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Evolução do Pensamento Administrativo

Por:   •  31/8/2018  •  2.687 Palavras (11 Páginas)  •  218 Visualizações

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Por último, no período que vai de 1990 até os dias atuais, vive-se um período onde a única constante com a qual se pode contar é a própria inconstância. Muito mais do que planejar ou estrategiar ações para acompanhar as mudanças, é preciso influenciar nelas. Isto significa que hoje o ambiente exige criatividade. As organizações precisam encontrar caminhos que lhes permitam, antes de se adaptar às novas situações dos mercados, criar novas regras e novos padrões para esses mercados.

Assim, com base nessa análise ambiental, vale ressaltar novamente que o ponto mais importante no estudo das teorias administrativas deste século, está no entendimento de que seus critérios de sucesso estiveram sempre calcados nas características ambientais. Notadamente, a evolução dos conceitos administrativos está intimamente ligada às mudanças do ambiente.

Finalmente, torna-se importante destacar que apesar das críticas que hoje são feitas à maior parte das escolas de administração analisadas neste texto, há que se reconhecer a enorme contribuição que as mesmas trouxeram para a área empresarial. Portanto, o elemento central do estudo dessas escolas não deve ser focado apenas no contexto histórico. O que interessa de fato é entender porque as teorias adotadas por essas escolas foram reconhecidas e absorvidas pelas maiores e mais bem sucedidas organizações do mundo dos negócios, bem como quais foram as mudanças ocorridas no ambiente externo que ao longo do tempo forçaram mudanças em seus modelos.

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A Administração Científica é considerada por muitos estudiosos como a primeira escola a apresentar conceitos teóricos sobre administração. Seu fundador, o engenheiro Frederick Winslow Taylor iniciou suas experiências no final do século passado. Seu trabalho se tornou famoso, principalmente pelos resultados obtidos, tendo conseguido aumentar a eficiência das organizações de sua época.

Taylor percebeu que os operários aprendiam a maneira de executar suas tarefas através da observação dos colegas vizinhos. Notou que esse método de aprendizado levava a várias maneiras de executar a mesma tarefa, o que contribuía para a baixa eficiência do trabalho. Desta forma, seu esforço foi no sentido de racionalizar os métodos de trabalho. Para tanto utilizou os princípios que são descritos a seguir.

DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO DO OPERÁRIO

Tendo em vista a falta de qualificação técnica do operário da época, a exemplo da maior parte dos teóricos daquele período, Taylor utilizou o princípio da fragmentação do trabalho. Essa técnica pregava que o trabalho de cada pessoa deveria, tanto quanto possível, se limitar à execução de uma única e simples tarefa. Desta forma, o operário passava a ser especializado na execução de uma única tarefa. Esse método foi essencialmente utilizado nas linhas de produção ou linhas de montagem.

ESTUDO DOS TEMPOS E MOVIMENTOS

Visando racionalizar o esforço de cada trabalhador, Taylor se utilizou da técnica de análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos. Através da observação do operário em ação, ele percebeu que poderia decompor as tarefas executadas em uma série de movimentos simples. Desta forma, medindo os tempos gastos em cada movimento, ele procurava eliminar movimentos desnecessários, simplificar movimentos mais complexos e economizar tempo e esforço. Assim, através do estudo de tempos e movimentos, Taylor procurou obter aquela que ele julgava ser a melhor e mais rápida maneira de se executar uma tarefa.

ESTUDO DA FADIGA HUMANA

A Administração Científica também se preocupou com a fadiga do operário. Taylor acreditava que os movimentos executados durante o trabalho de forma imprecisa levavam o trabalhador a se cansar em demasia, o que de certa forma tinha reflexo direto sobre sua produtividade. Dessa maneira, acreditava que ao encontrar a forma mais racional de se executar uma tarefa, estaria também contribuindo para a maior eficiência e, consequentemente, para o aumento da produtividade. A racionalidade do trabalho também levava a uma diminuição dos acidentes no ambiente de trabalho, fato bastante comum na época.

DESENHO DE CARGOS E SALÁRIOS

Taylor foi o pioneiro em definir e estabelecer racionalmente cargos e tarefas. Considerando que a tarefa é toda e qualquer atividade executada por alguém no seu trabalho dentro da organização e que o cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira repetitiva, ele procurou desenhar e escrever sobre cada cargo e sobre o desempenho de cada tarefa. O princípio básico no desenho dos cargos é que cada um deve conter um número limitado de tarefas relacionadas, cada qual requerendo habilidades similares e em períodos de tempo que permitam controlar e comparar os resultados com determinados padrões de produção. Taylor também acreditava que o trabalhador devia ser selecionado de acordo com as habilidades pessoais para o desempenho da tarefa que lhe era atribuída.

INCENTIVOS SALARIAIS E PRÊMIOS DE PRODUÇÃO

A Administração Científica implantou o conceito de Homo Economicus. Segundo esse conceito o homem trabalha porque necessita de dinheiro para sobreviver. Em outras palavras, o homem não trabalha por prazer e sim porque necessita do dinheiro que aufere através do seu esforço. Desta forma, a teoria Tayloriana pregava a idéia de planos de incentivo salariais e prêmios de produção. A idéia básica era a de que um salário fixo não estimulava o operário a trabalhar com afinco. Assim, cada trabalhador deveria receber por produtividade. Na essência, quem produzia mais recebia mais.

PADRONIZAÇÃO

Além das preocupações com o estudo dos tempos e movimentos, com a fadiga do operário e com os incentivos salariais, a Administração Científica se preocupou também com a padronização de máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e componentes, no sentido de reduzir as variabilidades e as diversidades no processo produtivo e, consequentemente, eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.

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TEORIA CLÁSSICA

A Teoria Clássica tem em Henry Fayol seu precursor. O trabalho desse estudioso francês foi considerado uma das maiores contribuições para o campo da gerência e da administração. De certa forma, seu trabalho guarda pouca

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