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Trabalho de economia - Elasticidade

Por:   •  12/2/2018  •  4.604 Palavras (19 Páginas)  •  327 Visualizações

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CARACTERIZAÇÃO DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA:

● [pic 5]: elasticidade unitária, o que significa dizer que o preço (P) e a quantidade demandada (Q) variam na mesma proporção. A variação percentual na quantidade demandada é igual à variação percentual no preço. Exemplo: se o preço aumenta 10%, a quantidade demandada cai os mesmos 10%.

● [pic 6]: a demanda é elástica, o que significa dizer que a quantidade demandada (Q) varia mais que proporcionalmente que o preço (P). A variação percentual na quantidade demandada é maior que a variação no preço. Assim, se o preço aumentar 10%, a quantidade demandada cairá mais que 10%. No caso da demanda elástica, os consumidores são muito sensíveis a mudanças no preço.

● [pic 7]: a demanda é inelástica, o que significa dizer que a quantidade demandada (Q) varia menos que proporcionalmente que o preço (P). A variação percentual na quantidade demandada é menor que a variação percentual no preço. Assim, se o preço aumentar 10%, a quantidade demandada cai menos que 10%. Nesse caso, os consumidores são pouco sensíveis a mudanças nos preços.

É importante destacar que é muito difícil encontrarmos no mercado um produto que tenha demanda unitária.

FATORES QUE DETERMINAM A ELASTICIDADE–PREÇO DA DEMANDA:

Os fatores que determinam que um produto tenha demanda elástica e que outro tenha demanda inelástica são os seguintes:

● Disponibilidade de produtos substitutos para o bem considerado: quanto maior o número de produtos substitutos para o bem considerado, maior será a elasticidade-preço da demanda do bem considerado; já quanto menor o número de produtos substitutos para o bem considerado, menor será a elasticidade-preço da demanda. Isso ocorre porque os consumidores são mais sensíveis a alterações no preço do produto, se o produto possui muitos bens substitutos. Já se o produto em consideração não possui bens substitutos, a sua sensibilidade em relação a variações no preço do produto é muito pequena.

É importante destacar que com a abertura da economia brasileira nos anos mais recentes, há uma maior variedade de produtos disponíveis aos consumidores, o que fez com que eles se tornassem mais sensíveis aos preços.

● Proporção de renda gasta com produtos: quanto maior a proporção da renda gasta com um determinado produto, maior será a elástica desse produto; já quanto menor a proporção da renda gasta com um produto, menor será a elasticidade desse produto. Assim a demanda de produtos que absorvem grande parcela da renda dos consumidores deve ser mais elástica do que a de produtos que absorvem uma pequena parcela da renda. Os consumidores são mais sensíveis a variações nos preços dos produtos que absorvem uma grande parcela da renda, como é o caso de automóveis, imóveis, eletrodomésticos; já para os produtos que consomem uma pequena parcela da renda, os consumidores são menos sensíveis a alterações nos preços, é o caso do sal, do fósforo. Para ficar mais claro, vejamos o exemplo de um consumidor com renda mensal de R$2.500,00 que deseja adquirir um novo computador e um saco de cinco quilos de arroz, que custam, respectivamente, R$1.000,00 e R$6,50. Ao decidir comprar esses dois produtos, o consumidor certifica que esses preços subiram 25%. Se decidir comprar os produtos, ele gastará 50% de sua renda, em vez de 40%, com o computador, mas apenas 0,32% com o arroz, que antes correspondia a 0,26%. Nesse caso, provavelmente o consumidor não comprará o computador, pois consumirá uma parcela muito maior da sua renda, mas não deixará de adquirir o arroz, que consome uma pequena parcela da sua renda.

● Grau de essencialidade do produto: quanto maior o grau de essencialidade do produto, menor será a sua elasticidade. Assim, os consumidores são menos sensíveis a alterações nos preços dos produtos considerados essenciais e são mais sensíveis a variações nos preços dos produtos considerados supérfluos Em outras palavras, os preços dos produtos muito essenciais podem subir, por exemplo, 20% e, mesmo assim, a quantidade consumida cai muito pouco. Os produtos essenciais, como a água, a insulina para os diabéticos, possuem demanda inelástica e os produtos considerados supérfluos, como viagens aéreas, alimentação em restaurantes, possuem demanda elástica.

● Tempo: como o consumidor leva um tempo para mudar os seus hábitos de consumo, no curto prazo, dizemos que a sua demanda é mais inelástica e no longo prazo, a sua demanda é mais elástica. Um exemplo é quando o preço da gasolina aumenta, a resposta do consumidor é limitada pelo tempo necessário para comprar um automóvel mais econômico, então à redução no consumo de gasolina é dada no longo prazo. Assim, com o passar do tempo, a demanda torna-se mais elástica porque os consumidores têm mais opções frente ao aumento do preço.

Resumidamente podemos dizer que:

- quanto maior o número de produtos substitutos, mais elástica será a demanda do consumidor.

- quanto maior a proporção da renda gasta com o produto, mais elástica será a sua demanda.

- quanto mais essencial for um produto para os consumidores, mais inelástica será a sua demanda.

- No curto prazo, a demanda é inelástica e no longo prazo é elástica. Isso ocorre em função do tempo necessário para alterar os hábitos dos consumidores frente a variações nos preços.

É conveniente dizer que a demanda dos produtos agrícolas é inelástica, ou seja, as quantidades demandadas variam menos que os preços. De acordo com MENDES, 2004, a [pic 8] dos alimentos in natura varia entre -0,10 e -0,50, o que significa que, um aumento de 1% no preço dos alimentos, resulta em uma redução de 0,10 a 0,50% na quantidade demandada de alimentos, e vice-versa. No caso dos produtos industrializados, como os eletrodomésticos, automóveis e alimentos processados, a demanda é elástica. Uma promoção que reduz em 50% os preços, provoca um aumento significativo nas vendas. De acordo com MENDES, 2004 a [pic 9] para esses produtos é acima de [pic 10], geralmente, entre 1,20 e 2,5, o que significa que, uma redução de 1% nos preços, provoca um aumento de 1,20 a 2,5% na quantidade demandada.

Assim concluímos que o consumidor é mais sensível a preços para os alimentos processados do que para os alimentos in natura. Um exemplo disso é o caso da batata in natura, que mesmo barata, não provoca

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