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OBRIGATORIEDADE DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Por:   •  18/4/2018  •  3.625 Palavras (15 Páginas)  •  242 Visualizações

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Entretanto no Brasil a DFC passou a ser obrigatória com a criação da Lei 11.638/07, a qual institui obrigatoriedade para as sociedades de grande porte, substituindo a Demonstrações de Origens e Aplicação de Recursos (DOAR).

A Lei n° 11.638, de 27 de dezembro de 2007, tornou obrigatória a elaboração e publicação da DFC, a partir de 01 de janeiro de 2008, sendo o demonstrativo regulamentado em nível nacional, conforme Quintana (2009), por meio do Pronunciamento Técnico CPC 03, aprovado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e pela Resolução nº 1.125, do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a NBC T 3.8 – Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Objetivos da Demonstração do Fluxo de Caixa - o fluxo de caixa é de suma importância para a empresa, pois através dele é verificado se a empresa possui capacidade de gerar caixa e a necessidade de utilização de seus recursos. O objetivo da DFC é fornecer informações relevantes sobre os fluxos financeiros de pagamentos e recebimentos alcançados pela empresa, no exercício.

A DFC propicia a elaboração de um melhor planejamento financeiro, de forma que não ocorra excesso de Caixa, mas que se mantenha o montante necessário para fazer face aos compromissos imediatos. Também permite descobrir o momento de quando buscar empréstimos para cobrir a insuficiência de fundos, bem como quando aplicar no mercado financeiro o excesso de recursos (IUDÍCIBUS, MARION e FARIA 2009, p. 187).

Com a Demonstração do Fluxo de Caixa, a empresa sabe o momento que não possui em mãos o dinheiro necessário para cumprir com suas dívidas, e a hora de investir a sobra do dinheiro que está parado no caixa, fazendo com que não se perca oportunidades de rentabilidades. É importante ressaltar que mesmo com as mudanças ocorridas no DOAR para DFC, uma forma de apreciação não supre a outra de maneira alguma. A DFC avalia de uma forma mais detalhada, pois sua principal forma de trabalho é para prazos mais curtos. Na DOAR, sua função é formar ganho no médio e longo prazo.

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MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DA Demonstração DO FLUXO DE CAIXA

As demonstrações dos fluxos de caixa oferecem dados de recebimentos e pagamentos de uma empresa, durante determinado exercício. Pode auxiliar investidores e credores a avaliar a competência da empresa de gerar fluxo de caixa positivo, saldar as obrigações e pagar dividendos. Por intermédio da DFC a empresa expõe dados para o administrador acerca da origem do caixa gerado. Tendo como objetivo prover ao administrador visão ampla dos investimentos e atividades financeiras da empresa.

Além de suas operações, de fabricar, comprar e venda de bens ou prestação de serviço à empresa pode gerar caixa pela venda de ativos, emissão de ações, contratação de empréstimos e financiamentos, entre outros. O uso de dados contido na Demonstração do Fluxo de Caixa, juntamente com outras demonstrações contábeis, podem ser transformados em uma ferramenta eficaz para a avaliação da liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa.

Por outro lado, é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta suas limitações, uma delas é a insuficiência de informações precisas sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de competência.

Entretanto, o fluxo de caixa é uma ferramenta de controle e análise financeira que ao lado das demais demonstrações contábeis tornam-se efetivamente um instrumento de apoio à tomada de decisões de caráter financeiro.

Existem dois métodos para elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa: método direto e indireto.

Método Direto – A demonstração pelo método direto facilita ao usuário avaliar a solvência da empresa, pois comprova toda a movimentação dos recursos financeiros, as origens dos recursos de caixa e onde eles foram aplicados. As vantagens deste método são: criar condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais; permitir que a cultura de administrador pelo caixa seja introduzida mais rapidamente nas empresas; e as informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.

Demonstra os recebimentos e pagamento originado das atividades operacionais da empresa ao invés do lucro liquida ajustado. Apresenta as movimentações dos recursos financeiros ocorridos no período. Demonstrando os itens que são afetados diretamente pelas movimentações do caixa, ou seja, o espelho da conta Caixa/Banco. Como desvantagens do método direto citam-se: o custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos; e a falta de experiência dos profissionais das áreas contábil e financeira em usar as partidas para classificar os recebimentos e pagamentos.

Método Indireto – Também chamado de método de conciliação, é aquele no qual os recursos originários das atividades operacionais são comprovados a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado que não comprometem o caixa da empresa. Demonstrando assim, indiretamente o fluxo financeiro por meio, de comparação dos saldos das contas do ativo, passivo e as contas de resultado da empresa, semelhante ao método DOAR, principalmente pela parte inicial, exigindo do administrador maior conhecimento de contabilidade.

As vantagens do método indireto são: baixo custo, pois utiliza dois balanços patrimoniais uma do inicio do período e outro do final do período, a demonstração de resultados e outras informações adicionais adquiridas na contabilidade; conciliando o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional liquido, apresentando suas diferenças. As desvantagens apresentadas são tempo para gerar informações pelo regime de competência e converte-las para o regime caixa; e o fato do método indireto apenas eliminar parte das distorções, na existência de interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial.

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ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa de uma empresa deve apresentar uma estrutura bem detalhada, para que o administrador possa analisar e compreender, facilitando suas decisões e que elas sejam de acordo com a sua liquidez.

Os Fluxos Operacionais apresenta todos os gastos relacionados a produção e a comercialização dos bens e serviços da empresa. Precisa ter como entradas, a cobrança das vendas dos produtos/serviços

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