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O Conceito de Comportamento Organizacional

Por:   •  6/8/2018  •  6.408 Palavras (26 Páginas)  •  437 Visualizações

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O planejamento e controle das tarefas seriam de responsabilidade da elite pensante e a execução seria de responsabilidade dos trabalhadores comuns. É o início da teoria da administração científica, segundo a qual são implantados os conceitos de se produzir em escala, através da racionalização de tarefas, tempos e métodos.

Taylor escreve em seu primeiro livro, Princípios de administração científica, que “Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço de modo que a produção seja cumprida” e escreve também que “Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a administração e os trabalhadores para garantir a continuidade da produção”. Era a chamada abordagem tecnicista e mecanicista.

- Abordagem Clássica: Abordagem segundo Fayol

Henri Fayol (1841-1925), um dos mais representativos teóricos da administração clássica, reconhecia cinco funções básicas no processo administrativo: planejamento, organização, direção, coordenação e controle.

Baseando-se nessas funções estabeleceu, também, alguns princípios que deveriam orientar a administração, tais como:

Hierarquia (o poder caminha do topo para a base)

Divisão de trabalho (para se obter eficiência)

Autoridade e responsabilidade (um superior tem o direito de dar ordens e exigir obediência)

Unicidade de comando (um subordinado deve responder a um único chefe)

Amplitude de controle (número adequado de subordinados, para evitar problemas de comunicação e coordenação).

Além desses conceitos, os teóricos da administração clássica enfatizavam:

A disciplina (obediência, atitudes de respeito)

A valorização dos interesses gerais e não os individuais

A remuneração adequada e justa (tanto para o empregado como para o empregador)

O espírito de equipe (sentimentos positivos, coesão)

Embora considerassem a importância dos aspectos humanos, valorizavam-se muito mais a estrutura formal da organização e sua orientação autoritária deixa a impressão de que os empregados eram apenas extensões das máquinas e equipamentos.

- A Administração Científica sob a Ótica de Frederick Taylor

Os conceitos da Administração Científica lançados em 1911, por Frederick W. Taylor, (1856-1915), visavam fundamentalmente a estrutura e a medição do próprio trabalho. O autor defendia alguns princípios básicos, que podem ser condensados da seguinte forma:

1. Planejar, organizar e controlar o trabalho deve ser responsabilidade da Gerência e nunca dos operários.

2. Desenvolver a melhor forma de se executar cada tarefa. Planejar e especificar com precisão a maneira como o trabalho deverá ser executado.

3. Escolher o melhor indivíduo para executar a tarefa.

4. Capacitar o indivíduo para que o trabalho seja executado correta e eficientemente. Recompensar os trabalhadores (aumento da remuneração) que seguirem todos os procedimentos.

5. Fiscalizar o trabalho, certificando-se que todos os procedimentos são cumpridos e os resultados são atingidos.

Na aplicação desses princípios Taylor, em 1911, defendeu o uso de métodos científicos, como o estudo de tempos e movimentos para padronizar as tarefas. E, conseguiu, dessa maneira, um aumento significativo na produtividade. Segundo (DRUCKER P. , 1999),

“...a mais importante e, na verdade, a única contribuição da administração no século XX foi o aumento, em 50 vezes, da produtividade do trabalhador manual em fabricação”.

Em contrapartida, conforme relata, Taylor era visto como o vilão que criou a administração científica, porque seus métodos e sua obsessão pelo controle tinham um efeito desumanizante e, da mesma forma que a administração clássica, o homem não tinha suas individualidades nem suas necessidades respeitadas.

Não se podem negar os ganhos oferecidos pela administração científica durante a quase totalidade do século XX, porém, (DRUCKER P. , 1999) adverte que se vive num período de transição tão profunda quanto à revolução industrial, a Grande Depressão de 1929 e a II Guerra Mundial. Se não se evoluir na forma de gerenciar os trabalhadores, pode-se colocar em risco a sobrevivência de uma empresa.

- As Teorias das Relações Humanas: Estudos de Mayo

Elton Mayo (1880 – 1949), no inicio da década de 1920, foca seus estudos numa visão mais humanista das organizações e, numa experiência que se tornou um marco nestas relações, conhecida como Caso Hawthorne, cria, literalmente, a escola das relações humanas. O indivíduo passa a ser considerado como ser humano ou ser social, com objetivos e inserção próprios.

A Escola de Relações Humanas representada, basicamente, por sociólogos, psicólogos sociais e comportamentais surgiu, entre os anos 1920 e 1950, com uma postura contrária ao pensamento formal e mecanicista das administrações clássica e científica. Embora não tenha confrontado, diretamente, nenhuma das teorias, criticava duramente os administradores e estudiosos que desconsideravam o fator humano no ambiente de trabalho. Os teóricos das Relações Humanas observavam que os trabalhadores possuíam necessidades pessoais e sociais, que jamais poderiam ser padronizadas.

Um dos grandes argumentos era que as relações interpessoais no ambiente de trabalho cresciam em importância, à medida que o próprio trabalho se tornava mecânico, metódico, insignificante e controlado. Se os relacionamentos com o grupo ou com os superiores fossem agradáveis, possibilitavam melhor desempenho, produtividade e qualidade do trabalho. Além disso, perceberam que os trabalhadores ansiavam por atividades que lhes permitissem utilizar seus talentos e suas habilidades, obtendo assim satisfação pessoal e reconhecimento social. Argumentava-se que os gerentes, para serem totalmente eficazes, deveriam ir além do oferecimento de remuneração e tratamentos justos, mas precisavam fazer com que os membros da organização

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