SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA EM CONSUMO RESPONSÁVEL
Por: Jose.Nascimento • 15/1/2018 • 4.629 Palavras (19 Páginas) • 314 Visualizações
...
a execução dessa atividade às expectativas e necessidades atuais do MICC.
No primeiro capítulo apresentamos a identificação do MICC e seu histórico e cenário atual. O segundo capítulo foca no plano estratégico para ampliação da comercialização do MICC e seus resultados. Para o plano estratégico, optou-se por fazer um balanço detalhado da execução dos produtos já elaborados por essa assessoria com o objetivo de refletir sobre a experiência acumulada e extrair os aprendizados para então mapear as ações prioritárias a serem executadas no plano.
A metodologia utilizada para a elaboração deste relatório foi a observação e acompanhamento da execução de cada um dos produtos aqui relatados. “A observação, no contexto de uma pesquisa, visa, no caso, a gerar novos conhecimentos e não a confirmar, necessariamente, teorias.” (VIANNA.2003, p.98)
CAPÍTULO I – IDENTIFICAÇÃO, HISTÓRICO E CENÁRIO ATUAL.
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO E BREVE HISTÓRICO
Nome: ASSOCIAÇÃO INTEGRAÇÃO CAMPO E CIDADE - MICC
Site: www.micc.org.br
Cidade: São Paulo - Estado: SP
Contato: Flávio R. de Castro
Breve apresentação do grupo:
O MICC (Associação de Integração Campo e Cidade) é uma instituição sem fins lucrativos. Tem como objetivo a busca de conscientização e a união de forças pela valorização da terra e de quem nela trabalha. Busca a interdependência entre a zona rural e a zona urbana: as pessoas da cidade precisam dos produtos agrícolas para manter seu abastecimento e os agricultores conseguem seu sustento com a venda do que produzem.
A associação surgiu em 1986, como movimento social popular, com o intuito de articular parcerias entre pequenos produtores rurais e moradores da cidade para negociar a colheita e fornecer boa alimentação.
Em 1988 iniciaram as parcerias com assentamentos que estavam começando a produzir alimentos. Uma das primeiras parcerias foi com o assentamento da cidade de Porto Feliz – SP.
Em 1989, o MICC e a Região Episcopal Belém da Arquidiocese de São Paulo, destina o gesto concreto da Campanha da Fraternidade, cujo tema era: “Comunicação para a Verdadeira Paz”, para a compra de um sistema de irrigação para o assentamento de Porto Feliz - SP.
Já em 1991 inicia-se um processo de visitas a diversos assentamentos e pequenos produtores rurais, ajudando-os na comercialização de seus produtos na cidade. As cidades que iniciaram esta parceria foram: Promissão, Sumaré área I e II, Iperó, Aldeias dos Índios Guaranis das cidades de Itariri e Itanhaém, todas no estado de São Paulo.
Em 1993 o MICC adquiriu um veículo, Kombi, através de doação, o que possibilitou firmar uma parceria concreta com a APPRI (Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Ibiúna), fortalecendo o projeto dos Kits de legumes e verduras, que perdura até os dias de hoje.
Durante os anos seguintes o MICC seguiu estimulando a agricultura familiar visando atitudes concretas de preservação do meio ambiente, e a fixação do homem no campo, evitando o êxodo rural.
Em 2003 inaugura uma loja fixa onde são vendidos os produtos do campo e outros produtos naturais produzidos aqui mesmo na cidade, tais como: mel, granola, pães e geleias naturais.
Em 2008, o MICC se torna: Associação de Integração Campo Cidade – MICC, ou seja, uma associação juridicamente constituída.
1.2. CENÁRIO ATUAL
Até hoje perduram os valores do MICC, sendo atualmente constituído por um grupo de pessoas que busca a conscientização e a valorização da terra e de quem nela trabalha, praticando o comércio justo, unindo a zona rural e a zona urbana, evitando o êxodo rural, promovendo a troca de experiências e o aprimoramento sobre alimentação orgânica, uso consciente da água e a circulação dos produtos alimentícios da agricultura familiar. Na execução de seus objetivos o MICC respeita os valores éticos e sociais da pessoa humana. E não faz nenhuma distinção de cor, etnia, religião, gênero, preferências sexuais, condição social, convicção política ou ideológica.
O MICC procura trabalhar com pequenos produtores rurais, organizados em associações e/ou cooperativas, e estimula a agricultura familiar. Viabilizando o consumo de aproximadamente 15 toneladas de produtos, mensalmente, fornecidas por 32 produtores, sendo 20 produtores no assentamento em Iperó e 12 famílias produtoras em Ibiúna , através dos três módulos (feirinha, fornecimento de kits e loja). Os produtos oferecidos são de época, respeitando as condições dos produtores. Todos que trabalham neste processo são voluntários e trabalham na busca de um comércio mais justo e solidário. Os 28 (vinte e oito) grupos de kits, que recebem esses produtos na cidade são grupos de consumidores em comunidades, casas, condomínios, unidades de saúde, empresas privadas e públicas. Estes grupos são formados, principalmente, após os cursos de alimentação natural que são oferecidos pelo MICC. Na distribuição, 18 (dezoito) dos grupos são abastecidos com produtos de Ibiúna e 10 grupos com produtos de Iperó. No total, os kits são distribuídos a cerca de 2.220 famílias por mês.
CAPÍTULO II – PLANO ESTRATÉGICO PARA AMPLIAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO NO MICC E SEUS RESULTADOS
2.1. ELEMENTOS PARA OPTAR POR UM PLANO ESTRATÉGICO PARA AMPLIAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO
Na Oficina de Comercialização para representantes da Rede Nacional de Grupos de Consumo Responsável organizada pelo Instituto Kairós, no Rio de Janeiro, em abril/2014, o MICC esteve representado pelo Sr Jose Santana e o Sr. Macedo. Além dos conteúdos técnicos, a oficina tinha o objetivo de fomentar a articulação dos grupos de consumo responsável e construir ações conjuntas para práticas de comercialização e consumo responsável, além da troca de conhecimentos e experiências. Participando das atividades e debates e posteriormente compartilhando esses acúmulos com os demais membros do grupo, o MICC refletiu sobre ações nas quais poderia focar e aumentar as vendas pareceu ser o caminho. No entanto, antes de pensar em aumentar as vendas, verificou-se que ações anteriores seriam necessárias como:
• Melhorar a logística na distribuição dos alimentos, o que
...