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APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Por:   •  7/6/2018  •  4.193 Palavras (17 Páginas)  •  282 Visualizações

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1.1 CONTEXTO HISTÓRICO.

Quando se fala em gestão de pessoas, não se pode pensar que esta é uma realidade que sempre existiu, nem sempre se pensava nas pessoas como sendo o principal ativo de uma organização. Vemos Taylor que no ano de 1911 publicou seu livro sobre “Princípios de Administração Cientifica”, onde segundo Amboni; Andrade (2009, p. 52), Taylor dizia que deveria haver planejamento e se aplicar métodos científicos no desenvolvimento dos trabalhos, fazendo com que os operários se tornassem cada vez mais experientes naquilo que faziam, realizando assim de modo mais rápido e eficiente a produção. No entanto ele não pensava se os desejos e objetivos do trabalhador estavam sendo realizados, os considerava como máquinas, o que gerava certos problemas, pois estes não se sentiam motivados a realizar seu trabalho. Segundo Gil (2007, p. 18) a administração cientifica se fundamentava na racionalização do trabalho, objetivando reduzir tempos gastos desnecessariamente. Além de Taylor, Fayol e Henry Ford também contribuíram para fundamentar a Administração Científica, fazendo com que esta se torna-se uma base principal para as organizações industriais. Na busca de uma de melhores resultados, começou a se constatar a necessidade da valorização das relações humanas. Gil (2007, p. 19) mostra que Elton Mayo através de suas experiências ressaltaram a importância de fatores psicológicos e sociais na produção. Em conseqüência disso, é que passou a valorizar as relações humanas no trabalho. “ As Relações Humanas constituem um processo de integração de indivíduos numa situação de trabalho, de modo a fazer com que os trabalhadores colaboram com a empresa e encontrem satisfação de suas necessidades sociais e psicológicas.” (GIL, 2007, p. 19).Com o passar do tempo os sindicatos começaram a surgir, sendo assim, de acordo com CHIAVENATO (2008, p. 18), com isso, não se tratava mais de intermediar os problemas e reduzir conflitos, mas também administrar as pessoas de acordo com a legislação.Deste modo, pode-se perceber que começou a haver maior preocupação com as pessoas, notando que estas eram os recursos vivos e inteligentes que toda organização possuía. Chiavenato (2008, p. 18), afirma que a partir da década de 70, é que então surgiu o conceito de Administração de Recursos Humanos, embora ainda havendo problemas por não conseguirem mudar completamente a idéia da importância das pessoas dentro da organização e ainda continuar vendo os trabalhadores como apenas recursos produtivos. O aparecimento da Administração de Recursos Humanos teve grande influência com a introdução da Teoria dos Sistemas, de Ludwig Von Bertalanffy, afirma Gil (2007, p. 20), já que Bertalanffy mostrou que toda e qualquer organização é constituída por elementos que interagem de certa forma e assim formam uma estrutura organizada, sendo assim as pessoas são parte da organização, tem sua importância essencial e devem receber seu respectivo valor. Gil, ainda nos mostra que a partir do momento que uma organização passa a adotar o enfoque sistêmico, ela passa a ter algumas características, como a interdependência das partes; ênfase nos processos, já que uma organização possui sempre uma continuidade, não há como ela permanecer estática; probabilismo, uma vez, que nunca se tem a absoluta certeza das coisas que devem acontecer, e do que é melhor; multidisciplinaridade, já que em uma organização sistêmica, se deve buscar contribuir com outros campos do conhecimento, ou seja, se uma equipe de RH é bem estruturada, e com diferenciais no conhecimento, sem dúvida, esta obterá maior êxito; concepção multicausal, diante dos vários casos que podem acontecer, estes são analisados; caráter descritivo, deixando com que os indivíduos que compõem a organização compreendam os fatos e busquem as melhores soluções; caráter multimotivacional, onde se percebe a necessidade de motivação para o alcance dos objetivos, sendo estes não somente financeiros, mas também de realização profissional e de bem-estar; participação, onde quem atua nas áreas menores, nos subsistemas, também participa das decisões, também são ouvidos; abertura para o ambiente, tanto o interno, quanto o externo; e ênfase nos papéis, onde se mostra o que se espera de cada um dentro da organização. Diante disso, pode-se afirmar que de um modo sistêmico, a Administração de Recursos Humanos, passou por dificuldades até chegar onde está hoje, enfrentou diversos desafios, para mostrar realmente sua necessidade e importância dentro das organizações, até que se chegou ao ponto de notar o funcionário como um parceiro, já que o processo produtivo depende de uma ação conjunta, onde todos buscam sua maior satisfação e alcance de seus objetivos.

1.2 Evolução histórica da administração de recursos humanos no Brasil. No Brasil, a partir dos anos de 1890 e 1930 começou a perceber a presença significativa do proletariado e houve um completo movimento grevista em busca de melhores condições e uma legislação que viesse a garantir isso, diz Gil (2007, p. 52).

Já a partir dos anos de 1930 a 1950, começou a haver alterações significativas em relação ao trabalho no país, onde no Governo de Getúlio Vargas, foi instituído o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Segundo Gil (2007, p. 53), dentre os eventos mais importantes da época foram a proibição das greves, e também a criação do imposto sindical e em 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho. Pode-se dizer assim que a Administração de Pessoal nesse período, era de forma legal, disciplinadora e punitiva, o amdinistrador, cuidava basicamente das partes burocráticas e disciplinares. Somente então em 1945, é que começou a ressurgir o movimento dos operários, sendo assegurado o direito de greve. Gil, ainda nos mostra que a partir de 1950 a 1964, começou a haver mudanças significativas no campo das relações de trabalho. E a nova classe que se estava formando de operários, não sofreram a influência das ideologias revolucionárias, tendo em vista que os empresários assumiram mais o aspecto de conflito do que as lutas de classes, diz Rodrigues (1966, p. 180). Com esses problemas, Gil (2007, p. 54), mostra que se passou a requerer uma presença de profissionais que gerenciassem os problemas do pessoal, passando assim a se criar departamentos de Relações Industriais, no entanto, pouca mudança se notou. Já nos anos de 1964 a 1978 os militares assumiram o poder, buscando combater a inflação e assim também conseguiu o controle econômico e político da classe trabalhadora. Ocorreu assim, um verdadeiro milagre econômico, como foi chamado. No entanto este não durou muito, exigindo que as organizações passassem a ter ações mais concretas

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