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Capital Intelectual

Por:   •  21/3/2018  •  3.238 Palavras (13 Páginas)  •  286 Visualizações

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Para aprofundarmos este assunto, se faz necessário saber um pouco sobre o conceito de Ativo Intangível, que foi definido pelo Merriam Webster’s International Dictionary, conforme Pacheco (2005, p.12) como “[...] algo ou aquilo incapaz de ser definido ou determinado com certeza ou precisão”.

Stewart (1998) faz referência do conhecimento com o capital intangível e apontam três aspectos que os diferenciam, o primeiro é a sua existência independente do espaço, ou seja, um bem material pode ser possuído somente por uma pessoa, ao passo que o conhecimento pode ser compartilhado simultaneamente por um infinito número de pessoas sem diminuir seu valor, o segundo está relacionado à sua abundância, enquanto os bens econômicos convencionais aumentam seu valor à medida que ficam mais raros, o conhecimento percorre o caminho inverso. E o terceiro ao custo, o custo do conhecimento está concentrado na produção e não na multiplicação.

Segundo Sullivan (1998), o primeiro passo para relacionar capital intelectual e sua repercussão nos ativos intangíveis das organizações, foi dado por Karl E. Sveiby, consultor sueco, que em 1986 publicou um texto intitulado The Know-How Company, sobre a gestão dos ativos intangíveis. A partir da década de 90 a discussão sobre o Capital intelectual ganha corpo, passando a ser tema de diversos estudos e pesquisas e tem em Stewart um dos principais estudiosos do assunto, escrevendo diversas matérias sobre o tema, culminando com a publicação de seu livro Capital intelectual em 1998.

Para Porter (1995), o capital intelectual começou a ser tratado como um intangível importante a partir da segunda metade da década de 70, devido a uma mudança no cenário econômico até então sem grandes oscilações vividas desde o início do século xx, estas mudanças, apesar da resistência de alguns executivos, praticamente obrigaram as empresas a se adequarem à nova situação do mercado, pois só assim conseguiriam se sobressair perante seus concorrentes.

Conceito e definição de Capital Intelectual

Podemos definir então Capital Intelectual como sendo toda a informação, transformada em conhecimento que se agrega àqueles que você já possui. É o conhecimento adquirido ao longo da vida, pela experiência, portanto é considerado um “bem intangível”.

Ele abrange também os conhecimentos adquiridos e acumulados de uma organização, os conhecimentos acumulados de uma empresa independem a pessoa, projetos, patentes sistemas, metodologias e interatividade do ser humano.

Chiavenato (2010) afirma que Capital intelectual é soma de tudo o que você sabe. Em termos organizacionais, o maior patrimônio de uma organização é algo que entra e sai pelas suas portas todos os dias, ou seja, são conhecimentos que as pessoas trazem em suas mentes – seja sobre produtos, serviços, clientes, processos, técnicas, etc.

Para Thomas A. Stewart (1998), o capital intelectual corresponde ao conjunto de conhecimento e informações encontrados nas organizações, que agregam valor ao produto e/ou serviços, mediante a aplicação da inteligência e não do capital monetário, ao empreendimento, também ressalta a importância dele dizendo que os ativos intelectuais de uma corporação, são geralmente três ou quatro vezes mais valiosos que os tangíveis que constam nos livros.

Já para Leif Edvinsson e Michael S. Malones(1998), é um capital não financeiro que representa a lacuna oculta entre o valor de mercado e o valor contábil. Sendo, portanto, a soma do capital humano e do capital estrutural. É imprescindível que as empresas reconheçam, identifiquem, invistam e mesurem a importância do homem, da sua capacidade e do uso da informação dentro da organização.

Classificação do Capital Intelectual

Stewart (1998) diz que o capital intelectual pode ser divido em três grandes capitais: o capital humano, o capital estrutural e o capital do cliente. Todos são intangíveis, mas descrevem coisas tangíveis para os executivos. É o intercambio entres eles que cria o capital intelectual.

- Capital Humano: É a fonte de inovação e renovação. As pessoas geram capital para a empresa através de sua competência, sua atitude e sua capacidade para inovar. As competências incluem as habilidades e a educação e a atitude se refere às condutas. A capacidade de inovar, no entanto, é o que pode gerar mais valor para uma empresa. Ou seja, é o conjunto de conhecimento, habilidade e criatividade presentes no profissional que gera benefícios para a organização.

- Capital Estrutural: Compreende os ativos intangíveis relacionados com a estrutura e os processos de funcionamento interno e externo da organização que apoiam o capital humano, ou, tudo o que permanece na empresa quando os empregados vãos para casa. Exemplos: é um conjunto de sistemas administrativos, conceitos, modelos, rotinas, marcas, patentes, softwares e tudo mais relacionado à infraestrutura necessária para a empresa funcionar.

- Capital do Cliente: É definido como o valor de sua franquia, seus relacionamentos contínuos com pessoas e organizações para as quais vende. Para Stewart, toda empresa com clientes possui capital do cliente, entre as três grandes categorias de ativos intelectuais, os clientes são os mais valiosos, pois são eles quem pagam as contas. Exemplo: o relacionamento com os clientes, a lealdade deles à marca da empresa, o quanto ela conhece a necessidades de seus clientes e antecipadamente resolve seus problemas.

Requisitos de Divulgação

Segundo o comitê de pronunciamentos contábeis CPC 04 sobre os requisitos de divulgação do ativo intangível: A natureza dos Ativos Intangíveis implica, em muitos casos, não ter o que ser adicionado ao ativo, nem se poder substituir parte dele. Por conseguinte, a maioria dos gastos subsequentes provavelmente são efetuados para manter a expectativa de benefícios econômicos futuros incorporados ao Ativo Intangível existente, e não atendem à definição de Ativo Intangível, tampouco aos critérios de reconhecimento anteriormente tratados.

Base Legal: Item 20 do PT CPC 04 - R1 (UC: 03/07/14).

Um Ativo Intangível deve ser reconhecido apenas se:

- For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade;

- O custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.

A entidade deve avaliar a probabilidade

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