Doutrinas Macroeconómicas e o Papel do Estado na Economia
Por: Jose.Nascimento • 24/5/2018 • 4.057 Palavras (17 Páginas) • 396 Visualizações
...
escritores mercantilistas que apresentassem um esquema geral do que seria uma economia ideal, tal como Adam Smith faria mais adiante para a economia clássica.
Sendo assim o Benassy 1975,apresenta certos princípios mercantilistas abaixo enumerados.
Princípios mercantilistas
Incentivos às manufacturas
O governo estimulava o desenvolvimento de manufacturas em seus territórios. Como o produto manufacturado era mais caro do que as matérias-primas ou géneros agrícolas, sua exportação era certeza de bons lucros.
Proteccionismo alfandegário
O governo de uma nação deve aplicar uma política protecionista sobre a sua economia, favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação, sobretudo mediante a imposição de tarifas alfandegárias. Incentiva-se, portanto, a balança comercial positiva com outras nações. Eram criados impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria e manufacturas nacionais e também evitar a saída de moedas para outros países.
Balança comercial favorável
O esforço era para exportar mais do que importar, desta forma os ingressos de moeda seriam superiores às saídas, deixando em boa situação financeira.
Soma zero
Acredita que o volume global do comércio mundial é inalterável. Os mercantilistas viam o sistema económico como um jogo de soma zero, no qual o lucro de uma das partes implica a perda da outra.
Doutrina económica mercantilista
Até certo ponto, a doutrina mercantilista, em si mesma, tornava impossível a existência de uma teoria geral da economia. Os mercantilistas viam o sistema económico como um jogo de soma zero, onde a ganância de uma das partes supunha a perda da outra ou, seguindo a famosa máxima de Jean Bodin, "não há nada que alguém ganhe e que outrem não perca".
Assim, por definição, qualquer sistema político que beneficiasse a um grupo faria dano a outro (ou outros), não existindo a possibilidade de a economia servir para maximizar a riqueza comum ou para o bem comum (Benazzy,1975).
Portanto segundo o Benazzy 1975, aparentemente, os escritos dos mercantilistas foram feitos mais para justificar a posteriori uma série de práticas, do que para avaliar o impacto dessas práticas e determinar o melhor modo de implementá-las.
O mercantilismo é, portanto, uma doutrina ou política económica que aparece num período intervencionista e descreve um credo económico que prevaleceu à época de nascimento do capitalismo, antes da Revolução Industrial (idem).
O mercantilismo como processo económico
Entretanto segundo o site http://www.economia.ac.bitststream/10857/989/Ht-005,dentro da doutrina económica mercantilista emergiram, de maneira natural, três questões fundamentais que gerava esta lucrativa actividade comercial:
O monopólio da exportação.
O problema dos câmbios e a sua derivação.
O problema da balança comercial.
Na obra TheCircle of Commerce (O Círculo do Comércio, 1623), Edward Misselden desenvolveu um conceito de balança comercial expressado em termos de débitos e créditos, apresentando o cálculo da balança comercial para a Inglaterra do dia de Natal de 1621 até o de 1622.
Sendo assim segundo o Benassy 1975 a ideia mercantilista de "balança de comércio multilateral" corresponde à actual noção de "balança de pagamentos" e é composta de cinco contas:
Balança de comércio multilateral
1. Conta corrente (=balança comercial)
1. Mercadorias (A)
2. Invisíveis (fretes, seguros, etc.) (A)
2. Contas de capital
1. A curto prazo (C)
2. A longo prazo (A)
3. Transferências unilaterais (doações, ajuda militar, etc.) (A)
4. Ouro (C)
5. Erros e Omissões
Principais escolas de análises económicas
Sendo assim foram desenvolvidas teorias relacionadas com a economia,sendo que foram se registando certas contradições resultantes das análises económicas abordadas por diferentes escolas.
Segundo o sitehttp://www.economia.ac.bitststream/10857/989/Ht-005,existiram escolas tais com a Escola clássica escola marxista, escola Keynesiana,e escola monetarista.
Escola clássica
A Escola Clássica (Fins do Séc. XVIII e início do séc. XIX)
A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo económico, ora defendido pelos fisiocratas. Seu principal membro é Adam Smith, que não acreditava na forma mercantilista de desenvolvimento económico e sim na concorrência que impulsiona o mercado e consequentemente faz girar a economia.A teoria clássica surgiu do estudo dos meios de manter a ordem económica através do liberalismo e da interpretação das inovações tecnológicas provenientes da Revolução Industrial. (Crostst 2001).
Todo o contexto da Escola Clássica está sendo influenciado pela Revolução Industrial. É caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado (oferta e demanda) via ajuste de preços, pela não - intervenção estatal na actividade económica, prevalecendo a actuação da “ordem natural” e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego. (idem).
De acordo com o pensamento de Adam Smith, a economia não deveria se limitar ao estoque de metais preciosos e ao enriquecimento da nação, pois, segundo o mercantilismo, desta nação fazia parte apenas a nobreza, e o restante da população estaria excluída dos benefícios provenientes das actividades económicas. Sua preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o povo (idem).
Em sua obra Wealthof Nations (Riqueza das Nações), Adam Smith estabelece princípios para análise do valor, dos lucros, dos juros, da divisão do trabalho e das rendas da terra. Além de desenvolver teorias sobre o crescimento económico, ou seja, sobre a causa da riqueza das nações, a intervenção estatal, a distribuição de renda, a formação e a aplicação
...