ANÁLISE DA ATUAÇÃO E PERFIL DE LIDERANÇA DOS GESTORES DE TRÊS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DE GRANDE PORTE NA CIDADE DE CHAPECÓ/SC – SOB O PONTO DE VISTA DOS SUBORDINADOS

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A teoria comportamental surgiu quebrando o paradigma dos traços e defendendo a ideia de que os comportamentos adequados podem ser aprendidos e as habilidades de liderança podem ser desenvolvidas em todos os indivíduos, logo, as pessoas treinadas podem liderar eficazmente. Estes comportamentos de liderança podem se mostrar adequados em determinada ocasião e, em outra, decisivamente não seria apropriado, ponderando vários fatores. Segundo Motta (1997) líderes são pessoas comuns que aprendem habilidades comuns, mas que no seu conjunto formam uma pessoa incomum.

No estudo da teoria comportamental, comenta-se sobre os estilos de liderança mais conhecidos: autoritário, democrático e liberal. No estilo autoritário, o líder estabelece as regras e toma as decisões não obtendo participação alguma do grupo, ele determina a tarefa de cada um. Chiavenato (2011, p. 120) afirma que “O líder centraliza as decisões e impõe suas ordens ao grupo”. No estilo democrático, o líder ouve os funcionários havendo debate e decisões no grupo. Outra particularidade da liderança democrática é segundo Ribeiro (2010, p. 70) o fato de que o líder procura igualar-se ao grupo, embora a realização das tarefas seja de competência dos subordinados; tem a característica de ser objetivo, limitando-se aos fatos em suas críticas ou elogios. Quanto à liderança liberal, há na verdade a ausência de liderança. Há a liberdade total dos subordinados de participação nas decisões em grupo com participação mínima do líder. Na liderança liberal, conforme Ribeiro (2010, p. 70): “O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos, limitando-se a comentários eventuais sobre a atividade cumprida, quando perguntado”.

Os estudos sobre liderança prosseguiram com a convicção de que o sucesso da eficácia da liderança não necessita de fatores avulsos como traços ou comportamento, pois se tratava de algo mais complexo, assim, os estudos focaram as influências da situação, isto é, os pesquisadores começaram a relacionar o estudo da liderança às variáveis situacionais, trata-se da liderança situacional ou teoria da contingência.

Existem dois modelos de liderança que possuem um vínculo forte quanto à influência recíproca, propondo-se como um acordo estável, onde líder e liderados aprendem juntos através das circunstâncias diárias, se referem ao procedimento dinâmico de atenção às necessidades e anseios dos subordinados. Trata-se da liderança carismática ou transformadora e da liderança servidora.

A teoria da liderança transformacional envolve os líderes que possuem influência considerável e incomum sobre seus seguidores, são carismáticos. Conforme Spector (2002), esta teoria é de certa forma uma resposta à abordagem das características, concentrando-se no perfil dos líderes em relação à sua eficácia. Este tipo de liderança vai além de relacionar as características ao desempenho, pois busca determinar como os líderes afetam seus seguidores.

A liderança servidora possui um grande exemplo: Jesus Cristo, que com seu exemplo influenciava as pessoas. Segundo Hunter (2006, p. 41): “Nenhuma pessoa com honestidade intelectual pode negar que a vida de Jesus exerceu uma grande influência na história. E ainda exerce até hoje”. Esta afirmação revela que a liderança servidora agrada os subordinados, faz com que todos queiram ficar perto do líder. De fato, este tipo de liderança exige muito esforço, é preciso pedir desculpas, perdoar, e dar uma segunda chance mesmo nas situações em que qualquer outra pessoa faria diferente.

- COMPETÊNCIAS DO LÍDER

Uma das aptidões mais importantes da liderança é a competência do líder. Na compreensão de Goleman (2001, p. 56): “São as aptidões que reforçam a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal. As pessoas excelentes nessas aptidões se dão bem em qualquer coisa que dependa de interagir tranquilamente com os outros; são estrelas sociais”. Percebe-se que é necessário o líder apresentar competências, visto que seu papel de liderança é reforçado na visão dos liderados. Destacam-se algumas competências de liderança, as mais comentadas pelos autores da bibliografia pesquisada: Autoconfiança, ética, iniciativa, criatividade, comunicação - uso correto do feedback, delegar tarefas, motivação, tomada de decisão.

- DESAFIOS DO LÍDER NO SÉCULO XXI

Os desafios atuais se mostram cada vez maiores, principalmente em relação aos avanços tecnológicos. De acordo com Gil (2001), o ambiente em que se situam as organizações apresenta-se cada vez mais volátil. A cada dia surgem máquinas melhores e softwares mais inteligentes. Trabalhar com a geração atual é uma tarefa estimulante, já que são pessoas pró-ativas e inovadoras. Assim se caracteriza o desafio organizacional, pois o líder necessita realizar uma gestão equilibrada e eficaz em meio a mudanças rápidas dentro e fora da organização.

- METODOLOGIA

Ao considerar que o presente estudo objetiva descrever o perfil de liderança e as competências dos gestores de três instituições financeiras de grande porte na cidade de Chapecó/SC, e a partir disso, observar os dados, a pesquisa pode ser classificada como descritiva. Dmitruk (2004, p. 73) explana que: “A pesquisa descritiva estuda fatos e fenômenos físicos e humanos sem que o pesquisador interfira, utilizando técnicas de observação, registro, análise e correlação de fatos sem manipulá-los”. Assim, haverá por meio de um painel de resultados a análise de uma determinada situação, sendo que as informações recolhidas não serão alteradas.

A pesquisa é caracterizada também como exploratória, pois, como indaga Gil (2010, p. 27) as pesquisas exploratórias envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas e estudos de caso. A presente pesquisa abrange levantamento bibliográfico, bem como entrevistas por meio de questionários, portanto, é considerada exploratória.

As características descritiva e exploratória neste caso são combinadas com uma abordagem quantitativa. Conforme Rodrigues (2006, p. 89): “Pesquisa quantitativa ocorre quando a abordagem está relacionada à quantificação, análise e interpretação de dados obtidos mediante pesquisa”. Desta forma, tem-se que a pesquisa está voltada para a análise dos dados utilizando-se dados estatísticos como porcentagem.

A abordagem quantitativa nesta pesquisa é complementada pela qualitativa. De acordo com Gil (2010) nas pesquisas definidas como estudos de campo, estudos de caso,