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O capital intelectual nas organizações

Por:   •  31/3/2018  •  3.248 Palavras (13 Páginas)  •  313 Visualizações

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verificar o grau de satisfação dos colaboradores pesquisados, bem

como os seus níveis de motivação para desempenhar os serviços que lhes são designados,

atentando para o seu sentimento de valorização frente à empresa.

Tal estudo se justifica devido à importância que o saber humano tem recebido nos

últimos tempos para a economia moderna, levando-se em consideração também que tal saber

sempre foi fundamental para que as organizações alcançassem os seus objetivos.

O objeto de estudo dessa pesquisa foram os colaboradores que trabalham em uma

empresa de pequeno porte do setor alimentício, localizada no município de Martins, estado do

Rio Grande do Norte.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 BREVE HISTÓRICO ACERCA DO CAPITAL INTELECTUAL

O ser humano começou a ser visto como um bem de capital em meados do século XVIII,

por meio das ideias expressadas por pensadores como Wellian Farr, Ernest Engel e Theodor

Wiltstein. Porém, a evidenciação do valor de um funcionário, bem como do valor do serviço

por ele realizado só veio a ser realizada em 1991, através da publicação de um artigo na revista

Fortune, cujo autor era Thomas Stewart (LUCENA, 2007).

Tal artigo, cujo título era “Your company’s most valuable asset: intelectual capital” (o

que equivale a “O ativo mais valioso da sua empresa: capital intelectual”), apresentava as

primeiras experiências de algumas companhias em mensurar o seu capital intelectual. Entre tais

empresas estava a Skandia AFS, primeira companhia a divulgar, junto com suas demonstrações

contábeis, um relatório no qual era divulgado alguns aspectos do seu capital intelectual

(ANTUNES, 2000).

Antunes (2000) continua informando que nos anos seguintes, verificou-se um

crescimento considerável de estudos que abordavam um elemento fundamental que compõe o

capital intelectual: o capital humano. A história demonstra que, surgida a ideia de mensurar o

ser humano, economistas de todo o mundo empregaram esforços em vistas a encontrar um valor

monetário para o capital humano, no intuito de – por exemplo – estimar perdas com guerras ou

imigração. Historicamente, Gomes (2003, p. 60) explana sobre três origens que, segundo ele,

marcaram a evolução do pensamento humano acerca da gestão de capital intelectual: a primeira,

ocorrida em 1980, com a publicação de um estudo sobre os efeitos dos ativos invisíveis na

administração de organizações japonesas, escrito por Hiroyntei Itami; a segunda, compilada em

1986 por Teece, que apresentava o conjunto de ideias de economistas que buscavam uma visão

diferente sobre a teoria da firma; e a terceira através do trabalho de Sveiby em 1986 que

“evidenciou a forma de controle e gerenciamento necessário às organizações em que sua

produção estava baseada no conhecimento e criatividade”.

Desse modo, é correto afirmar que o estudo do capital intelectual teve suas bases

fundamentadas na necessidade de identificar o potencial intelectual de cada funcionário, tendo-

o como a base para potencializar os demais ativos da empresa e otimizar, assim, toda a estrutura

empresarial. Com isso, deu-se início a uma nova maneira de perceber o potencial de cada

membro da organização, do ponto de vista estratégico e sustentável para os negócios da

entidade.

2.2 O CAPITAL INTELECTUAL, SEUS ELEMENTOS E CARACTERÍSTICAS

Contabilmente, o patrimônio de uma entidade constitui-se como o conjunto de seus

bens, direitos e obrigações, isto é, abrange tudo aquilo que a entidade possui – bens e direitos –

e tudo aquilo que ela deve – obrigações. Analisando mais intimamente, temos que os bens

citados podem ser divididos em tangíveis – também chamados de corpóreos ou materiais,

compõem o conjunto dos bens que constituem uma forma física – e intangíveis – também

conhecidos como incorpóreos ou imateriais, sendo esses o conjuntos dos bens que não

constituem uma forma física e, por isso, não podem ser tocados. É a esse grupo, dos bens

intangíveis (incorpóreos) que o capital intelectual pertence.

Para Stewart (1998 apud WERNKE et al, 2003, p. 18) o capital intelectual é:

a soma do conhecimento de todos de uma empresa, o que lhe proporciona vantagem

competitiva. Ao contrário dos ativos, com os quais o empresário e contadores estão

familiarizados – propriedades, fábricas, equipamentos, dinheiro – o capital intelectual

é intangível. É, por exemplo, o conhecimento da força de trabalho: o treinamento e a

intuição de uma equipe de químicos que descobre uma nova droga de bilhões de

dólares

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