Modelo de Controladoria pautada do Gecon

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do sistema de controles e gestão de risco.

A cobrança é uma parte muito importante do ciclo operacional e financeiro de uma empresa, e tem assumido cada vez mais um papel relevante dentro das organizações. Assim, as políticas de crédito e cobrança devem andar em harmonia com as atividades e mercados envolvidos com os negócios da empresa. Durante o estudo de caso foi observado um aumento de inadimplência que poderia ser solucionado com a redução do prazo de pagamento e da concessão do crédito. Analisando os controles das empresas Zappin e Creditudo, observamos que não existe uma gestão de riscos pautada em um planejamento de gerência de riscos, identificação de riscos, análises qualitativas e quantitativas de riscos, planejamento de resposta e monitoramento e controle de risco. Visto todos esses problemas e necessidades de melhoria, foi escolhido o tema de estudo, buscando sempre, apresentar melhorias e resultados para as empresas.

A Análise SWOT é um método de planejamento estruturado para avaliar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças envolvidas em um projeto ou em um empreendimento. Pode ser realizada por um produto, lugar, indústria ou pessoa. Trata-se de especificar o objetivo do empreendimento ou projeto e identificar os fatores internos e externos que são favoráveis e desfavoráveis para alcançar esse objetivo. A definição desse objetivo deve ser feita somente após a análise SWOT. Isso permitiria que as metas ou objetivos, definidos pela organização, fossem alcançáveis.

Pontos Fortes – características

do negócio ou projeto que lhe dão uma vantagem sobre os outros;

Pontos Fracos – são características que colocam a equipe em uma desvantagem em relação aos outros;

Oportunidades – elementos que o projeto poderia explorar a sua vantagem;

Ameaças – elementos do ambiente que podem causar problemas para a empresa ou projeto.

A identificação de SWOT’s é importante porque informa etapas posteriores no planejamento para alcançar o objetivo. Deve ser considerado se o objetivo é atingível dado o SWOT. Usuários dessa análise SWOT precisam perguntar e responder a perguntas que geram informações importantes para cada categoria (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) para, só então, fazer a análise útil e encontrar a sua vantagem competitiva.

Na Análise SWOT das empresas Creditudo e Zappin, os pontos fortes são que a família Soprano está no mercado brasileiro desde a década de 70, com a venda de bens de consumo não duráveis, transformando suas vendas em grandes supermercados, com produtos de diversas naturezas, inclusive bens duráveis. O demonstra uma vasta experiência.

Nos pontos fracos o Sr. Soprano, não esperou o aperfeiçoamento dos estudos de seu filho e se associou a outros investidores para realizar além do financiamento de seus produtos, empréstimos de forma consignada com uma nova empresa denominada Creditudo. Tudo isso sem o devido conhecimento nesse mercado, nem na correta forma de controle. A obtenção dos recursos era feito com o fluxo de caixa da empresa Zappin, ou seja, não havia uma separação legal entre

as empresas, as mesmas eram manobradas como uma só. O tesoureiro mantinha toda a contabilidade em uma planilha de excel, consolidava as informações e encaminhava por e-mail os créditos relativos aos empréstimos. A prospecção de novos tomadores era realizada através de terceiros, conhecidos como pastinhas, os quais não faziam a análise correta de concessão de crédito nem controle de riscos. Possível fraude na concessão de empréstimos, já que vários consumidores passaram a reclamar no órgão fiscalizador (BACEN) e na imprensa pelo fato de não ter recebido o crédito e nunca terem contratado empréstimos com a empresa Creditudo, porém estavam negativados junto ao SPC/Serasa.

Nas oportunidades, as empresas do Sr. Soprano exploraram novos mercados sem conhecimento, quando deveriam explorar mais o ramo de bens não duráveis, onde já eram experientes e conhecidos no ramo. Sempre com foco e dedicação nos controles e gestão de riscos para que voltem a tomar uma boa colocação no ramo, isso através da venda dessas empresas e criação de uma nova companhia.

Nas ameaças, as empresas Zappin e Creditudo estão com a imagem no mercado extremamente vulnerável já que possuem vários processos e reclamações de clientes e funcionários, caracterizando uma grande ameaça tanto para a continuidade do negócio quando para o desenvolvimento de uma nova empresa. Somado a isso existe o fato da empresa ser familiar, onde muitas vezes as relações se confundem deixando um pouco de lado o profissionalismo exigido para o sucesso do negócio.

1. Modelo de Controladoria pautada no Gecon

1.1 - Gecon

O Sistema de Informação de Gestão Econômica (Gecon) foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores liderado pelo Professor Catelli, que criou uma linha de pesquisa no Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, no final dos anos 70. "O Gecon significa administração por resultado, tendo como objetivo a otimização dos resultados por meio da melhoria da produtividade e de eficiência operacionais." (Catelli - 1999, p.31)

É um modelo gerencial de administração por resultados econômicos, que incorpora um conjunto de conceitos integrados dentro de um enfoque holístico e sistemático, objetivando a eficácia empresarial e compreendendo basicamente os seguintes elementos integrados: um modelo de gestão empresarial, um sistema de gestão empresarial, um modelo de decisão, mensuração e informação do resultado econômico, apoiado por um sistema de informações para avaliação econômico-financeira.

Modelo de Gestão – É uma representação simplificada da realidade e um padrão a ser seguido, onde devemos seguir um conjunto de princípios, como, normas, práticas, valores e crenças determinada pelo estabelecimento empresarial ou pelos seus donos. O objetivo é criar resultados positivos para a empresa. Conforme citado na apostila de Controladoria, do professor Fábio Soares (p. 7), “as principais funções do modelo de gestão são: promover a interação entre gestores e donos;

orientar os gestores na sua rotina de tomada de decisão; garantir o aproveitamento do potencial e capacidade dos gestores; e promover a estabilidade do ambiente interno da empresa.” Além disso, é necessário ter um planejamento estratégico,