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Moral e ética: Preconceito no Brasil

Por:   •  29/8/2018  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  196 Visualizações

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Foi criada a noção de “triângulo racial”, na formação brasileira, que ficou conhecido como mito da democracia racial, que trazia a crença de que negros, brancos e índios, se encontravam de modo espontâneo, como um carnaval social e biológico no Brasil. Novamente mostrando uma pacificidade que de fato não existiu.

Nossa cultura foi marcada por colonizadores portugueses brancos e aristocráticos, uma sociedade hierarquizada e que foi formada dentro de um quadro rígido de valores discriminatórios. Os portugueses já tinham uma legislação discriminatória contra judeus, mouros e negros muito antes de terem chegado ao Brasil; e, quando aqui chegaram, apenas ampliaram essas formas de preconceito.

Deste modo a identidade nacional única levou em consideração as culturas de cada uma das etnias que aqui residia, e ainda proibindo o ensino de línguas estrangeiras às mesmas, além de outras questões que deixaram evidente que a democracia racial foi somente um mito, resultando em uma sociedade desigual, onde o preconceito velado é a forma mais eficiente de discriminar pessoas de cor, assim elas ficam “no seu lugar” e o reconhecem.

3.Qual é a diferença entre o racismo dual e o racismo brasileiro (racismo de marca)?

Nos Estados Unidos, o racismo funciona a partir de uma lógica dual: ou se está dentro, ou se está fora. A legislação do país identificava porções ínfimas daquilo que a lei chamava de “sangue negro” nas veias de pessoas de cor branca, que assim passavam a ser consideradas “pretas”, mesmo que sua fenotipia (aparência externa) fosse inconfundivelmente “branca”. Este é um tipo de diferenciação racial que considera básicas as “origens” das pessoas, e não somente a “marca” do tipo racial, como ocorre no caso brasileiro. Aqui, o preconceito foi invisibilizado, e, como consequência, gerou-se uma enorme dificuldade de combatê-lo. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, aqui a questão da origem racial de um indivíduo é pouco relevante. O preconceito e a discriminação baseiam-se na intensidade dos fenótipos de cada pessoa: na tonalidade da cor da pele, no tipo de cabelo, no formato de determinadas partes da face (nariz, boca). Inexiste, portanto, uma linha rígida de cor no Brasil, mas isso não serve para dizer que vivemos uma democracia racial. Ao contrário, o que isso indica é que no Brasil o mito de democracia racial escondeu de forma sutil uma sociedade que ainda não se sabe hierarquizada e dividida entre múltiplas possibilidades de classificação. O racismo e a discriminação racial, como são praticados hoje em nosso país, constituem um alicerce da própria estrutura social notadamente desigual, tal como é a brasileira nos dias atuais.

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