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AS COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS REQUERIDAS AOS PROFISSIONAIS DE MERCADO E DO ENSINO SUPERIOR EM ADMINISTRAÇÃO

Por:   •  2/10/2018  •  3.970 Palavras (16 Páginas)  •  339 Visualizações

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Segundo o autor, o saber agir pode ser desenvolvido pela formação do profissional, com treinamento e com experiências do dia a dia. Já o querer agir depende da vontade de cada profissional e pode ser encorajado por desafios do cotidiano, pela maneira com que o profissional se vê e também pelo contexto de confiança e reconhecimento que atuam como facilitadores no ato de assumir riscos e o poder agir será tornado possível e pressupõe capacidade e autoridade para tal, sendo possível num contexto onde se encontram os meios necessários para as ações.

Dentro do contexto mercado de trabalho, competência vem ligado a conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) bem como a tarefa e aos resultados conforme McLagan (1997 apud Fleury; Fleury, 2000).

Fleury e Fleury (2000) emprestando conceitos de Parry (1996) trazem que os gestores de Recursos Humanos tem como definição o conjunto do CHA que afeta o trabalho e o desempenho do individuo e que é possível desenvolver e medir competências desde que haja padrões pré-estabelecidos e politicas de treinamento.

Competências Individuais

Le Boterf (1994) que enxerga as competências como um saber agir responsável e que é reconhecido pelos outros, aponta sua formação sob um tripé onde há a pessoa, sua educação e experiências profissionais. O autor ainda complementa que competência implica em “saber como mobilizar, integrar e transferir os conhecimentos, recursos e habilidades num contexto profissional” (FLEURY e FLEURY, 2000, p. 20).

Em pesquisa com mestrandos em Administração de Minas Gerais, Sant’Anna et al (2007, p.3), compreenderam “competência como uma resultante da combinação de múltiplos saberes - saber-fazer, saber-agir, saber-ser - capazes de propiciarem respostas efetivas aos desafios advindos do atual contexto dos negócios”. Em analise, foram elencadas competências associadas ao saber-fazer e ao saber ser e agir conforme figura 1:

Figura 1: Agrupamento de indicadores por fator

[pic 1]

Fonte: SANT’ANNA; VASCONCELOS; MORAES; CANÇADO, (2007)

Fleury e Fleury (2000, p. 21) falam também da competência individual, sociedade e profissão, ou seja, quanto a contextualização:

Os conhecimentos e o know how não adquirem status de competência a não ser que sejam comunicados e trocados (...) a noção de competência aparece associada a verbos como saber agir, mobilizar recursos, saberes múltiplos e complexos, saber aprender, saber se engajar, assumir responsabilidades, ter visão estratégica.

Em suma, os verbos estão ligados ao individuo dotado de CHA que agrega valor social para si e valor econômico para a organização.

Empregabilidade

A Empregabilidade é um conceito que diz respeito à adaptação das pessoas ao mercado de trabalho, estar apto a ocupar determinada função.

“A gestão por competências é apenas um rotulo mais moderno para administrar uma realidade organizacional ainda fundada nos princípios do Taylorismo-Fordismo” (FLEURY e FLEURY, 2000, p. 19).

No marketing fala-se em bens e serviços, construtos, de Orientação para o Mercado, Orientação para Aprendizagem e voltados para o mercado. Utilizando-se desses conceitos, adaptar-se-á tais orientações pensando nos profissionais que buscam aperfeiçoamento técnico/prático para atuação no mercado, ou seja, em empresas públicas ou privadas, e para os profissionais que buscam construir uma carreira dentro de Instituições de Ensino Superior, voltado para a aprendizagem.

Segundo Perin, Sampaio e Faleiro (2004), foi no início da década de 1990, a partir de trabalhos seminais de Kohli e Jaworski (1990, 1993) e de Narver e Slater (1990 e 1994), que o tema Orientação para o Mercado e a relação que tal tema abordagem passou a ter com o desempenho das pessoas, tem trilhado pela teoria e prática da administração de marketing.

Confunde-se qualificação e competências, porém o primeiro relaciona-se a posição, cargo ou saberes do sistema educacional, já o segundo refere-se a capacidade de assumir iniciativas, compreender e dominar as novas situações além do cotidiano, ser responsável e obter reconhecimento por tais feitos (ZARIFAN, 1994 apud FLEURY E FLEURY, 2000).

O profissional que vislumbra uma carreira a partir de suas competências individuais, precisa ter a certeza de que essas competências vão de encontro, a somar, com o esperado pela empresa na qual deseja estar. Ou seja, sua orientação de trabalho individual precisa ser compatível às competências organizacionais.

A Orientação para o Mercado como um construto unidimensional é formado por três fatores comportamentais (orientação para o cliente, orientação para os concorrentes e coordenação interfuncional) que de acordo com autores, seriam as ações e os padrões de comportamento da empresa, investigando a relação da Orientação para o Mercado com o desempenho empresarial. (NARVER & SLATER, 1990 citado por PERIN, SAMPAIO e FALEIRO, 2004)

Tendo atualmente cursos de graduação cada vez mais focados para o mercado, como por exemplo, os cursos tecnológicos com menos tempo de duração, tal orientação para o mercado pode fazer com que o professor consiga aplicar mais facilmente a teoria a pratica.

Já Kohli e Jaworski (1990, apud Perin, Sampaio e Faleiro, 2004) tiveram como resultado de suas pesquisas a Orientação para o Mercado baseado na geração de inteligência de mercado, a disseminação desta inteligência de mercado e a resposta da empresa à inteligência gerada e disseminada.

Com tanta facilidade para se pesquisar conteúdos na internet, os alunos de ensino superior provavelmente preferem professores com habilidade e/ou competência de os levarem a pensar o conteúdo fora da sala de aula, já no mercado onde pretendem atuar e não que sejam simples leitores ou repassadores de conteúdo.

Competência pode ser ligada a inteligência pratica de situações Fleury e Fleury (2000) novamente emprestam explicações de Zarifan (1994) ao afirmar que há três mutações no mundo organizacional que justifica o surgimento das competências:

- O imprevisto: a competência não pode estar contida no desenho do cargo, é preciso mobilizar recursos e resolver novas situações;

- Comunicação: compreensão e empatia, alinhamento aos

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