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TRABALHO INDIVIDUAL - Pesquisa Bibliográfica

Por:   •  8/4/2018  •  7.772 Palavras (32 Páginas)  •  328 Visualizações

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de atividades com começo, meio e fim programados [...]”, significa que todo projeto tem uma data para iniciar e uma data para acabar. Ou seja, todo projeto é temporário.

Outra característica evidenciada no conceito trazido por Maximiano (2007, p. 26) é a da singularidade, ou unicidade. Quando o autor diz que um projeto “[...] tem por objetivo fornecer um produto singular [...]”, ele se remete ao fato de que todo projeto é único, exclusivo.

Segundo Schlickmann (2011), a temporalidade e a singularidade podem ser entendidas como as duas principais características de um projeto:

Quadro 1: Conceitos de Projeto

Quadro 1: Conceitos de Projeto

Fonte: Schlickmann (2011)

Além da temporalidade e da singularidade, é possível destacar outras características inerentes a um projeto:

Incerteza: é uma escala que varia de acordo com o conhecimento sobre o resultado final do projeto e a forma de alcançá-lo (MAXIMIANO, 2007). Quanto menos se sabe sobre o resultado final de um projeto, mais incerto ele é e vice-versa. Assim, todo projeto lida com um grau de incerteza, seja ele de menor ou de maior grau.

Complexidade: também pode ser entendida como uma escala e que varia conforme o número de variáveis a serem administradas (MAXIMIANO, 2007). Quanto mais variáveis ambientais externas e internas ao projeto maior será ser a sua complexidade.

Não repetitivo: significa dizer que não faz parte da rotina de uma organização, ou seja, é algo novo para as pessoas que o irão realizar (VARGAS, 2009).

Objetivo claro e definido: todo projeto tem metas e resultados bem estabelecidos a serem atingidos em sua finalização (VARGAS, 2009). Essa característica possibilita que se conheça o que se pretende com o projeto.

De acordo com Schlickmann (2011), além dessas características, para ser bem-sucedido, um projeto normalmente é limitado por três fatores: escopo, custo e prazo. O escopo determina o produto a ser fornecido ao final do projeto; o custo representa a quantia que será despendida pelo projeto para fornecer o produto final; e o prazo estabelece quando o produto final do projeto será fornecido.

Maximiano (2007) refere-se a esses fatores como variáveis críticas de desempenho de um projeto, ou seja, o desempenho de um projeto pode ser medido pelo atendimento a essas variáveis.

Em outras palavras, um projeto que é entregue conforme as especificações do escopo e dentro dos limites de tempo e custo tem maior probabilidade de sucesso.

PMI (2004, p. 8) define gerenciamento de projetos como a “[...] aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas de atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos”. Outro conceito interessante é o de Kerzner (2006, p. 15), que conceitua o gerenciamento de projetos como “[...] o planejamento, a programação e o controle de uma série de tarefas integradas de forma a atingir seus objetivos com êxito, para benefício dos participantes do projeto”.

Os dois conceitos apresentados mencionam “atividades do projeto” ou “tarefas integradas”, significando, portanto, que um projeto envolve várias atividades que precisam ser gerenciadas para o atingimento de seus objetivos. Dependendo da complexidade de um projeto e das atividades inerentes a ele, é necessário, muitas vezes, que ele seja subdividido para tornar mais fácil seu gerenciamento e controle.

Nesse sentido, Maximiano (2007) sugere os conceitos de programa, subprojeto e sistema, os quais refletem a hierarquia no tamanho dos projetos. Assim, programa é um grupo de projetos gerenciados e coordenados de forma integrada. Subprojeto é uma parte de um projeto de grande porte que, muitas vezes, pode ser até terceirizada. E sistema é uma atividade menor realizada por um subprojeto ou, simplesmente, é uma parte do subprojeto.

A definição de parâmetros para se decidir por trabalhar ou não com a abordagem de projetos deve ser considerada pela organização. De acordo com Maximiano (2007), a opção por caracterizar e administrar uma atividade como projeto depende da definição de critérios.

Para Cleland (apud VARGAS, 2009), existem critérios que podemos aplicar no momento de considerar o uso dos conceitos de gerenciamento de projetos, os quais apresentamos no Quadro 2:

Quadro 2: Critérios para Aplicação dos Conceitos de Gerenciamento Projetos

Fonte:

2.1.1 Fase de Planejamento do Projeto

Ao decidir pela utilização da abordagem de gerenciamento de projetos, o próximo passo é planejar o projeto. Ou seja, detalhar tudo o que será realizado pelo projeto e que foi descrito na etapa de iniciação. As atividades dessa fase incluem a elaboração de cronogramas, a verificação das interdependências entre as atividades, a alocação dos recursos envolvidos (materiais, humanos e financeiros), a análise dos custos, as formas de comunicação, a análise de riscos, a necessidade de aquisição de materiais e de contratação de serviços, a definição dos requisitos de qualidade do produto final do projeto, entre outras.

2.1.2 Fase de Execução do Projeto

Após a elaboração do planejamento do projeto é possível proceder à sua execução, ou seja, implementar aquilo que foi planejado para atingir o objetivo do projeto. Nessa etapa são integrados pessoas e recursos para a realização daquilo que foi planejado para o projeto (PMI, 2004). Vargas (2009) destaca que é nessa fase que os erros cometidos nas fases anteriores – como um cronograma mal elaborado – são evidenciados. Um exemplo bem concreto disso é verificado quando, durante a execução de um projeto, constata-se que é necessário mais tempo ou mais recursos do que o previsto para finalizar uma determinada atividade.

2.1.3 Fase de Controle do Projeto

A fase de controle do projeto é aquela que ocorre paralelamente às demais fases e tem como objetivo acompanhar e controlar o projeto a fim de propor ações preventivas e corretivas tão logo seja detectada alguma anormalidade (VARGAS, 2009). Uma função fundamental da etapa de controle é comparar o status atual do projeto com aquele proposto na etapa de planejamento para verificar a necessidade de eventuais ações preventivas e corretivas em caso de discrepâncias.

De acordo com Gido e Clements (2007, p. 81),

[...] o processo de controle de

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