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Motivação e clima organizacional

Por:   •  18/4/2018  •  2.313 Palavras (10 Páginas)  •  238 Visualizações

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É tarefa dos gestores e líderes se atentar para todos esses pressupostos, mantendo constante vigilância e buscando a construção de um ambiente saudável, de modo que suas organizações sejam capazes de alcançar seus objetivos, tanto no campo administrativo, quanto no social. Conhecendo as expectativas de seus funcionários e suas percepções, a forma como as relações e trocas internas se dão no ambiente de trabalho é conhecida. E o simples fato dos gestores estarem preocupados com essas questões já melhora a relação de confiança entre eles e seus colaboradores (CHIAVENATO, 1987).

É inegável, portanto, a relação entre a cultura organizacional e o próprio conceito de clima organizacional, e como um incide sobre o outro, complementando-o. Justifica-se, portanto, a necessidade de conhecer os elementos culturais que compõem uma organização e como eles atuam sobre o clima.

Conforme Oliveira (2008), existem variáveis que influenciam no clima organizacional de uma empresa ou instituição, uma vez que as variáveis de entrada influenciam as variáveis dependentes e estas conduzem aos resultados. Assim, quanto mais positiva for a influência das variáveis de entrada, maior a produtividade, a eficiência e os níveis de satisfação.

Dentre as variáveis que podem ser utilizadas em um estudo de clima organizacional, segundo Bergamini (1997), estão:

- A percepção e a atitude em relação ao trabalho, ao horário, à suficiência de pessoal, etc;

- A integração entre a equipe de trabalho;

- O modelo de gerência adotado;

- A possibilidade de desenvolvimento profissional;

- A remuneração;

- A imagem da instituição junto à população;

- O processo de tomada de decisões;

- O grau de satisfação;

- As condições de trabalho;

- E a busca de resultados.

O importante, neste processo, é definir as variáveis de entrada e as que delas dependem, a fim de melhor compreender como cada uma delas influencia no processo de constituição do clima organizacional. O modelo de gerência adotado, por exemplo, influencia diretamente as condições de trabalho, o grau de satisfação, a busca por resultados, a possibilidade de desenvolvimento profissional, o processo de tomada de decisões, o horário e outras questões, sendo uma variável de entrada por natureza.

As variáveis auxiliam principalmente no desenvolvimento de uma Pesquisa de Clima, ferramenta crucial para percepção sobre o ambiente e avaliação de formas de intervenção. Para Ricardo (2003), uma Pesquisa de Clima deve permitir conhecer os entraves para o melhor funcionamento da instituição, possibilitando obter diversos ganhos, dentre os quais: crescimento e desenvolvimento dos colaboradores, melhorias na comunicação, redução da burocracia, identificar cedo a necessidade de capacitação, aumentar a produtividade e reduzir a rotatividade.

A motivação é uma das variáveis mais abordadas no ambiente organizacional, sendo que, a partir das últimas três décadas, a relevância desse tema ganhou ainda mais força. Entender a motivação humana é um grande desafio para os administradores, pois saber os fatores que motivam cada ser humano não é tarefa relativamente fácil, sabendo da complexidade e das diferenças que possuem cada individuo. Nesse sentido, o estudo da motivação é fundamental para o entendimento dos mecanismos que movimentam as pessoas, o que as fazem agir em prol do alcance de algum objetivo, o que afeta, por sua vez, o clima das organizações.

A palavra motivação pode ser vista de várias formas e perspectivas diferentes. Robbins (2000, p. 342) diz que “[...] motivação é a disposição de exercer um nível elevado e permanente de esforço em favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual.”

No campo da administração, pessoa motivada significa alguém que demonstre alto grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza.

“Motivação num ambiente de trabalho é o processo pelo qual o comportamento é mobilizado e sustentado no interesse da realização das metas organizacionais” (DUBRIN, 2003, p. 110). Segundo Bergamini e Coda (1997, p. 24): “Motivação é definida como uma inclinação para a ação que tem origem em um motivo (necessidade)”.

A motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e não daquelas coisas que satisfazem essa necessidade. Essa visão dos autores permite entender que fatores como água, comida salário, entre outros, são fatores que satisfazem as necessidades e, não sendo elas necessidades, não podem ser consideradas como motivadores.

De acordo com a visão de Maximiano (1997, p. 204):

O comportamento é sempre motivado por alguma coisa interna ao próprio individuo (motivos internos) ou alguma coisa externa, do ambiente (motivos externos). Motivação neste modelo é sinônimo de causação, termo usado para indicar a relação de causa e efeito no comportamento das pessoas. Motivação não significa entusiasmo ou disposição elevada; significa apenas que todo comportamento sempre tem uma causa.

O estímulo é uma parte essencial da gestão de pessoas, uma vez que os funcionários devem se sentir inclinados a atuarem ativamente, a serem proativos e se envolverem com as questões da empresa. Cerqueira (1994), preocupado com essa questão, sugere duas maneiras de envolver os trabalhadores: a reativa negativa e a reativa positiva.

A reativa negativa consiste na concordância de uma pessoa ao estímulo de outra. Isso significa que uma ordem é assentida apenas pelo medo da repreensão ou da perda do emprego; no fundo, o empregado não comprou a ideia, e dela não compactua. O ideal, portanto, é que haja a outra forma, conhecida como “reativa positiva”. Nela, a concordância com as ordens recebidas se dá de forma integral, internalizada, de modo que o funcionário se torna predisposto a executar com todo o seu potencial a tarefa que lhe foi atribuída, tornando-se plenamente comprometido. Em meio a essas duas formas, existe, também, um estágio intermediário, em que há variação entre a execução positiva e a negativa (CERQUEIRA, 1994).

Obviamente, o ideal é que se possa estimular uma reação positiva, sendo esse

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