Gerenciamento de projetos na construção civil e a importância do gerenciamento de escopo em projetos
Por: Hugo.bassi • 7/5/2018 • 5.280 Palavras (22 Páginas) • 590 Visualizações
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A década de setenta foi um período marcante para o Brasil, construía-se como nunca. As construtoras possuiam estruturas simples, utilizava-se pouca terceirização da mão de obra, o gerenciamento da obra era executado e planejado pelo engenheiro responsável e os empreiteiros. Os projetos ainda feitos à mão eram todos bem detalhados.
Para Lantelme, 1994, foi na década de 90 que começaram a existir a necessidade de definição dos índices e dos históricos da produtividade nessa área. Devido ao efeito da globalização e a privatização de várias empresas, o setor da construção civil sofreu ainda mais, pois a influência estatal nessa área diminuiu consideravelmente, o que provocou o aumento dos juros, às exigências no âmbito da competitividade e afetou o nível da qualidade dos serviços. Tudo isso ocorreu em função dos possíveis riscos de investimento por parte dos investidores que agora trabalhavam em parceria com o governo.
Já neste novo século a construção cívil é o ramo da indústria que possui um dos maiores crescimentos na economia mundial e brasileira. Mattos, 2010, afirma que atualmente, mais do que nunca, planejar é garantir de certa maneira a perpetuidade da empresa pela capacidade que os gerentes ganham de dar respostas rápidas e certeiras por meio do monitoramento da evolução do empreendimento e do eventual redirecionamento estratégico. Portanto, para que o projeto não assuma uma direção errada, o gerente de projetos deve ter as infomações e indicadores para que o projeto não tome um caminho diferente do desejado, sem que ocorra prejuízo em nenhuma das áreas de conhecimento.
O PMI (Project Manegement Institute) define Gerenciamento de Projetos como “a aplicação de conhecimentos, de habilidades, de ferramentas e técnicas a uma ampla gama de atividades para atender aos requisitos de um determinado projeto” (PMI, 2008:9). Percebe-se que até pouco tempo, o gerenciamento de projetos, era uma ferramenta utilizada apenas por grandes cooporações, mas hoje, as pequenas e médias empresas também possuem a necessidade de implantação, sendo um diferencial para o sucesso ou fracasso da empresa.
Para Xavier:
Gerência de Projetos (GP) é um dos ramos da Ciência da Administração que trata do planejamento, execução e controle de projetos. Gerenciamento de projetos é o ato ou ação de gerir, executar a gerência. Em um mercado com dezenas de ofertas de cada tipo de produto, é o cliente que dita o sucesso das empresas, e isso tem levado as organizações a viver em permanente estado de mudança, seja lançando um novo produto ou melhorando o atual, seja efetuando uma ampliação ou modificação na linha de produção, seja, ainda, realizando mudanças administrativas. (2008:171)
Com isso a empresa deve estar sempre atenta às novas exigências, com as boas práticas do gerencimento de projeto, pois facilita a percepção dessas mudanças e também na aplicação de novas exigências identificadas. Com uma metodologia formal de GP consuma as empresas aptidão em aumentar significativamente a qualidade, a produtividade em projetos e a eficiência.
De acordo com Kerzner:
A gestão de projetos combinada com o gerenciamento de mudanças pode pertmitir a concretização dos seguintes beneficios:
- Capacidade de reagir com rapidez às mudanças exigidas pelos clientes;
- Redução do impacto da mudança no orçamento e na programação;
- Aumento dos esforços de adição de valores em nome dos clientes;
- Boas relações com os clientes;
- Clientes mais satisfeitos. (2006:48).
O PMBOK®, 2013, define projeto como “esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. É importante diferenciar operações continuadas, que são continuas e repetitivas de projetos. As operações continuadas pode ser, por exemplo, vendas e manutenção de um shopping, já os projetos podem ser a criação de um novo produto ou até mesmo a criação de um shopping.
De acordo com a norma ISO 10.006 (Diretrizes para a qualidade de gerenciamento de projetos), projeto é “um processo único, consistindo em um grupo de atividade coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos , incluindo limitações de tempo,custo e recursos”.
Um projeto engloba cinco fases necessárias para sua conclusão sendo todas indispensáveis e sequenciais conforme definiu Vargas, 2005, na figura abaixo.
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Figura 1 – Cinco fases necessárias para conclusão do projeto
Fonte: Vargas 2005
Vargas começa pela inicialização é o levantamento de todas as necessidades financeiras, fisicas e de pessoal para tornar possivel a concretização do projeto, e é o primeiro processo do ciclo de vida de um projeto, culminando na autorização para o início do projeto. Nesta fase deve-se determinar as seguintes tarefas:
- Objetivo do projeto;
- Necessidades do negócio;
- Elaborar a Proposta do projeto;
- Aprovar a proposta do Projeto;
- Escolher o gerente do projeto;
- Elaborar o Termo de Abertura do Projeto;
Na fase de planejamento deve ser elaborado o Plano de Gerencimanto de Projetos (Project Charter), documento que contempla todas as áreas de conhecimento do Gerenciamento do Projeto. Alguns dos processos dessa fase são: definição do escopo, definição da estratégia do projeto, elaboração da WBS (Work Breakdown Structure), desenvolver o cronograma e cálculos de custos, planejamento de compras, respostas ao risco, de compra e qualidade (CANDIDO, 2012)
A Execução representa grande parte do orçamento envolvendo o gerenciamento da execução, distribuição de informações, garantia da qualidade, solicitação das propostas de fornecedores, controle e mobilização da equipe de projeto. Uma das etapas vitais do projeto é o controle e monitoramento, pois possibilita a identificação de possíveis problemas a tempo de solucioná-los, garantindo a conformidade com os critérios adotados na fase do planejamento, caso haja uma desconformidade
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