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Historia da contabilidade

Por:   •  13/2/2018  •  1.969 Palavras (8 Páginas)  •  352 Visualizações

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e se espalhou por toda Europa.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Escritor de diversa obras, destacando-se a “Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá”, impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração. Apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.

Durante a fase moderna da contabilidade de acordo com Zanluca (2004), surgiram os livros mercantis: diário, razão e sobre a autenticação deles; livros sobre registros de operações (aquisição, permuta, sociedade, etc.); sobre contas em geral (como abrir e encerrar); contas de armazenamento; lucros e perdas e sobre arquivamento de contas e documentos.

A publicação da obra “La Contabilitá Applicata alle Amministrazioni Private e Pubbliche” (A Contabilidade Aplicada às Administrações Públicas e Privadas) de Francesco Villa, marca o fim desta época e inicia a era atual da contabilidade.

2.4 História Contemporânea ou Científica da Contabilidade

Levando em consideração o os contextos financeiro, econômicos e social a contabilidade passou para uma fase de amadurecimento a partir do século XVII. Assim como Sá (2010) faz a ligação entre o período com a corrente filosófica do positivismo, que reflete a busca de respostas através da ciência. A contabilidade a partir deste período serve como base gerencial para as empresas

A busca pelo esclarecimento do pensamento contábil gerou doutrinas com líderes filosóficos e características, sendo possível destacar entre elas:

Tabela 1 – Escolas Doutrinárias

Escola Características

Contistas Idealizada por Luca Pacioli, no século XV, acreditavam que a contabilidade deveria dedicar-se ao estudo de contas e partidas dobradas

Personalistas Surgiu na segunda metade do século XIX, defendiam o estudo de aspectos dos direitos e obrigações que envolviam os donos das riquezas e tudo o que ela se relacionasse, um dos nomes de destaque é Giuseppe Cerboni

Controlistas Tendo como defensor Fábio Besta, admitiam que o objetivo era estudar a matéria sobre o ângulo do controle da riqueza e de que forma estes se relacionavam.

Aziendalistas Admitiam que a instituição, a empresa, são objeto de estudo e a contabilidade nada mais faz que inserir-se em um complexo de matérias que se aplicam ao campo social. Seu principal defensor foi Gino Zappa

Reditualistas Observavam a procedência do lucro como objetivo, não ganhou grande força pois estudiosos argumentavam que o redito (resultado) seja efeito da dinâmica patrimonial e não a sua causa

Patrimonialistas As ideias desta escola foram defendidas por Vincenzo Mais, reconhecendo que o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio, enquanto riqueza gerida para cumprir o fim aziendal.

Neopatrimonialistas Admitem que o objeto de estudo é o patrimônio das células sociais, mas estudado de forma sistemática, relacionadas à eficácia.

Fonte: SÁ (2010, p.34) – Adaptado pelas autoras

Na vanguarda da contabilidade mundial encontra-se a escola norte-americana, no final do século XIX e XX ocorreram fatos como o desenvolvimento do mercado de capitais e a revolução industrial foram um campo fértil para o desenvolvimento da contabilidade, tornando-a cada vez mais complexa e gerando a necessidade criação de uma entidade de classe que debatesse e discutisse questões práticas a fim de encontrar um consenso, assim foi criada a American Association of Public Accountants (AAPA).

Possuindo uma didática diferente os norte-americanos melhoraram a qualidade da informação contábil, padronizaram os processos contábeis e dividiram a contabilidade em duas vertentes: financeira e gerencial. Assim como complementa Favero et al.

A escola norte-americana de Contabilidade, além de propor uma metodologia diferenciada para o ensino de contabilidade também direciona para focos distintos: (a) A geração de informação para usuários externos (Contabilidade Societária ou financeira) e (b) geração de informação aos usuários internos (Contabilidade Gerencial ou de Gestão) (2011, p.24)

3. A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CONTABIL NO BRASIL

Portugal possuí benefícios geográficos pelo fato de ser vizinho da Itália, o Brasil como país colonizado herdou grandes influências do pensamento contábil, uma vez que o propósito inicial do país era apenas a extração de recursos naturais não houve grande estimulo com relação a atividade de controle.

Assim como aborda Coelho e Lins (2010, p.153) “[...] O planejamento orçamentário e controle das contas jamais foram tratados como prioridade. Retrata-se aí uma questão cultural”

3.1 Início da contabilidade no Brasil

Durante o período colonial não ocorreram grandes avanços, apenas com a chegada da corte portuguesa, em 1808, com a abertura dos portos que o comércio local se desenvolveu de maneira efetiva. Contudo ainda neste período a necessidade do controle patrimonial era presente, assim em 1549 D. João III nomeou profissionais guarda-livros e contador geral, cargo reservado ao profissional que atuava na área pública.

Em 1770, D. José, rei de Portugal, expediu a carta Lei regulamentando a profissão contábil, ficando estabelecida necessidade de matricula para todos guarda-livros na Junta do Comércio.

Timidamente o pensamento contábil foi ganhando espaço com a publicação de obras como “A metafísica da contabilidade comercial” (1833), escrito por Estevão Rafael de Carvalho e a promulgação do Primeiro Código Comercial Brasileiro em 1850. Dez anos depois, em 1860, através da Lei 1.083, com o objetivo de fazer correções ao Código Comercial ficou estabelecido que “Demonstrações, balanços e documentos contábeis deveriam ser remetidos, no prazo estabelecido, ao governo, essa legislação previa, ainda, a publicação dos balanços” (Coelho e Lins, 2010, p.154)

Tabela 2: Breve resumo da evolução da profissão e da educação contábil no Brasil até o século XIX.

Profissão Educação (Cursos)

1549 Primeira nomeação de D. João III para Contador Geral e guarda-livros 1804 Primórdios do estudo comercial do Brasil (publicação da obra Princípios da Economia Política)

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