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SATISFAÇÃO COM O TRABALHO: PERCEPÇÃO DE FUNCIONÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA

Por:   •  18/10/2017  •  4.752 Palavras (20 Páginas)  •  277 Visualizações

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Atribuído a essas cobranças, as organizações públicas tem demonstrado uma maior preocupação com a motivação e o nível de satisfação de seus servidores, e como consequência, tem buscado mecanismos que possam estimular e promover a motivação no setor de trabalho. Entretanto, a burocracia dos órgãos públicos restringe o servidor a prestar determinados tipos de serviços, gerando um fator desmotivador.

Contudo, o nível de satisfação dos trabalhadores no setor público, pode estar relacionado a diversos fatores, entre eles: um salário adequado de acordo com suas atribuições, planos de carreira, cursos de capacitação, bom ambiente de trabalho, infraestrutura dentre outros. Funcionários motivados tendem a serem mais produtivos, logo prestam um serviço de melhor qualidade. Porém, como manter o funcionalismo público motivado para o trabalho? Que circunstâncias levam a essa motivação?

Percebe-se assim, a existência de uma situação que requer atitudes e medidas gerenciais que sejam capazes de reduzir a insatisfação, e com isso, recompor as atitudes dos funcionários na direção de um melhor desempenho de suas funções. Para isso, é preciso que se tenha um embasamento em informações que indiquem o grau de satisfação ou insatisfação dos mesmos no que se refere à ocorrências e situações que os afetam no dia-a-dia das suas atividades profissionais.

Visando oferecer uma parcela de contribuição no conhecimento da satisfação ou insatisfação de funcionários públicos estaduais e para utilização prática desse conhecimento como subsídio para ações no sentido de melhoria na gestão de pessoas no setor público, efetuou-se a presente pesquisa em uma organização pública do Estado de Minas Gerais, a Administração Fazendária, localizada no município de Lavras, procurando detalhar quais são os fatores que promovem a motivação pelo trabalho e quais pontos podem ser modificados com o intuito de gerar melhorias no ambiente de trabalho para elevar o grau de satisfação dos servidores.

2. Fundamentação Teórica

2.1 Início dos estudos sobre a satisfação no trabalho

O comportamento humano é determinado por causas que, às vezes, escapam ao próprio entendimento e controle da pessoa. Isso ocorre pelo fato do comportamento sofrer grande influência de uma série de fatores, tais como: classe social, família, amigos, experiências, valores, crenças, atitudes, emoções, instituições, competências. Porém, ele pode ser parcialmente compreendido através dos estudos do Comportamento Organizacional.

Para Robbins (1999), o Comportamento Organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional.

Com a revolução industrial, as atividades passaram a envolver mais pessoas e um volume maior de recursos. As condições de trabalho começaram a melhorar e saber lidar com as pessoas, individualmente ou em grupo, passou a ser um dos maiores desafios dos empregadores, afim de, atingir o maior rendimento dentro do máximo de satisfação e do mínimo de desgaste.

Por volta dos anos de 1800, Robert Owen, um rico industrial inglês, foi um dos primeiros a enfatizar as necessidades humanas dos empregados. Ele empenhou-se junto aos poderes públicos para melhorar as condições de trabalho reduzindo a jornada e regulamentando o trabalho de menores.

Cientificamente, o interesse pelas pessoas no ambiente de trabalho foi tratado por Frederick Winslow Taylor, nos Estados Unidos no início do ano 1900. Seu trabalho desbravou o caminho para o desenvolvimento posterior do comportamento organizacional. Entre os anos de 1927 e 1932, Elton Mayo e seus colaboradores, a partir de experiências na companhia Western Electric, situada em Chicago, mostraram que o trabalhador não é uma simples ferramenta, mas uma personalidade complexa interagindo numa situação grupal que frequentemente é difícil de compreender. Mayo enxergou nos problemas humanos um novo e amplo campo de estudo e oportunidade para o progresso das organizações.

Os pesquisadores de comportamento organizacional atribuem uma grande importância à satisfação no trabalho. “A satisfação no trabalho é um conjunto de sentimentos favoráveis ou desfavoráveis com os quais os empregados veem seu trabalho.” (Davis; Newstrom, 1992, p.122).

Somente nos anos de 1970 e 1980 que o conceito de atitude dominou o pensamento dos estudiosos e a satisfação passou a ser concebida como uma atitude. Desta forma, pode haver um impacto com fatores sociais e organizacionais, onde a satisfação seria sensível às políticas e práticas gerenciais, principalmente com as empresas que são comprometidas com seus funcionários.

2.2 Motivação no trabalho

Observa-se a importância da motivação nos funcionários para a realização de tarefas de modo a alcançar um resultado satisfatório, tanto para eles, quanto para a organização. O maior desafio, porém, é fazer a interação dos dois, sem que haja prejuízo e ambas tenham seus desejos alcançados. Assim sendo, o funcionário precisa de motivos para o desempenho de suas tarefas e a empresa necessita de razão para investir no funcionário. Como forma de proporcionar essa relação, Frota (1983, p.34) propõe que o gestor deve reduzir o giro de pessoal, elevando a taxa de produtividade e a fidelidade organizacional.

Apesar de a motivação ser um elo entre o indivíduo e a produtividade à organização, se o indivíduo se sente motivado em nível de subsistência, este se volta para o interesse dele próprio, significando um comportamento pré-estabelecido de determinados grupos. Daí torna-se necessário o envolvimento de todos com valores, atitudes e objetivos identificados, compreendidos e estimulados em prol principalmente da empresa.

Frota (1983, p.42) acrescenta que para McGregor a teoria da motivação se estabeleceu através da esperança contínua e da satisfação parcial. Desta forma, a organização deve incentivar seus funcionários a encontrarem a satisfação em si próprios.

Para Maximiano (2005, p.256) no campo da administração, pessoas motivadas significa alguém que demonstra alto grau de disposição para realizar tarefa ou atividade de qualquer natureza. Isso envolve vários aspectos que vai além da motivação, se preocupa com tudo que direta ou indiretamente está relacionado com o indivíduo.

Tanto para Coradi quanto para Pereira a

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