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ARTIGO SOBRE ENSINO SUPERIOR E NATIVOS DIGITAIS

Por:   •  21/5/2018  •  1.812 Palavras (8 Páginas)  •  304 Visualizações

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Os professores imigrantes digitais estão condicionados a uma transmissão de informação de forma lenta e controlada, com recursos a fontes limitadas como as aulas e os manuais escolares, realizar uma tarefa de cada vez, ensinar recorrendo ao texto do manual escolar, seguir o programa da disciplina e transmitir a informação de forma lógica e sequencial, que os estudantes trabalhem sozinhos, ensinar “just-in-case”, adiar as gratificações e os prêmios para o final do período ou do ano letivo, ser orientados para o trabalho e cumprir somente o programa preestabelecido e a fazer os testes de avaliação de forma presencial na sala de aula.

A interação do professor imigrante digital com a tecnologia resume-se ao seu cotidiano. Há a preocupação de não depender das tecnologias para desenvolver as suas tarefas. É o modus operandi que ele aprendeu e viveu.

Para haver uma profunda mudança no papel do professor em relação ao aluno é necessário que o ensino e a construção do conhecimento sejam realizados pelo próprio aluno e que não prevaleça sobre o ensino somente pelo professor.

O professor atual ou imigrante digital tem como desafios pedagógicos propostas onde consiste na redução do ensino expositivo, tornar mais dinâmico e participativo, se apropriar das tecnologias de informação, contextualizar o aprendizado do ensino, promover e subsidiar o aprendizado colaborativo objetivando a socialização do aluno. O professor, em um processo de aculturação com os nativos digitais, deve explorar o máximo da inquietude interativa dos nativos digitais.

3.DISCENTES DIGITAIS

São os nativos digitais, pessoas nascidas nas últimas décadas, vivenciaram e interagiram nos primeiros meses de vida com as tecnologias e incorporaram de forma natural as tecnologias digitais no seu cotidiano dando origem a um novo conceito de geração digital. Geração conhecida como geração de multitarefa. Consegue realizar várias atividades ao mesmo tempo. Tem no sangue a experimentação pelo novo. Interagem-se e acessam novos aplicativos, têm habilidade com blogs, lidar com múltiplos links, pulando de site em site, sem se perder. Conversam de forma digital ou em telefones, realizam atividades escolares, tudo ao mesmo tempo e com a maior naturalidade.

O aprendizado dos discentes digitais ou nativos digitais em relação à tecnologia e sua característica multitarefa são questões que, normalmente, as gerações anteriores grande parte não conseguem desenvolver esta capacidade com tanta facilidade e espontaneidade. A interatividade e a interconectividade vêm contribuindo para a instauração de outra lógica que caracteriza um pensamento hipertextual, interagindo com várias janelas cognitivas ao mesmo tempo. Aqui, não existe uma preocupação com a duração da atenção dedicada às atividades. O importante é a capacidade de realizar multitarefas e a habilidade de fazer ao mesmo tempo. Os nativos digitais não estabelecem uma divisão geracional, mas um divisor de conceitos. Há quem possa se passar por nativo, ainda que não sejam muitos, e há jovens que podem passar por imigrantes. A distinção é uma questão de capital cultural e simbólico que se liga a outros valores e competências. Estamos vivendo uma transição de conceito em termos de alfabetização e valores culturais.

4.A INSTITUIÇÃO ANALÓGICA

Na instituição analógica o docente é a única fonte de todo o conhecimento. O processo unidirecional, onde o professor fala e os alunos, para os nativos digitais torna-se uma verdadeira tortura, pois a sua hiperatividade e sua interatividade latente ficam reprimidas. Seu raciocínio envolvem aspectos de forma analógica e analítica, mas também os aspectos emocionais, intuitivos e criativos. O aluno atual possui uma aprendizagem mais abrangente e de forma qualitativa. A forma lógica racional que as instituições impõe aos alunos não produz conhecimento, mas sim desinteresse e insatisfação pela instituição.

A tecnologia inovadora trouxe para a sociedade várias transformações. Essas transformações resultou em vários novos conceitos. Tornamos mais acessíveis às informações e nos conectamos em qualquer parte do mundo, a qualquer hora e instante. Foi criada a ponte do aprendizado virtual. Mas o modelo de sala de aula não mudou. Continua o mesmo modelo do século passado. Os alunos mudaram. Não é mais possível permanecer com o mesmo conceito. Os professores são os responsáveis para a mudança desse cenário. O processo de aprendizado terá que incorporar as tecnologias de informação para interagir com novos ambientes adequados, convergindo às necessidades dos discentes digitais, formando um novo conceito didático-pedagógico.

5.TENDENCIA DE MERCADO

A problemática da mobilidade urbana no Brasil, o desenvolvimento da tecnologia e os nativos digitais vêm alavancar um novo conceito de sala de aula do ensino superior. Esse novo conceito é uma tendência de mercado. É inevitável que ocorra. A inexistência de políticas públicas na área de infraestrutura do modal rodoviário e também ferroviário em áreas urbanas, para dirimir e sanear a problemática de transporte, e a crescente frota de veículos novos no mercado, nos remete a pensar no futuro dos modelos presenciais de ensino superior. No ensino básico o aluno geralmente tem uma escola próxima a sua residência. Não tem ainda o problema de deslocamento de forma crítica. O aluno não terá como ir até a sala de aula. Mas, no ensino superior a distância da universidade compromete o tempo do aluno de ir e vir. O enorme fluxo de veículo transitando nas ruas e avenidas das cidades impedem e comprometem o deslocamento do aluno e do professor em tempo hábil para a universidade. É massacrante para o discente que não pode nem usar a sua ferramenta digital no trajeto até a instituição de ensino, com receio de ser assaltado no coletivo, se isolando do mundo de informações.Haverá uma mudança no modus operandi, na forma, no modelo presencial de hoje para o modelo virtual, onde a tecnologia da informação e novos métodos pedagógicos deverão interagir para propiciar e garantir um novo modelo pedagógico, adequando as necessidades da universidade com as dos estudantes universitários.

6. CONCLUSÃO

O novo conceito será criado não tão somente decorrente da ineficiência da mobilidade urbana, como também para atender as características 'in natura' dos nativos digitais. A fragmentação da instituição de ensino superior dar-se-á de maneira virtual e física. Os bairros mais longínquos deverá ser criada unidades

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