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UMA ANÁLISE DAS PROPOSTAS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO E AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  5/5/2018  •  3.957 Palavras (16 Páginas)  •  329 Visualizações

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2 - REFERENCIAL TEÓRICO

Essa seção trata-se do referencial teórico que se apoia o presente artigo, onde é apresentado o perfil do profissional contador, o mercado de trabalho para o contador contemporâneo e por fim o perfil das instituições de ensino na formação de profissionais contábeis.

2.1 PERFIL DO PROFISSIONAL CONTADOR

Segundo Santos (2011) a ciência mais antiga que se conhece é a ciência contábil, há registros muito antigos de civilizações pré-históricas que caracterizava ser um sistema contábil bem definido.

Desde a antiguidade a evolução do profissional contábil está ligada a evolução da sociedade, conforme Iudícibus “em termos de compreensão da evolução contábil histórica raramente o ‘estado da arte’ ultrapassa o grau de evolução econômica, institucional e social das sociedades analisadas, em cada época.” (IUDÍCIBUS, 2006, p.35 apud PELEIAS et al. 2007)

Em relação ao perfil do profissional contábil, pode ser definido como todo o conjunto de habilidades portadas pelo profissional contábil, envolvendo sua capacidade de usar o conhecimento técnico e científico para exercer funções contábeis. São inúmeras as competências e habilidades do profissional, mas algumas das mais importantes são: demonstrar visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil; aplicar adequadamente a legislação às funções contábeis; desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de controle gerencial; exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que são prescritas através da legislação específica (MEC, 2010).

O contador, além de ser aquele que compreende os métodos técnicos, deve ser um propagador de informações contábeis com visão crítica ao meio que esta inserido. Segundo Iudícibus e Marion (2002, p. 43) “a tarefa básica do contador é produzir e/ou gerenciar informações úteis aos usuários da contabilidade para as tomadas de decisões”.

Enquanto profissional o contador poderá trabalhar em um amplo e diversificado campo, podendo atuar em contabilidade financeira, fiscal, societária, gerencial, estratégica, contabilidade de custos, sendo assim deverá estar afrente das atividades contábeis desempenhando uma missão para pessoas, empresas e instituições públicas (SOUZA et al., 2008; SILVA; MENDONÇA, 2005).

Diante disso o contador que busca o mercado de trabalho deverá manter-se atualizado buscando capacitação técnica e aprimorando suas habilidades como o domínio de tecnologias, capacidade de liderança e trabalho em equipe, conhecimento de outros idiomas (OLIVEIRA; ARRUDA, 2004).

Nota-se um novo cenário para o profissional contábil e novos profissionais devem estar preparados a expandirem suas habilidades para além dos números, o mercado anseia pelo contador possa se dedicar mais as tomadas de decisões e previsões futuras (MACHADO; FREITAS; OLIVEIRA, 2012[b]).

Segundo pesquisa realizada por Daniel Ferreira dos Santos que objetivou comparar o perfil do profissional com as exigências do mercado de trabalho de Curitiba-PR, as qualificações exigidas para o profissional contábil, em ordem hierárquica, são: experiência; conhecimentos em contabilidade e legislação societária e tributária; tecnologia da informação; conhecimentos em Administração, Economia e Finanças; Contabilidade Gerencial e Gestão empresarial, domínio de outros idiomas; habilidades e atitudes e Normas Internacionais de Contabilidade.

2.2 MERCADO DE TRABALHO PARA O CONTADOR CONTEMPORÂNEO

Objetivando oferecer informações adequadas, o setor contábil passou por mudanças nos últimos anos influenciados pela globalização. Segundo Guimarães (2006) os contextos políticos e socioeconômicos são fatores que contribuíram para a modulação de um novo mercado de trabalho.

Para Silva (2000, p.26)“O mercado atual requer modernidade, criatividade, novas tecnologias, novos conhecimentos e mudanças urgentes na visão através dos paradigmas, impondo, com isso, um desafio: o de continuar competindo.”

Neste mesmo conceito Pires (2009) diz que a tendência é que o mercado de trabalho demande profissionais capazes de analisar e participar do processo de decisão, não apenas gerando informações que serão utilizadas pelos gestores.

Pesquisas como a de Machado e Nova (2008) na cidade de Uberlândia revelam que as exigências do mercado não estavam alinhadas com o preparo dos profissionais, indicando que as instituições de ensino devem adequar sua grade curricular.

Na pesquisa realizada por Daniel Ferreira dos Santos (2011) na cidade de Curitiba-PR, 76,77% das vagas são destinadas a cargos de auxiliar, 15,35% para vagas de chefia e 7,87% para cargos gerenciais. Guimarães (2006) explica que as atividades de caráter operacional demandam uma quantidade grande de pessoas para desempenhá-las, assim a rotatividade e procura por novos profissionais tende a ser maior.

O mesmo foi evidenciado na pesquisa de Emanuelli Simon (2013) que tinha o mesmo objetivo de analisar a demanda de vagas, porém situado no estado do Mato Grosso do Sul, onde identificou 45,32% das vagas para auxiliar, 25% para analista, 14,07% para cargos gerenciais e 7,81% para o cargo de chefia.

A preocupação com as varáveis do mercado é objeto de interesse de várias outras pesquisas. Segundo Ott (2012) independente da hierarquia ou área contábil optada, para o profissional manter-se adequado as variações de mercado há um conjunto de habilidades, chamado de Core Competency Framework, necessárias para que alunos adquiram os conhecimentos de tal forma que os acompanharão até o futuro exercício da profissão contábil, que podem variar no futuro.

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2.3 PERFIL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS CONTÁBEIS

Antes de o profissional contábil se lançar no mercado de trabalho é necessário passar por um processo educacional. No intuito de obter conhecimentos técnicos, as instituições de ensino tem grande importância e responsabilidade na formação do profissional.

Segundo o Conselho Nacional de Educação, CNE (2002, p.1) através de seu parecer CNE/CES n°146, de 3 de abril de 2002:

[...] O curso de graduação em Ciências Contábeis deve contemplar um perfil profissional que revele a responsabilidade social de seus egressos e sua atuação técnica

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