da Liquidez
. Queda brusca do PIB – crescimento negativo
. 1963: Celso Furtado deixa o governo
. Desestabilização política
. Fim do Governo com o Golpe Militar em 64
- 1964 – Ruptura Democrática e o Modelo Dependente e Associado
A tomada do poder em 1964 pôs fim ao chamado populismo (1930-1960) no país. Foi nesse contexto que a economia brasileira predominantemente agroexportadora transformou-se em de base urbano-industrial. Os governos populistas caracterizaram-se pela acumulação industrial extremamente estimulada pelas altas taxas de retorno, porém foram acusados pelo pensamento econômico conservador de serem excessivamente redistributivistas, pois buscavam distribuir uma renda ainda inexistente.
O regime militar assumiu a direção do país em 1964, com uma postura tecnocrático-modernizante, comprometido com a superação das políticas populistas de João Gulart, consideradas atrasadas e ultrapassadas. Apesar das criticas ao nacionalismo econômico do governo deposto, o novo regime manteria um discurso desenvolvimentista, comprometido com a retomada do crescimento econômico. A prioridade inicial do novo governo foi a normalização das relações com os organismos financeiros internacionais. Resultando no aumento da internacionalização da economia brasileira com relação aos capitais externos e a consolidação da oligopolização, com o franco predomínio das empresas multinacionais. A dependência externa se refletiu predominantemente em face da enorme divida externa contraída.
- PAEG – Estabilização e Mudanças Institucionais
O PAEG mantia os objetivos básicos dos discursos desenvolvimentistas: retomada do desenvolvimento via aumento dos investimentos, estabilidade de preços, atenuação dos desequilíbrios regionais e correção dos déficits do balanço de pagamentos, que periodicamente ameaçavam a continuidade de todo o processo. As prioridades imediatas eram, internamente, o controle da inflação, e externamente, a normatização das relações com o FMI.
. Implementação de Política Fiscal restritiva – redução de gatos e aumento de arrecadação;
. Execução de política monetária restritiva - controle da emissão monetária e do credito;
. Implementação de Política de Renda Restritiva - efetivo arrocho salarial;
As políticas monetárias e creditícia foram do tipo stop-and-go, alternando períodos de expansão da moeda e do credito com outros de forte contração monetária, atingindo duramente a atividade econômica e provocando falências, concordatas e desempregos.
Assim, a avaliação do PAEG como programa de estabilização é positiva, apesar de seus custos para uma parcela importante da população. O plano reduziu a inflação para a faixa de 20% ao ano e executou
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