O Artigo do Mário Aquino Alves

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Após uma longa discussão sobre os conceitos e as suas origens, o autor chega num ponto de fundamental importância que é: “Por que Terceiro Setor”? Um termo que vem do conjunto das ideias da economia clássica no qual a sociedade é dividida em três setores. Sendo o Primeiro, de natureza pública com a finalidade pública; o segundo de natureza privada com a finalidade de obtenção de lucro; e o terceiro de natureza privada com a finalidade pública. O Aquino aborda algumas características estruturais/operacionais para instituições de Terceiro Setor: Formalização; natureza Privada; não distribuição de lucros; auto-gestão; participação voluntária. Há um determinada flexibilização para inclusão/exclusão de organizações já que o setor em questão varia muito conforme a conjuntura nacional.

O autor do artigo utiliza uma metáfora como uma definição alternativa sobre o Terceiro Setor. Príncipe, que usa de autoridade legítima; Mercador, que representa seus interesses individuais; Cidadão, que atinge seus objetivos por meio de valores normativos partilhados.

O artigo do Mário Aquino tem uma carência de exemplificações. Temos diversos termos que são explicados de forma genial e muito bem apresentados. Entretanto, é mister que haja um exemplo prático do assunto abordado a fim de proporcionar um entendimento mais rápido e amplo. O conceito de responsabilidade social que hoje em dia é extremamente difundido, foi pouco abordado. Muitas empresas têm campanhas de incentivo à leitura, à cultura e tantas outras coisas com o intuito de “mascarar” a “irresponsabilidade social”.

Outro ponto não bem abordado é em relação ao que se considera ONG. Apenas países subdesenvolvidos em questões de desenvolvimento e lutas e militância, tem as suas organizações consideradas ONG’s. O motivo pelo qual isso ocorre não é desenvolvido e o pensamento do escritor que foi usado por Aquino não deixa isso claro.

Entende-se como ponto central do texto a causa do Terceiro Setor. Como exemplo, temos o grupo Nós do Morro. Fundado em 1986, com objetivo de proporcionar o acesso à arte e à cultura para crianças, jovens e adultos do Morro do Vidigal. Esse projeto se mantém até hoje e tem um papel muito importante na luta contra a criminalidade já que proporciona oportunidades àqueles que não têm.