Análise do artigo “Can People Value Protection against Invasive Marine Species?

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Os resultados da estimativa mostram que:

- Os entrevistados que visitam Zandvoort duas a três vezes por ano – o que corresponde a segunda frequência mais baixa de visita – e planejam ficar na praia o dia todo estão dispostas a pagar mais do que o entrevistado médio

- Os entrevistados que visitaram a praia durante os fins de semana e escolherem ficar na praia Bloemendaal estão dispostos a pagar mais do que o entrevistado médio

- Os entrevistados que visitam o resort durante o inverno estão dispostos a pagar, em média, menos para o programa de proteção descrito. Isto pode ser devido ao fato de a poluição marinha ser menos provável de ocorrer no inverno, devido à temperatura mais baixa da água.

- Os entrevistados que classificaram a proteção de áreas de reserva costeiras “a mais importante” prioridade do gerenciamento da praia estão dispostos a pagar mais pelo programa de proteção marinho do que o entrevistado médio

- Os entrevistados que passaram mais tempo viajando ou que tiverem custos de estacionamento possuem menor disposição a pagar pelo programa de proteção marinho. Isto sugere que os valores obtidos com os métodos CT e CV são complementares.

Esses resultados mostram que as preferências para um programa de proteção marinho não são independentes do “perfil” do entrevistado. A consequência desse fato, a partir da perspectiva de desenvolver políticas, é que o programa de proteção marinho não está igualmente desejado pela população holandesa. Por exemplo, os indivíduos que apoiam fortemente o programa são os contribuintes que vivem nas proximidades e visitam a praia regularmente (finais de semana, por exemplo). Ao contrário, os indivíduos que possuem gastos com custos de viagem, por exemplo, que passaram mais tempo viajando ou que pagaram estacionamento, estão dispostos a pagar menos pelo programa de tratamento de água de lastro.

De acordo com as estimativas do modelo de custos de viagens, se a área da praia de Zandvoort fechar aos visitantes durante um ano inteiro, o tota perda de bem-estar é igual a 55 euros por pessoa por ano. O componente de custo de tempo revela-se não ser particularmente influente na explicação do comportamente de visita individual. As estimativas de avaliação contingente indicam que o DaP anual eleva-se a 76 euros por entrevistado. A comparação entre as estimativas de CT e CV indicam a importância dos benefícios de não-mercado do ecossistema marinho. Os resultados de custos de viagem e valorização contigente mostram que, se nenhuma ação política for feita para evitar a poluição marinha dos HABs na costa da Holanda, significa uma perda de bem-estar. Uma estimativa da perda de bem-estar total ascende a 326.190.000 euros, o que corresponde a 0.08% do PIB holandês medidos a preços de mercado para o ano 2000.