LINHA DE PESQUISA II: Gestão, Inovação e Empreendedorismo

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irrigada tem contribuído para o desenvolvimento da região do Vale,

principalmente para o pequeno agricultor. Ela gera emprego, qualidade de vida e incentiva os

agricultores a produzirem de forma mais eficiente sem alterações no solo com qualidade

(CBHSF, 2017).

O município de Juazeiro destaca-se como um dos principais centros de produção e exportação

de frutas secas do país. Todas as culturas são provenientes de áreas de irrigadas sendo as mais

importantes manga e uva. Hoje o município é referência nacional na agricultura irrigada.

Realizando inclusive a cada dois anos, a maior feira de agricultura irrigada da América Latina

(FENAGRI), que agrega toda a cadeia produtiva do setor, atraindo investidores e empresários

nacionais e internacionais (EMBRAPA, 2017).

Localizado na rodovia Lomanto Júnior, Km 05, no município de Juazeiro no Estado da Bahia,

o mercado do produtor é responsável pelas negociações referentes a produção local, este

espaço corresponde a estrutura física que visa atender os agricultores e pequenas empresas

que comercializam suas colheitas assim como empresas exportadores estabelecidas nesse

local.

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Pretende-se com esse estudo investigar no âmbito do mercado do produtor em Juazeiro (BA)

as micro e pequenas empresas que atuam a mais de cinco anos no mercado, o quê esse espaço

tem a nos informar sobre os fatores de distinção entre empreendedores que se destacam como

propulsores do desenvolvimento socioeconômico, a partir, da análise em dinâmicas de

desenvolvimento local e seus desdobramentos. Em outros termos, quais contribuições a

constituição dessas dinâmicas oferecem subsídio a inovação, diversidade a partir, da

mobilização de capitais econômicos, sociais, culturais e simbólicos segundo Bourdieu (2010),

que possam revelar como fatores de desenvolvimento local, em comparação a outras regiões.

Para melhor compreensão do tema empreendedorismo é importante definirmos seu conceito

segundo alguns teóricos.

Sarkar (2010) atribui a contribuição do austríaco Joseph A. Schumpeter, criador de novo

significado para o termo empreendedorismo com a publicação da obra Theory of Economic

Development, onde, pela primeira vez, inseriu sua teoria do empreendedorismo. Para

Schumpeter (1961), o empreendedorismo e considerado aquele individuo que destrói a ordem

econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas

formas de organização ou pela exploração de novos recursos materiais. Alguém capaz de

introduzir a inovação, associando essa ao conceito conhecido por “Destruição criativa”,

principalmente motivadora do crescimento econômico.

Apesar da forte referencia nessa abordagem, estudos mais recentes acerca do

empreendedorismo têm foco no contexto social, como a influencia das relações sociais

próximas ao empreendedor (como amigos e família), e ambiental (como as normas nacionais),

ou o contexto geral da convivência cotidiana do empreendedor (COSTA, 2008).

Segundo David McClelland (1972), uma pessoa empreendedora, por sua teoria, é aquela que

utiliza com certa freqüência e certa intensidade, as CCEs (características comportamentais

empreendedoras), e que o sucesso empresarial não consiste apenas no desenvolvimento de

habilidades especificas, tais como finanças, marketing, produção e etc., nem apenas de

incentivos creditícios e ou fiscais, mais também de habilidades atitudinais, empreendedoras,

por meio do aperfeiçoamento de tais características. Que são necessidade de realização-

reflete na vontade de atingir objetivos; necessidade de afiliação- quer pertencer a grupos; e

necessidade de poder- quer controlar e influenciar os outros. Ainda segundo o autor essas

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