Resenha do filme: Patch Adams: o amor é contagioso

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também o modo de falar com o paciente, deve ser de forma respeitosa e sem julgamentos. Nos componentes de Propedêutica, foi evidenciado o aspecto de que a relação entre médico e paciente deve ser algo profissional, mas com a máxima de que o profissional deve receber o paciente com um olhar humano e solidário.

Sob esses aspectos é importante salientar e aplicar o conceito de empatia, em que o profissional tem a capacidade psicológica de se colocar no lugar no outro, e assim, tem a capacidade de compreender todo o seu sofrimento e angústia. A partir desse momento, em que uma relação horizontal é estabelecida, vínculos são criados e uma relação de confiança proporciona um diálogo em que o paciente pode expor, sem medo e sem esconder algo, tudo o que lhe incomoda. Ao explanar o que sente, o médico deve ter uma postura profissional, com olhares atentos, uma escuta ativa e principalmente se sensibilizar com os dizeres. Através dessas e outras condutas, pode-se estabelecer o melhor tratamento para sanar ou minimizar a enfermidade.

Uma situação que é ilegal e que sim, cabia uma punição (e que foi a julgamento) acerca das atitudes de Patch Adams, foi a criação da clínica em um sítio afastado. É uma situação que feriu a ordem médica, uma vez que Adams e seus amigos não possuíam licença para atuar como médicos, realizando condutas específicas à classe médica como a medicalização. O que seria aceitável era a continuidade das ações nos hospitais, que levavam alegria aos pacientes e tinha alta resolutividade no tratamento do paciente.

Atualmente nas escolas tradicionais de medicina vemos uma formação acadêmica pautada na centralização do médico no ambiente salutar do Brasil. Vemos uma formação hospitalocêntrica e medicamentosa, em que o paciente não é visto como um todo e a patologia é tratada unicamente, ou seja, sem levar em consideração fatores extrínsecos. A formação proporcionada pela UFSB visa descontruir toda essa lógica de formação tradicional, os componentes ofertados nos proporcionam o aprendizado mais humanizado e respeitoso com relação ao paciente. Nos componentes de Propedêutica, sempre nos foi orientado a importância do poder de escuta do profissional, escuta essa que deve ser atenta e respeitosa. Ademais, no componente de Práticas em Saúde, em que os estudantes têm a oportunidade de estarem em campo, nas Unidades de Saúde, estes puderam ver o atendimento de médicos e enfermeiros, em experiência pessoal, em um dos atendimentos, ficou evidente que a enfermeira estava analisando o sujeito em toda sua complexidade,

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como um ator integrante de uma rede, e que tem histórias e um contexto que podem interferir em seu estado de saúde.

Assim, fica evidente a necessidade de aplicação de amor em nossos valores, mas é algo difícil de se ensinar. Para tanto, o mínimo é aplicação de conceitos como humanização e empatia na formação de futuros profissionais da área de saúde. Para tanto, deve ser ensinado que a relação entre médico e paciente deve ser algo, claro, profissional, mas que o profissional não deve esquecer de analisar o paciente com um olhar humano e solidário. É evidente que ao entrar em um consultório o paciente está buscando ajuda para a solução de algum problema, neste caso, precisa ser acolhido e ouvido. A relação entre estes opostos é algo que envolve confiança e responsabilidade, e deve ser uma relação amistosa e empática, não sendo assim, uma relação hierarquizada.