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Ecossistema de TICs

Por:   •  24/10/2018  •  2.155 Palavras (9 Páginas)  •  271 Visualizações

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Na sequencia da abertura das incubadoras em universidades, começaram a surgir espaços privados para abrigar jovens empresas como os Espaços Colaborativos. Estes oferecem um ambiente com proposta similar ao das incubadoras, entretanto mais ligados ao mercado. Apesar do custo nestes ambientes ser um pouco maior, não existe burocracia para iniciar a execução dos trabalhos nestes espaços. Tais ambientes proporcionam bom contato com empresas de mercado (além de outras startups) e principalmente contato com atores importantes no setor como possíveis mentores, investidores e palestrantes, pois tais ambientes prezam por promover muitos eventos no segmento. Em muitos casos tais espaços estão abrigando empresas em estágio de pré-incubação ou pré-aceleração em troca de participação societária minoritária.

A única aceleradora do Estado da Bahia é a do Senai Cimetec que realiza um trabalho interessante principalmente na apresentação de empresas para possíveis investidores e empresas de médio e grande e porte. Entretanto, como a cultura de investimento anjo (que será abordado posteriormente) ainda é incipiente, os impactos gerados pela aceleradora se concentram mais na conexão com empresas de mercado e indústrias.

Empresas Jr, AJE, AIESEC e Liga Universitária de Empreendedorismo

As associações citadas estão se mostrando como as principais captadoras de talentos para o ecossistema de inovação soteropolitano. Nestas instituições os empreendedores, ao mostrar seu trabalho para a sociedade, realizam conexões importantes para os seus negócios e desenvolvem muitas das habilidades administrativas necessárias para o empreendedorismo. Apesar do importante papel de fomento do empreendedorismo no ecossistema, os empresários que surgem destes círculos sociais, saem dessas associações ainda com pouca bagagem técnica e experiência no mercado e indústria. Ou seja, apesar de possuírem um ímpeto empreendedor essencial, eles não vivenciaram problemas de grande relevância financeira para serem resolvidos, e se não se conectarem com outros atores importantes do sistema, correm o risco de desenvolverem somente soluções de baixo impacto devido ao foco em setores pouco especializados e de enorme concorrência.

Sebrae

Sua atuação pode ser dividida em dois momentos nessa última década. Num primeiro momento focado em consultorias e eventos (item essencial, porém muito pouco para o potencial do Sebrae), a instituição marcou sua atuação no referido ecossistema com consultorias tradicionais e profissionais pouco ambientados à dinamicidade e ao nível já elevado, visto o perfil engajado administrativamente, dos atores do ecossistema. Entretanto nos últimos três anos a instituição está investindo bastante na sua penetração no ecossistema de startups. Cursos com bons especialistas na área se tornaram frequentes, assim como a realização de eventos rotineiros unindo atores do setor. Entretanto a principal contribuição que a instituição passou a dar foi o estabelecimento de políticas de incentivos financeiros a projetos de startups. Devido ao fato do Sebrae ser historicamente ligado aos setores da microeconomia e varejo, a instituição proporcionou uma aproximação bastante positiva com empreendedores desses segmentos e startups e em 2015 o edital Sebrae de Inovação teve uma atuação altamente positiva para o ecossistema. O edital possibilitou a união entre empresários com demandas validadas de mercado e empreendedores que dominavam como solucionar esses problemas com TI. Depois deste edital, o Sebrae lançou alguns outros similares, entretanto nenhum que repetisse a fórmula de sucesso que tanto estimulou a Inovação Aberta.

Senai

Tem forte participação no ecossistema estudado. Promove eventos com competência, dispõe sua excelente estrutura física, se propõe até a acelerar empresas, se alia com o Sebrae e consegue uma boa quantidade de recursos para investir no setor. Ou seja, é um ator importantíssimo. Entretanto a principal falha é a falha como está gerindo os recursos voltados para inovação em TIC. As fontes de financiamento conseguidas pelo Senai em geral obrigam a contratação do próprio Senai para execução dos trabalhos. O que ocorre é que a instituição é muito grande para executar projetos de startups. Em geral estão sendo empregadas metodologias de gerenciamento e desenvolvimento de projetos as quais oneram excessivamente o recurso conseguido (a percepção de startups é que elas gastariam cerca de 5 vezes menos para entregar o mesmo produto) e as verbas conseguidas seriam muito melhor aproveitadas se fossem geridas pelas próprias startups, startups parceiras através de inovação aberta ou por uma equipe interna focada em desenvolvimento ágil.

Fapesb

Um dos principais atores do sistema de apoio, e o que oferece os maiores valores em recursos financeiros para o ecossistema. Cumpre muito bem a proposta da entidade que é a de promover a criação de inovações tecnológicas em estágio inicial. Boa parte dos empreendedores conseguem captar e explorar bem esse objetivo. Ponto negativo da Fapesb é a o atraso constante de verbas que prejudicam o tempo de lançamento das inovações e a saúde financeira das empresas.

Anjos

Salvador não possui cultura de investimento anjo. Em 2017 está se articulando uma unidade da Anjos do Brasil na Bahia, entretanto ela ainda está sendo formada por poucos representantes e com baixo potencial financeiro de investimento.

O fato de Salvador não possuir um ecossistema com esses atores, prejudica o cenário das startups, pois os investidores anjo, além do aporte financeiro em grupos, tem por cultura, em muitos casos, oferecer também mentoria e dar apoio em diversas áreas das startups investidas.

Para estimular a entrada de anjos no atual estágio da maturação do ecossistema soteropolitano, considero importante que haja uma articulação para que sejam feitos também investimentos gradativos e de menor porte financeiro do que eles vem pregando, estimulando assim a entrada de mais atores num estado onde o poder aquisitivo da população é inferior a dos estados onde se consolidaram os investidores anjo no Brasil.

Secti

Teve participação decisiva na evolução do ecossistema local. A criação do Parque Tecnológico da Bahia contribuiu para a criação da maior e mais reconhecida incubadora de empresas do estado, a Áyti. O trabalho desta incubadora sempre caminhou com suaves e rotineiras melhoras no atendimento às demandas

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