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CURSO DE ECONOMIA A ESCOLA FISIOCRÁTICA

Por:   •  23/4/2018  •  1.926 Palavras (8 Páginas)  •  287 Visualizações

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É uma forte opositora as ideias do Mercantilismo[3], desenvolvendo a ideia de terra como fonte de toda a riqueza.

Sua principal figura e fundador é o francês François Quesnay, médico da corte e do rei, que aos 62 anos passou a orientar pesquisas para os problemas econômicos, dando origem à Fisiocracia.

Entre seus companheiros, podemos citar: Cantillon, Turgot, Nemours e Nicolas Baudeau.

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Período

A maioria das obras compreendem-se no período entre 1756 e 1778.

No “Tableau Economique”, Quesnay afirma que é inútil tentar alterar a ordem natural da sociedade através de leis e regulamentos governamentais, ou seja o Estado não deve interferir no sistema econômico.

Para o autor, a sociedade era semelhante ao organismo físico, onde a circulação de bens e riqueza na economia era próximo a circulação do sangue no corpo.

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IDEIAS PRINCIPAIS

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"Laissez faire, laissez passer"

Expressão que significa “deixe fazer, deixe passar” e que resume um conceito fisiocrático, que determinava que os governos não deveriam interferir nas atividades humanas, pois essas seguiam leis naturais.

Para John Stuart Mill (1806-1873) a interferência do governo tem aspectos bons e ruins, portanto, só deve ocorrer de forma a maximizar os aspectos bons e a minimizar os aspectos ruins. Um critério fundamental de “bom” e “ruim” é o efeito sobre a “liberdade do indivíduo”; se a liberdade é restringida, é ruim; se ampliada, é bom.

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Ênfase na agricultura

A agricultura e a mineração eram consideradas fontes de riquezas pois proporcionavam grandes lucros e exigiam poucos investimentos, enquanto a indústria, o comércio e a manufatura eram meros transformadores e estavam subordinadas à fonte de riquezas.

Este é mais um ponto onde o pensamento mercantilista era contrariado, pois a teoria pregava da acumulação de metais.

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Reforma tributária

Pregava a ideia de que países como a França deveriam unificar os impostos existentes, e visto que a agricultura era a única fonte de riquezas, esse imposto deveria ser cobrado apenas da atividade agrícola, focando principalmente nos grandes proprietários.

Tal reforma procurava atuar principalmente na parte feudal da economia francesa.

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A NOÇÃO DE ORDEM NATURAL

“Os fenômenos econômicos – pensam os fisiocratas - processam-se livre e independentemente de qualquer coação exterior, segundo uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais. ” (HUGON, Paul. 1980)

De acordo com essa premissa, as atividades humanas deveriam ser mantidas em harmonia com as leis naturais.

A Noção de Ordem Natural é considerada a primeira expressão racional do funcionamento da vida econômica, onde divide-se a sociedade em classe “produtiva” e classe “estéril”.

A ideia de classe estéril prova a reação contrária a ideia metalista, pois para os pensadores fisiocratas a moeda é um simples auxiliar de troca para a riqueza material – que é produzida na agricultura. Para esses pensadores, a natureza colabora diretamente com o homem e lhe dá um lucro em produto real, chamado também de “produto líquido”.

Na Fisiocracia, a ideia de “valor” confunde-se com riqueza e gira em torno da produção ao invés de relacionar-se com a satisfação das necessidades do homem. Desta forma, se tornam avessos ao comércio, uma vez que esse não produz riquezas e, portanto, pode-se considerar como “inútil”.

Os fisiocratas constantemente justificam o direito de propriedade fundiária, segundo Quesnay sem a garantia da propriedade, a terra permaneceria inculta[4]. Dado o direito de propriedade, o titular tem a obrigação de manter sua terra cultivada e de distribuir os produtos obtidos de forma a melhor atender ao interesse do todo.

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A NOÇÃO DE ORDEM PROVIDENCIAL

Segundo Paul Hugon (1980, p. 94):

Essa ordem, por isso que providencial, é a melhor possível, a mais vantajosa para o gênero humano. Portanto, necessário é possa vigorar de modo natural, isto é, livremente: “As leis (de ordem natural) não restringem a liberdade do homem, pois as vantagens destas leis supremas são manifestamente objeto de melhor escolha da liberdade”.

Em termos simples, a noção de ordem providencial baseia-se no pensamento que essa é da vontade de Deus e a mais vantajosa para o gênero humano, pois traz sua felicidade; está ligada a noção de liberdade e que essa é a base para o progresso econômico e social.

Tal liberdade é conservada quando o “bom preço” é assegurado, ou seja, devia-se garantir abundância de produção e um preço alto.

Embora muitos pensem que a ideia de “bom preço” colide com os interesses dos consumidores, isso não ocorre, pois como bem explicado pelos fisiocratas em seus estudos, o bom preço atuaria no sentido de elevar todos os preços, desde a remuneração do trabalho até o capital da terra; causando um aumento na riqueza geral.

O que move o pensamento é a harmonia entre os interesses individuais e gerais, o que posteriormente embasará liberalismo econômico.

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AS APLICAÇÕES DE ORDEM NATURAL E PROVIDENCIAL

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Esfera Econômica

“Para

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