Uma Alavancagem Operacional
Por: Kleber.Oliveira • 17/1/2018 • 3.208 Palavras (13 Páginas) • 657 Visualizações
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Grau de alavancagem operacional
O grau de alavancagem operacional é a medida da alavancagem operacional, a qual representa os efeitos provocados no lucro operacional decorrentes de alterações ocorridas nas vendas.
Para determinação do GAO, emprega-se a seguinte equação:
Onde:
Q = quantidade de produção e vendas[pic 8]
MC = margem de contribuição.
Assim, o grau de alavancagem operacional da Indústria Químicas V. Romana Ltda é:[pic 9]
O GAO 2,0 expressa o efeito que uma variação na margem de contribuição provocará sobre o lucro operacional. Desse modo, cada ponto percentual de aumento na margem de contribuição aumenta o lucro operacional em duas vezes.
Esse efeito pode ser observado ao relacionar o aumento percentual do lucro operacional e o aumento percentual da margem de contribuição. [pic 10]
[pic 11]
Ao passar a produção de vendas e 100.000 para 110.000 litros, tem-se:
Essa mesmo GAO é observado quando a produção e vendas passam de 100.000 para 120.000 litros e, também, para as outras quantidades.
Dado que o GAO expressa o potencial ganho em virtude de melhor utilização da estrutura de custos fixos, pode-se concluir que ela está diretamente relacionada à ocupação da capacidade produtiva da empresa. Assim, quanto mais existe de possibilidade de aumento de produção, maior é também a margem de capacidade produtiva ainda utilizada, sinalizando maior ociosidade. Em consequência, parece ser lógico concluir que se maior a ociosidade, mais próximos está a empresa operando do seu ponto de equilíbrio. Daí a conclusão de que quanto maior o GAO, maior o risco existente. Por outro lado, pode-se também considerar que, quanto mais a frente estiver a empresa do seu ponto de equilíbrio, menor a ociosidade e menor a possibilidade de alavancar resultados, portanto, menor o GAO. Nessa situação, caso deseje aumentar os lucros, a empresa estará dependente de realização de investimentos de ampliação da capacidade produtiva.
Alavancagem operacional em um novo intervalo de variação relevante
Vamos analisar como fica a alavancagem operacional quando uma empresa passa a operar em um novo intervalo de variação relevante. Para isso, admitamos que a demanda por produtos químicos aumente, levanto a Indústrias Química V a realizar investimentos em ativos imobilizados a adquirir novas capacidade. Os investimentos realizados permitem agora uma capacidade instalada de processamento de 150.000 litros anos.
Assim, o novo intervalo de variação relevante da empresa situa-se entre 140.000 e 150.000 litros por ano.[pic 12]
Como já descrito, os custos e despesas variáveis, custos e despesas fixos e os preços de vendas assumidos como lineares ao volume de produção e vendas dentro do intervalo de variação relevante.
Esse incremento da capacidade instalada da Indústria Química V provoca um acréscimo de R$ 5.000,00 por ano nos custos e despesas fixos. O preço de venda, agora, foi reduzido para R$ 5,95 o litro e os custos e despesas variáveis passaram para R$ 3,10 o litro.
O quadro apresenta o lucro operacional da empresa nesse novo intervalo de variação relevante.
A alavancagem operacional da empresa foi reduzida neste novo intervalo de variação relevante, ou seja, o crescimento do lucro operacional, proporcionalmente, foi menor que o crescimento da margem de contribuição, comparativamente ao intervalo de variação relevante anterior.
- Quanto a produção e vendas passam de 140.000 mil para 150.000 litros por ano:
- A margem de contribuição aumenta 7,14%;
- O lucro operacional aumenta 11,68%.
No novo intervalo de variação relevante, o grau de alavancagem operacional da Indústria Química V passa para 1,64, conforme os cálculos: [pic 13]
No intervalo de variação relevante anterior, o GAO era 2,00, no novo intervalo é 1,64. [pic 14]
Um GAO menor indica menor sensibilidade do lucro operacional em relação às oscilações nas vendas, sinalizando menor risco operacional para a empresa. E isso, conforme abordado, esta diretamente relacionado ao uso que está sendo dado à capacidade de produção.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
A alavancagem financeira ocorre quando a empresa consegue recursos de terceiros com taxas inferiores aos resultados proporcionados pela aplicação desses recursos na entidade. Nessas circunstâncias, o diferencial de rentabilidade é incorporado aos resultados dos sócios, provocando um aumento desproporcional em sua rentabilidade. Funciona como se fosse uma verdadeira “alavanca” nos resultados dos proprietários. Mas pode ocorrer o contrário. Se a taxa de captação dos recursos de terceiros for superior àquela gerada pela aplicação dos recursos, haverá uma destruição nos resultados dos sócios, também de maneira desproporcional. É como se a alavanca fosse usada ao contrário...
A alavancagem financeira resulta da participação de recursos de terceiros na estrutura de capital da empresa. Em princípio, pode-se admitir que interessa o endividamento sempre que seu custo for menor que o retorno produzido pela aplicação desses recursos. Nessa situação em que o retorno do investimento do capital emprestado excede a seu custo de captação, a diferença positiva encontrada promove uma elevação mais que proporcional nos resultados líquidos dos proprietários, alavancando a rentabilidade.
Em situação inversa, quando a empresa toma emprestado a um custo superior da taxa de retorno que pode aplicar esses recursos, o proprietário cobre esse resultado desfavorável mediante seus resultados líquidos, onerando sua taxa de retorno.
Em outras palavras, pode-se definir a alavancagem financeira como, a capacidade que os recursos de terceiros apresentam de elevar os resultados líquidos dos proprietários. Assim, pode-se dizer que a Alavancagem Financeira representa a diferença entre a obtenção de recursos de terceiros a um determinado custo e a aplicação desses recursos no ativo da
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