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ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA COLÔMBIA NO MODELO HACIA FUERA

Por:   •  31/8/2018  •  3.818 Palavras (16 Páginas)  •  315 Visualizações

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Figura 1 – Mapa da Grã-Colômbia.

[pic 1]

Fonte: Encyclopaedia Britannica[1].

2. O MODELO LIBERAL (1850-1899)

O Liberalismo colombiano remonta a Francisco de Paula Santanter: “El Hombre de las leyes”. Onde a divisão política era muito influenciada pela estrutura regional, a unidade nacional foi construída em função das unidades políticas regionais. Os governos, em sua maioria, tiveram origem em eleições. Durante esse período, o crescimento da população foi impulsionado por altas taxas de natalidade, em decorrência da ausência de políticas de controle de natalidade, também em virtude de uma predominância do matrimônio católico. A população Colombiana na segunda metade do século XIX era majoritariamente rural, o que corresponde a uma estrutura em que a principal atividade econômica era a agricultura. A densidade populacional era baixa na costa e na zona tropical (propícios a produção para exterior). No entanto, apresentava densidade populacional elevada no Altiplano, zona temperada, relativamente longe da costa. Havia uma alta taxa de mulheres dedicadas a trabalhos artesanais, utilizavam o tempo livre para o trabalho têxtil (fiação e tecelagem de algodão, lã e sisal), na produção de cestos e chapéus. As escolas trabalhavam quase exclusivamente em áreas urbanas e sua influência não podia atingir a grande maioria da população. No sistema de transportes, existia um isolamento geográfico. Os altos custos de transporte reduziam a movimentação de produtos de elevado valor a longas distâncias, como ouro e têxteis, e contribuiu fragmentando os mercados para os produtos agrícolas, que raramente são negociados fora das áreas vizinhas à produção. Ao mesmo tempo, a fraqueza do comércio inter-regional tendia a reforçar as limitações da logística do país, pois era difícil promover o desenvolvimento de estradas e ferrovias considerando a geografia montanhosa, que encarece a construção e favorece a existência de mercados locais autossuficientes. Com isso, criou-se a necessidade de construir ferrovias, a abertura destas rotas foi feita em grande parte com o capital nacional, mas também teve uma presença significativa de companhias inglesas e americanas, que se comprometeram a abrir algumas linhas. Portanto, até o final do século, as ferrovias constituíam, com a mineração de ouro e prata, o núcleo de investimento no país. O impacto econômico dessas obras foi relativamente lento. Deve se levar em conta que em 1880 havia apenas cerca de 100 km de operação para 550 km em 1898. Até metade do século XIX, quase 80% das terras eram públicas e de pouco uso produtivo. Que foram alimentadas pela ocupação por colonos dessas terras, que causaram diversos conflitos. Em certas regiões do país, o crescente vínculo com a economia mundial a partir de 1850 e a expansão do mercado interno de alguns bens agropecuários reforçaram as razões para a ocupação de novas terras. As áreas de produção de tabaco eram áreas de produtores pobres, que raramente recebiam títulos de terra. O boom do tabaco em 1850-1875 resultou na atribuição de terras por grandes investidores. A atividade econômica dos colonos era focada na agricultura de subsistência: milho, mandioca, batata e banana foram os principais produtos, acompanhados de galinhas e porcos. Em áreas de colonização recente, é notável a consolidação de economias centralizadas, com uma alta incidência de crédito e uma infinidade de formas de negócios e contratos entre comerciantes, agricultores, financiadores e outros grupos. E quanto ao café, apesar da primeira expansão significativa das lavouras de café possa ser atribuída aos proprietários com muitos recursos, muitos pequenos proprietários que tinham adotado em várias regiões do país alguns produtos comerciais de pequena escala, como rapé, cana, algodão e cacau, contribuíram ativamente para a consolidação do produto. Que se tornaria no final do século o principal produto no mercado de divisas. O que caracterizou o período foi a expansão de fazendas e propriedades e sua aparição em áreas até então não preenchidas ou povoada por colonos. As novas fazendas foram criadas por empreendedores urbanos, muitos deles com experiência comercial anterior. Nas regiões temperadas, a produção foi direcionada para a cana, café e pecuária e nas terras quentes, principalmente para gado. Para levar a cabo as suas atividades, tiveram de apelar para uma série de modos de organização do trabalho. Essas fazendas combinavam-se com diferentes formas de trabalho assalariado (geralmente na época da colheita) e com várias formas de trabalho residente. O papel estratégico do setor externo da economia colombiana durante o século XIX é caracterizado por uma série de situações que prestam demasiada rigidez, especialmente no setor rural. Algumas dessas limitações tem origem institucional, como a restrição da mobilidade da terra (manos muertas) ou de trabalho (escravidão), foram superadas pelas reformas liberais do meio do século. Com a necessidade de altos custos para o transporte e a fragmentação regional dos mercados e com a existência de um grande número de agricultores autossuficientes, qualquer aumento na produção de bens para consumo interno foi confrontado com a impossibilidade de vender os respectivos excedentes e as dificuldades e os custos para trazê-los para os mercados mais distantes. O comércio exterior representou o único mecanismo que poderia produzir incentivos significativos para aumentar a produção agrícola. A estrutura econômica se limitava em grande parte pelas as oportunidades geradas nos mercados internacionais.

2.1 Comércio Exterior

Quanto as exportações, o século XIX foi marcado pela dependência de condições excepcionais no mercado internacional, apenas no século XX transformou-se num setor competitivo. Após o período de estagnação que caracterizou a primeira metade do século XIX, as exportações colombianas viveram uma fase de expansão e diversificação entre 1850 e 1882. Este período começou com uma fase de crescimento vigoroso, concentrando-se em exportações de tabaco e, em menor escala, quina e chapéus. O ouro, sem reduzir substancialmente o seu valor, diminuiu sua participação nas vendas externas de 75% a 33%. Os chapéus de palha passaram a representar quase 10% das exportações entre 1854 e 1858. O tabaco obtém o auge a partir de 1845 e alcança uma participação de 38% em 1866 para praticamente desaparecer na década seguinte, depois de 1976 mantém um nível de redução de 10%. A exportação de couro apesar de apresentar um volume pequeno em relação

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