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Resenha do Texto A via Sustentável

Por:   •  17/6/2018  •  1.317 Palavras (6 Páginas)  •  275 Visualizações

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em nosso entendimento o da combinação de lógicas diversas de economia, e o da construção conjunta da oferta e da demanda, daí surge duas problemáticas. A primeira se refere a escassez que caracteriza a realidade e meio ambiente econômico, a segunda em relação a natureza humana cujo comportamento reduz-se a uma questão de escolha racional, como se o próprio da ação e conduta humana fosse proceder sempre a um “cálculo utilitário de consequências” expressão de Guerreiro Ramos. Na questão de combinação de lógicas de economia Polanyi (1983) chama de diferentes princípios do comportamento econômico: o mercado autorregulado, a redistribuição, a reciprocidade e a domesticidade. Esses princípios passivos de se reduzirem a três formas de economia, assim economia entendida como toda forma de produzir e distribuir riquezas admite: uma economia mercantil fundada no princípio do mercado autorregulado, uma economia não mercantil fundada no princípio da redistribuição, uma economia não monetária fundada no princípio da reciprocidade Assim busca-se um equilíbrio entre essas três lógicas. Nota se que a economia solidária é uma economia de pluralidades. Ainda nesse ponto, é possível perceber três singularidades sobre essa economia, a primeira diz respeito à possibilidade de pensar as práticas de economia solidária como uma projeção no nível micro ou meso-social desse conceito macrossocial de economia plural; A segunda concerne à possibilidade de enxergar a economia solidária como uma articulação inédita dessas três formas de economia, inventando, assim, um outro modo de instituir o ato econômico; A terceira singularidade remete à possibilidade de pensar as práticas de economia solidária como modos de gestão de diferentes lógicas em tensão nas dinâmicas organizativas.

No sentido da construção conjunta da oferta e da demanda a criação das atividades ou a oferta de serviços são construídas em função de demandas reais, expressas pelos moradores em seu local. Tal economia estimula, então, no território, um circuito integrado de relações socioeconômicas que envolvem produtores e/ou prestadores de serviço em articulação com consumidores e/ou usuários de serviços, numa lógica de rede de economia solidária que também permite ultrapassar quatro tipos de reducionismos, são: - A irredutibilidade da ideia de organização à de empresa mercantil: é a tendência a identificar a ideia de organização produtiva como sinônimo necessário de empreendimento lucrativo e fins utilitários. -A irredutibilidade da ideia de economia à de troca mercantil: é aquele que identifica a ideia de economia exclusivamente com a lógica utilitarista da economia de mercado ou da troca mercantil. -A irredutibilidade da ideia de política à de Estado: separar a política da sociedade, ou seja, das práticas cotidianas dos cidadãos em seus respectivos territórios, como se o lócus fundamental para tal fim fosse, exclusivamente, as estruturas de Estado. -A irredutibilidade da ação humana à de ação interessada: homem, passível de incertezas, podendo ver tanto o lado utilitarista de economia como da economia solidária.

O autor diz que não é fácil inserir essa nova concepção para a resolução do problema do trabalho e que perpassara por muitos desafios. O êxito nesse processo abarca apoio de vários setores da organização societária, implantação de rede local solidária (parte operacional),diagnóstico sobre a situação sócio-econômica do território. Para o autor são necessários o menos quatro processos fundamentais para concretização da via sustentável-solidária de desenvolvimento local: dinâmica: a) a mobilização e formação; b) a pesquisa; c) o planejamento; e, d) a própria montagem dos empreendimentos e implantação da rede. Porém tais processos envolvem alguns desafios não haver uma legislação apropriada à realidade da economia solidária, necessidade de elaboração e desenvolvimento de ferramentas apropriadas à gestão, tanto das iniciativas em particular, quanto das redes locais; formação e capacitação das pessoas envolvidas em iniciativas de economia solidária; lógicas de hibridação de princípios econômicos distintos; mudança de mentalidade necessária em relação ao paradigma econômico convencional.

Para o autor a economia solidária pode coexistir com outras economias, é cooperativa, e ajuda na relação de sociabilidade entre os territórios.

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