A mulher no mercado de trabalho

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aos pouco vem conquistando os seus direitos, espaço e admiração de seu empregador.

1. História e evolução da mulher no mercado de trabalho

No início, as mulheres eram conhecidas como “as rainhas do lar”, os homens eram quem mantinham as famílias e a função da mulher era somente de cuidar da casa, dos filhos e do marido. Porém os tempos mudaram e a realidade destas mulheres mesmo não tendo sido o foco também mudou, onde sua presença representou uma importante mudança no cenário econômico nacional. (Samara, 2002).

A história da mulher no mercado de trabalho se iniciou através das Guerras Mundiais quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos maridos em seus postos de trabalho.

Após o término das Guerras muitas mulheres acabaram ficando viúvas e os homens que retornaram para suas casas estavam impossibilitados de voltarem ao trabalho, pois a grande maioria ficou inválido. Com isso as mulheres sentiram – se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e os trabalhos que eram realizados pelos seus esposos.

Com a Revolução Industrial as mulheres passaram a realizar o trabalho nas fábricas, onde recebiam uma remuneração inferior á do homem, porém faziam os mesmos serviços que eles. Sujeitavam-se a jornadas de trabalho de 14 a 16 horas diárias, com salários baixos, o serviço muitas vezes eram em condições prejudiciais á saúde e cumpriam obrigações além das que eram possíveis, só para não perderem o emprego. Além de tudo a mulher deveria ainda cuidar dos afazeres domésticos e dos filhos.

A mulher através do seu trabalho contribuiu grandemente para o crescimento e evolução da sociedade em todos os seus aspectos. Mesmo sofrendo inúmeras discriminações em razão do gênero e passando por diversos desafios para poder quebrar o paradigma de que servia apenas para executar as atividades domésticas, cuidar do filho e marido e desenvolver atividades artesanais, a sua evolução se deu da forma crescente, onde conseguiu e está conseguindo a cada dia conquistar seu espaço no mercado de trabalho. Atualmente, podemos acompanhar as mulheres cada dia mais nas lideranças de grandes empresas e em profissões técnicas onde as mesmas vêm ganhando espaços.

Nos últimos cinquenta anos o contínuo crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais: o avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, a continuidade do processo de urbanização e a queda das taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade. (Teixeira, 2005).

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2010, na última década a mão de obra feminina cresceu 24%. O nível de ocupação das mulheres no mercado de trabalho no ano de 2000 era de 35,4%, enquanto em 2010 aumentou para 43,9%. O desempenho delas também foi maior neste período. Em 2000 o número era de 61,1% e chegou a 63,3% em 2010.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2012, apontam que o nível de emprego com carteira assinada para as mulheres cresceu 5,93% em relação ao ano de 2012.

2. As ocupações do trabalho feminino

“A ocupação de uma pessoa é a espécie de trabalho feito por ela, independentemente da indústria em que esse trabalho é realizado e do status que o emprego confere ao indivíduo”. (DICIONÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS: 1986, p.829).

As mulheres tiveram avanços muito importantes no mercado de trabalho, onde passaram a ocupar posições de destaque nas áreas: administrativas, politica, sindicato, industrial, construção civil, restaurantes, atendimento hospitalar, escolar e comércios. Houve até um crescimento de mulheres nas funções de atividade tradicionalmente masculina, como por exemplo: motorista de caminhão, policiais e segurança.

A mulher está cada vez mais assumindo cargos estratégicos nas organizações, onde têm demonstrado com muita competência que são tão eficazes quanto os homens para assumir posições importantes e estratégicas, além de atuar como administradora do lar e educadora dos seus filhos. As mulheres já superam os resultados obtidos pelos homens no mundo dos negócios.

Uma das principais características apresentadas pelas mulheres é que possuem mais habilidade de lidar com estruturas não hierárquicas, enquanto que os homens operam melhor com estruturas hierárquicas. Isso ocorre devido à própria natureza da mulher, a qual ao longo dos anos vem se adaptando a diferentes situações, nos diferentes papéis que desempenha na sociedade.

Dados do “International Business Report 2013”, da consultoria Grant Thornton, mostra que, atualmente, as mulheres ocupam 24% dos cargos de líder no mundo. São posições como presidente, vice-presidente e diretora. No Brasil, elas chegam a ocupar 23% da alta gestão.

Os homens têm muitas características favoráveis aos altos cargos de uma empresa. Mas as mulheres não ficam atrás e possuem qualidades que são indicadas aos líderes e que contribuem para uma carreira profissional bem-sucedida.

Vilella da Mata, 2015 aponta que as mulheres possuem alguns pontos positivos em sua personalidade que são destacados por especialistas em liderança como vantagens estratégicas para um empreendimento. Esses elementos são muito valorizados e fazem toda diferença na hora da escolha de um colaborador para um cargo com muitas responsabilidades:

– A mulher possui uma intuição “aguçada”, onde essa percepção, ajuda na hora de tomar decisões mais exatas no trabalho;

– Tem uma comunicação mais clara e estruturada que os homens, de um modo geral, tendo mais habilidade para controlar as palavras;

- São determinadas e querem sempre o melhor;

– São mais persistentes diante das dificuldades e tende a lutar por seus objetivos até que todas as alternativas de solução terminem;

- São pacientes e possuem uma visão mais detalhada;

– São capazes de suportar melhor a pressão, devido ter muita resistência física e psicológica.

Hoje em dia, muitas empresas buscam uma líder feminina pelo fato de que, quando os resultados são observados em longo prazo, a capacidade das mulheres