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O Acolhimento de bebês em abrigo - Educar e cuidar de bebês

Por:   •  7/12/2018  •  1.352 Palavras (6 Páginas)  •  282 Visualizações

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Os bebês serão tratados por diferentes educadores, devido a troca de plantões. Por esse motivo é fundamental uma boa comunicação entre eles, afinando o discurso, elaborando um plano pré-estabelecido, com a mesma rotina. Tais procedimentos, deverão ser unificados através do PIA (Plano Individual de atendimento), o que nos permite observar a importância de seguir esse padrão para formação do bebê e correto desenvolvimento nessa fase. Sendo que esses educadores devem estar dispostos a seguir uma forma unânime, independentemente das diferentes relações que o bebê criará com cada pessoa.

É necessário que os educadores das instituições de acolhimento troquem informações sobre os diferentes turnos para que assim possam manter a mesma maneira de cuidado com a criança. Cada criança precisa ter um educador-referência, esse será o responsável pelos cuidados daquela determinada criança. A escolha desse cuidador deve levar em consideração o consenso coletivo além de analisar como o bebe responde aos cuidados do educador.

É importante ressaltar que mesmo o educador estabelecendo um vínculo afetivo com a criança, esta relação foi criada a partir de seu trabalho diferente dos pais. Essa diferença se torna necessária pois é o educador quem trará suporte a criança acolhida.

Portanto, a maneira como a criança é acolhida pelos educadores pode ajudar com que esta não tenha seu desenvolvimento comprometido.

A instituição de acolhimento precisa se organizar para eleger um educador-referência para cada bebê. Sabemos que essa organização pode ser atravessada pelas demandas da instituição, mas precisamos reforçar a necessidade de um educador que se responsabilize pelo cuidado e desenvolvimento do bebê a ele destinado. Deve ser estabelecido um educador-referência para cada bebê onde envolverá um olhar cuidadoso sobre as relações que se estabelecem no dia a dia da instituição. Isso faz com que o abrigo passe a ser um espaço socializador e um ambiente facilitador de aprendizagem, no qual a criança vive experiências significativas para o desenvolvimento de suas potencialidades.

Mesmo o abrigo não tendo a função de substituir a família sanguínea da criança, ele proporciona às crianças o direito de convivência familiar, pois é lá que se tomam providências para que a criança retorne para sua família ou conheça uma família nova, e também convivência comunitária conforme trata o Estatuto da Criança e Adolescente (1990), que prevê o fim do isolamento, presente na institucionalização em décadas anteriores. Os abrigos não diferem de instituições de educação infantil já que atendem às crianças de acordo com a legislação brasileira, na perspectiva dos direitos sociais das crianças, ou seja, reconhecendo a criança como um ser social e de direitos, educando-as para a convivência em sociedade e para exercício da cidadania, promovendo o seu desenvolvimento integral.

Proteger as crianças e adolescentes, cujos direitos estejam ameaçados, de forma que os mesmos possam desfrutar do direito de viver junto da sua família e da comunidade é um grande desafio sendo que em muitos casos o educador “escolhe” o bebê, por empatia ou porque a criança se assemelha com um ente querido, ou por outra razão, porém, este também pode fazer essa “escolha”. Percebe-se que tal situação quando um bebê se acalma melhor no colo de determinado educador, ou quando outro responde melhor aos cuidados deste; enfim, é preciso estar atento às respostas de cada bebê em relação aos cuidados que lhe são dirigidos.

A definição do educador de referência não pode ser só uma escolha pessoal, precisa ser estar em consensualidade com o coletivo. Tal procedimento possibilita que seja criada uma cumplicidade no grupo e ajuda a dissipar uma possível rivalidade entre os educadores.

Sendo assim, as instituições de acolhimento possuem e desempenham papel fundamental para possibilitar a continuidade do desenvolvimento de crianças “separadas” de suas famílias de origem. Os educadores, a partir dos estímulos e investimentos afetivos poderão minimizar os efeitos dessa condição e inscrever essas crianças em outra perspectiva, pois não necessariamente a ruptura com as figuras de ligação comprometerá o desenvolvimento ou instalará marcas intransponíveis ao longo da vida.

REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICA

MONTAGNA, Flávia. Educar e Cuidar de Bebês.In: NOGUEIRA, F. (Org.). Entre o singular e o coletivo: o acolhimento de bebês em abrigo. São Paulo: Instituto Fazendo História, 2011.93-103

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