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Resenha Critica O Príncipe

Por:   •  28/6/2018  •  2.619 Palavras (11 Páginas)  •  247 Visualizações

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Ele fala que quem se torna soberano de uma cidade livre e não a destrói poderá ser aniquilado por ela,pois sempre vai haver motivo para revoltas populares, em nome da liberdade tomada e as antigas tradições que nem mesmo o tempo apaga da vida das pessoas. Por isso ele diz que ou se respeita os costumes do povo ou os destrói porque se não agir com uma dessas duas formas vai acabar gerando revoltas. O príncipe deve ainda tentar enganar o povo e parecer ser bondoso caso não consiga demonstrar isso deve aniquilar os mesmos para que não haja revoltas e ele mantenha sua soberania sobre todos, pois apesar de tudo o príncipe precisa ter a admiração do povo pois mesmo eles sendo menos favorecidos são a maioria.

Maquiavel cita ainda que os homens agem espelhados nos seus antecessores e copiam deles as atitudes que obtiveram sucesso e rejeitam as que fracassaram, pois mesmo que não obtenham cem por cento de êxito de alguma forma tirarão algum aproveitamento. Nicolau demonstra o pensamento de que o soberano que muda a ordem das coisas costuma encontrar obstáculos, pois mexe com aqueles que eram beneficiados pela antiga ordem. Um fator determinante para o sucesso de quem quer tomar o poder seria a capacidade de impor-se pela sua própria força e sem a necessidade de pedir ajuda de outros. Pois caso encontre dificuldades consegue restaurar a ordem através da força.

O livro mostra que aqueles que por muita fortuna ou influencia dos outros se tornam príncipe obtém o cargo com pouco esforço mas raramente obterão êxito e conseguirão realizar e manter um bom governo. Porem se o príncipe que conseguiu o reino por sorte, mas possui virtude, conseguirá edificar o império. O príncipe é virtuoso quando age conforme a necessidade e consegue transformar a sorte em oportunidades.

Maquiavel apresenta duas formas de se chegar ao poder, através do crime ou pelo apoio do povo, ele cita em seu livro dois exemplos de figuras que chegaram ao poder através da crueldade são eles Agátoles que usou de crueldade para chegar ao trono mas se tornou admirado e amado pelo povo e Oliverotto de Fermo que continuou com suas maldades após subir ao trono, e acabou sendo morto por outro soberano. Com esses exemplos ele demonstra que a maldade bem praticada é feita de uma vez só porque depois de feita é esquecida pelo povo, já a maldade mal praticada é feita aos poucos e o soberano se torna odiado pelo povo. Já a bondade deve ser praticada aos poucos para que o povo se lembre.

Outro ponto citado é o governo civil aonde o príncipe chega ao poder através do povo, o soberano que chega ao poder através do apoio popular dificilmente será derrubado, pois em meio a dificuldade a população vai esta com ele sendo por isso importantíssimo manter a simpatia do povo.

Maquiavel comenta que se pode avaliar o poder de um estado através de dois exemplos, onde em caso de ataque um estado forte tem um exercito preparado e consegue confrontar, quem venha atacá-lo, já um estado que não pode se defender do inimigo a campo aberto deve se manter atrás de suas muralhas e tentar se defender, o povo tem um enorme significado na força de um estado pois se a população estiver do lado do príncipe mesmo que seja invadido o ocupante não se dará bem pois o povo se manifestara contra ele.

Ele cita ainda a existência dos estados eclesiásticos que são adquiridos pela virtude ou pela fortuna porem conseguem sobreviver sem uma ou outra, pois são fortalecidos através da religião e se tornam tão fortes que ao chegar um dominador o povo se mantém unido para que ele não obtenha sucesso.

Na metade do livro Maquiavel passa a falar sobre milícias e da importância de um exercito nacional, para ele o alicerce que mantém um soberano no poder são as leis e os exércitos, ainda comenta que existem alguns tipos de milícia que são as próprias,mercenárias, as mistas e as auxiliares. Ele ainda fala que as mercenárias e auxiliares são perigosas, pois os soldados mercenários só pensam em fins financeiros e não são capazes de morrer pelo príncipe, o servem em tempos de paz em tempos de guerra o abandonam, pois seu único interesse e o dinheiro porem não são suficientes para arriscarem a vida, comenta ainda que o mais adequado é usar exércitos próprios pois garantirão ao soberano fidelidade, Maquiavel ainda fala que assim como as mercenárias as tropas auxiliares também não são confiáveis, pois quando se utiliza dela se perdem, saem acabados se ganham viram seus prisioneiros. As tropas mistas são mais úteis que as outras duas porem o ideal são as tropas nacionais que são compostas por pessoas fieis ao soberano, pois um príncipe precisa se manter seguro através do seu próprio exercito para que não dependa somente da sorte e possa manter a ordem. Um príncipe deve sempre está com seu pensamento voltado para guerra, pois é através dela que se ganha ou mantém o poder de um soberano, mesmo em tempos de paz um príncipe nunca deve descansar e sempre deve preparar seu exercito para o pior, os soldados precisam manter a ordem e o preparo físico, ele sugere que realizem caças para que se habituem com diferentes regiões, com a manutenção do seu exercito o príncipe esta trabalhando para a segurança do seu estado.

Na terceira parte do livro Maquiavel passa a falar sobre as características de um príncipe, dentre elas estão ser liberal, miserável, cruel, piedoso, humano, soberbo, simples, astuto, duro, fácil, entre outras mas o que ele aqui quer mostrar é que mesmo não possuindo todas as características um príncipe deve aparentá-las no momento adequado para que possa manter a ordem. Ou seja, de acordo com o momento o príncipe precisara usar da bondade ou crueldade. Nicolau ainda fala que um príncipe deve usar a liberalidade com cautela pois se gastar demais acabara gastando seus recursos e terá que aumentar os impostos sobre os seus súditos, sendo odiado pelo seu povo, caso não seja liberal pode ser visto como miserável, mas para Maquiavel é preferível ser visto como miserável do que ser odiado por ter abusado do conceito de liberal. Ele fala que um príncipe deve preferir ser visto como benevolente a ser dito como cruel, o ideal é que um soberano seja amado e temido pelo povo mas como nem sempre isso é possível, se não forem amados precisam ser temidos, mas não deve ultrapassar o limite de ser temido para se tornar odiado.

O livro relata que haverá momentos que o governante precisa saber agir como homem e como animal, agir como homem significa seguir as leis, cumprir sua palavra, agir como animal que ele sugere a raposa e o leão, o segundo representa agir com uso da força física para manter a ordem, já a raposa representa agir com esperteza, para atingir os objetivos mesmo

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