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Estudo de caso

Por:   •  27/4/2018  •  2.545 Palavras (11 Páginas)  •  251 Visualizações

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O texto apresenta três características principais que definem uma cooperativa: a propriedade cooperativa, significando que os usuários são os proprietários da cooperativa; a gestão cooperativa, implicando na concentração do poder decisório nas mãos dos associados; e a repartição cooperativa, denotando que a distribuição das sobras líquidas é feita proporcionalmente à participação dos associados nas operações com a cooperativa. A ideologia central do cooperativismo é a substituição da competição do lucro pela cooperação, as estruturas produtivas geram emprego e renda e igualam as oportunidades da sociedade. A contribuição dessa forma gestão à sociedade é imensa e foca o desenvolvimento social.

A cooperativa caracteriza-se como uma equipe que administra o grupo de cooperados, composta por quatro grupos: os associados, os administradores eleitos, os administradores contratados (diretores e gerentes) e os empregados. Quando a cooperativa trabalha com economias grandes e há uma complexidade em termos administrativos, por razões práticas ou por necessidades de mercado, delegam funções aos administradores contratados, surge um conflito, muitas vezes oculto, entre os interesses dos associados e os interesses dos executivos contratados. Estes, por manterem contrato com dedicação exclusiva, apresentarem elevada qualificação profissional e receberem remuneração diferenciada, tendem a considerar a eficiência e a expansão da organização como objetivo principal. Os sócios, por sua vez, enquanto autoridade suprema da cooperativa, busca preservar o direito de solicitar que os negócios sejam dirigidos de modo a que seus interesses sejam sempre respeitados.

Cooperativas que têm como objetivo a prestação direta de serviços aos associados, primeiro grau, são compostas por um mínimo de 20 pessoas físicas, a admissão de jurídica é permitida, em caráter de exceção, com as mesmas atividades ou atividades econômicas correlatas das pessoas físicas. Prevalece a norma um homem, um voto. A decisão é coletiva e se valoriza a participação de cada membro com sua contribuição financeira e com o uso do serviço, todos têm o mesmo poder de decisão.

Os associados devem ter condições de controlar a administração da cooperativa por meio dos dirigentes eleitos. Os dirigentes e administradores devem ter em mente que são os representantes dos associados. Atuando em nome deles, gozarão da sua confiança. Exercer o controle significa o direito e o dever de informar-se sobre todos os negócios relativos à sociedade cooperativa e, a partir destas informações, o direito de criticar e até despedir os mandatários eleitos que abusaram da confiança depositada.

Quanto a Caracterização do Cenário da Pesquisa e a Experiência de Gestão da Cooperativa Táxi Alfa, são detalhadas a Organização do Quadro Social na Cooperativa e a Educação Cooperativista utilizada na Táxi Alfa. Na primeira parte, o estudo traz a visão geral da empresa, onde é detalhada sua data de fundação, a qual foi constituída no dia 1º de setembro de 2001, resultante da aquisição de duas centrais de Radio Táxi que atuam no mercado de Minas Gerais há 15 anos. Também é detalhada sua estrutura, que é composta por Assembleia Geral, Conselheiros de Ética e Fiscal e um Conselho de Administração. Sendo que a Administração é realizada por um Diretor Presidente, um Diretor Vice Presidente, um Diretor Administrativo, um Diretor Comercial e um Diretor Financeiro. Além disso, o seu quadro de funcionários conta com 146 motoristas entre cooperados e auxiliares, dos quais 97,85% são homens e 2,15% são mulheres, com idades que variam de 20 a 65 anos, sendo a média de 40 anos. Conta também com 26 funcionários responsáveis pelo setor contábil e setor de atendimento, além de uma frota de 140 veículos. Cabe ressaltar que a Táxi Alfa foi a primeira cooperativa de taxi a implantar o táxi acessível, adaptado com elevador, melhorando a acessibilidade dos cadeirantes de Belo Horizonte e atende tanto clientes pessoas físicas como clientes pessoa jurídica.

Ainda neste tópico, o estudo de caso aborda os princípios e valores adotados pela cooperativa, que são: cooperativismo, disposições legais, diretrizes da autogestão e estatuto social. Ou seja, agir de acordo com a lei, ter uma atuação sem discriminação, não visar o lucro e dar a todos os cooperados os mesmos direitos. Tal fato, analisando a segunda parte deste tópico não condiz com o que foi proposto. Ao fazer a análise da Organização do Quadro Social da Cooperativa a partir do levantamento de dados e da participação dos cooperados nas Assembleias Gerais, observa-se uma falha entre a administração e os cooperados. A falta de comunicação, de participação na tomada de decisão e de engajamento das partes para atuarem em conjunto, expõem as principais falhas que a cooperativa apresenta. Concluímos que essas falhas interferem diretamente no desempenho e desenvolvimento de todos que compõem a Cooperativa, pois a participação das partes é para discutir melhorias, propor novas táticas, trazer a todos o conhecimento do que está acontecendo, dar voz aos cooperados, melhorar a atuação dos mesmos e proporcionar um serviço de qualidade, o que consequentemente aumentará os lucros da cooperativa.

O maior desafio encontrado é a organização do Quadro Social e a falta de Educação Cooperativista. Segundo Roquete (2002, 2012) “estudos realizados em cooperativas de outros ramos mostraram que essas (Organização do Quadro Social e falta de Educação Cooperativista) são fragilidades desse tipo de organização”.

A falta de Organização do Quadro Social se dá pela falha na comunicação entre a diretoria e os cooperados. Pode-se dizer que tal fato está relacionado à falta de Educação Cooperativista que é objeto de estudo da terceira parte deste tópico. O objetivo da educação cooperativista é dar condições aos dirigentes, associados e funcionários de conhecer os fundamentos do cooperativismo, a história, as propostas filosóficas, econômicas e sociais, de modo a capacitar cada um para exercer suas funções com eficácia e em benefício da cooperativa. É de fundamental importância que os cooperados tenham ciência do seu papel na cooperativa e da importância de participar das reuniões e das tomadas de decisão. Conforme afirma Benato (2002) “É importante que os dirigentes entendam as particularidades da cooperativa onde atuam e os funcionários tenham consciência de que os cooperados são os donos da cooperativa. Por sua vez esses deverão conhecer seus direitos e obrigações, sendo que a principal delas é a lealdade para com a cooperativa”.

Segundo o Estatuto Social (2001) da Cooperativa de Táxi

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