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A Evolução da mulher no mercado de trabalho

Por:   •  20/12/2018  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  337 Visualizações

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- A mulher e o trabalho no Brasil

Atualmente, cada vez mais as mulheres tem se lançado no mercado de trabalho para garantir seu espaço. Com a criação das leis trabalhistas, em 2007, as mulheres representavam 40,8% de mercado formal. Já em 2016, este número passou para 44%.

A média brasileira da participação das mulheres no mercado de trabalho é de 44%. Porém há estados onde este número é maior ou seja, a participação da mulher no mercado de trabalho formal é quase a mesma comparada aos homens.

No Estado de Roraima, 49,6% no número de vagas de trabalho são ocupadas por mulheres. No Acre este número é de 47,2%.

Segundo o Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) e da RAIS (Relação Anual de Informações Gerais), os Estados do Distrito Federal e Mato Grosso são os que possuem menor percentual de mulheres no mercado de trabalho.

- O mercado de trabalho para a mulher negra

A mulher luta diariamente pelo seu espaço, reconhecimento e respeito no mercado de trabalho. No caso da mulher negra as dificuldades ainda são maiores.

O Brasil é um país de várias etnias onde, parte de sua população é formada por pessoas de raça negra. Mesmo assim o preconceito existe e, no caso da mulher no geral, além de ter que mostrar dia a dia seu valor no mercado de trabalho, a mulher negra precisa provar ainda mais que competência e eficiência vão além da cor de sua pele.

Em relação ao ganho salarial, as negras ganham em média, 59,5% do que ganham os homens brancos. As mulheres negras ganham 65% dos homens do mesmo grupo racial.

Mônica Custódio, Secretária Nacional de Promoção à Igualdade Racial da CTB comenta sobre este assunto:

“O preconceito e o racismo estão cada vez mais explícitos no mercado de trabalho. Foi divulgado, há menos de um mês, que o desemprego e a precarização do trabalho recai com muito mais força sobre os homens e mulheres negras. E, em dose maior, sobre as mulheres negras. No ano de 2015, foi divulgado por institutos oficiais, dados que apontam que o abismo salarial entre homens e mulheres, negros e não negras, ultrapassa os 40%.”

No caso das empregadas domésticas, 43% trabalham em média 40 horas ou mais semanais. Quanto às empregadas negras, com as mesmas horas trabalhadas, este número passa a 47,3% em 2003.

Mesmo com recentes conquistas das mulheres brasileiras, as negras, por exemplo, em profissões consideradas de prestígio são invisíveis por causa da descriminação ou, até mesmo por serem desestimuladas a seguirem carreiras promissoras por causa de um padrão sexista, racista de que a mulher negra não corresponde à um “padrão” estético determinado pela sociedade.

- Avanços femininos no mercado de trabalho no Brasil

Nos últimos anos, a participação da mulher no mercado de trabalho vem crescendo gradativamente.

De acordo com o Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), apontam um maior crescimento da participação das mulheres nas atividades da administração pública, restaurantes, atendimento hospitalar e como zeladora nos mais diversos postos de trabalho.

Outro setor que evolui foi o de construção civil em especial em atividades como construção de estações e redes de telecomunicações onde a participação feminina passou de 12,96% em 2010 para 13,68% em 2011. Também houve alta nos registros de participação feminina outros setores como a construção civil, outros setores como montagem, instalação de sistema e equipamentos de iluminação e sinalização de vias públicas, postos e aeroportos foram registrados altas

De acordo com o IBGE, a participação das mulheres no grupo de pessoas ocupadas nas 5,2 milhões de empresas e outras organizações ativas no país registrou alta de 3,2% entre os anos de 2011 e 2012. Progresso que também alcançou em termos salariais. Em 2012, o salário das mulheres houve um aumento real de 2,4% contra 2% dos homens.

Quanto ao nível de escolaridade, em quatro dos nove níveis as mulheres teve um aumento em comparação aos homens. No período de 2003 a 2014, o salário de admissão teve um crescimento de 2,49% no primeiro trimestre de 2014. Os salários superior médio de admissão deram continuidade ao crescimento em nível nacional, ao passarem de R$ 801,52 em 2003 para R$ 1.166,84 em 2013, o que corresponde um aumento real de 45,40%.

No mercado de trabalho atual é notável a conquista das mulheres por cargos de chefia, sob o ponto que isto seria inimaginável. Um exemplo disso são mulheres em cargos de gerentes de banco, engenheiras, motoristas.

Funções que antes eram exclusivamente masculinas, como a eletroeletrônica, a mulher vem conquistando seu espaço. Qualidades da mulher como perfeccionismo no trabalho, concentração destacam-se cada vez mais que ela vai acessando a qualificação.

Ainda há muito o que evoluir, conquistar como por exemplo o ganho salarial de forma igual aos dos homens. É inegável que a mulher vem mostrando seu valor como profissional, mostrando que capacidade e competência vai além do sexo.

- Exemplos de mulheres que venceram o preconceito no mercado de trabalho

- Zica Assis - Proprietária da rede de salões Beleza Natural

Negra, pobre, aos 9 anos trabalhava como babá e depois como faxineira. À pedido das patroas, teve que abrir mão de seu cabelo black power. Tentou sem sucesso manter o cabelo mais liso e, aos 21 anos, resolveu fazer um curso de cabeleireiro pois queria entender como deixar melhor o próprio cabelo. Depois de testar muitos produtos e não se adaptar à nenhum deles, resolveu criar seus próprios produtos para relaxamento capilar.

Como não tinha nenhuma noção de química, foi atrás de que poderia ajudá-la a desenvolver o que pretendia.

Suas patroas ajudaram muito e, uma delas a apresentou a uma química que listou tudo o que já havia feito. Tinha na mente um produto que poderia atendê-la e quem mais gostaria de tratar seus cabelos crespos mas, não sabia como fazer. Foi então que fez com que seu marido vendesse seu único bem, um Fusca 1974 para investir no negócio. No início,a propaganda era o boca a boca pois seu produto tinha o diferencial de hidratar o cabelo em pouco tempo sem prejudicar os fios. O que começou com um pequeno salão, hoje tem 44 unidades. Atende em média, 130 mil

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