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A UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  26/6/2018  •  1.963 Palavras (8 Páginas)  •  331 Visualizações

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A parte 2 trata do começo da perda de prestígio das universidades públicas pois o ensino superior restringiu o número de vagas e resistiu a abertura de cursos noturno fazendo com que boa demanda da sociedade ficasse de fora e passassem a recorrer ao ensino superior privado criando assim uma imagem de que as universidades públicas utilizavam os recursos públicos para favorecer a uma minoria dominante. Também houve o fato de se gastar bastante com universidades públicas, principalmente em pesquisas cientificas que tem alto custo, fora as disputas de poder interna e sucessivas greves salariais que não mantinha como foco em atender as necessidades sociais. Juntando tudo isso, o Brasil vem perdendo o seu prestigio em instituições públicas.

A parte 3 e 4 ressalvam respectivamente, que as instituições privadas na sua maioria não institucionalizam a pesquisa pois depende para ser financiamento das mensalidades pagas pelos e não constituem a pesquisa como fonte de rendimento elas tem, portanto, uma ausência de autonomia da comunidade acadêmica. O desenvolvimento de pesquisas depende de investimentos elevados e continuados, depende também de pesquisadores competentes, onde podemos concluir que as instituições privadas não se preocupam com isso pois visa o lucro. Portanto deve-se valorizar as universidades públicas e para isso deve-se resolver o problema do financiamento, pois há uma grande escassez de verba e baixos salários do corpo docente. Há um sistema onde segundo Durhan “Chegamos assim à estranha conclusão de que conseguimos ter um sistema federal de ensino superior no qual se gasta muito e se paga muito pouco. ”

As partes 5 e 6 explicita que não se tem uma mudança nesse modelo simplesmente pela longuíssima tradição reforçado no período autoritária de centralismo burocrático. No caso da educação a força política e capacidade influir nas decisões são os que trabalham na área da educação como os ministros da educação e não aos que faz uso do sistema de ensino, o famoso clientelismo político e houve uma redução disso pois um novo ator político vem assumindo um papel político na orientação das políticas de ensino superior, os sindicatos docente e não docente. A democratização tanto no regime político quanto da sociedade é importante para implantar reformas sociais que a sociedade exigir. O modelo de financiamento do setor público de ensino superior era o de anualmente fornecia a universidade a manutenção do orçamento anterior acrescido de um percentual variável, o qual chegou a um momento que se tornou obsoleta pois o pais passava por um processo de crise econômica fora a disputa acirrada com outras áreas sociais por recursos cada vez mais escassos e se continuar assim as universidades podem ser extintas.

As partes 7 e 8 traz a questão do individualismo das instituições públicas que parece que não tem como objetivo atender as demandas sociais e somente a si, incapazes de liderar um movimento de reforma, como por exemplo no sistema do financiamento, ao contrário do que ocorre nos países desenvolvidos não tem como base os alunos e nem da pesquisa somente com número de funcionários e professores, a maioria das despesas estão se concentradas na folha de pagamento. Ao ser comparado com os países desenvolvidos estamos realmente bem obsoletos. Então precisa-se de uma reforma política, sair desse modelo de centralismo burocrático, ela deve priorizar as necessidades dos usuários e as dos produtores do serviço devem vim depois, ou seja, tem que ocorrer uma alocação de recursos.

A parte 9 mostra a conclusão final da obra que demonstra que o custo de ensino superior do Brasil é muito elevado para a qualidade que o possui e é essencial torna-lo eficiente e de melhor qualidade pois é com ele para se obter um prestigio. Democratizando o acesso ao ensino superior, acabar com centralismo burocrático, autonomia de gestão e controle de qualidade do desempenho são ações essenciais para mudar o estado crítico que o pais se encontra nessa área.

“ Uma política nesse sentido é possível e viável. Boa parte dos instrumentos que ela necessita já existem de forma fragmentada, no conjunto do sistema de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia. A novidade dessa politica reside na integração desses instrumentos e na efetiva associação entre autonomia de gestão e controle de resultados, tendo em vista o aumento da eficiência, da qualidade e da equidade do sistema no seu conjunto, as quais são todas indispensáveis para o Ensino superior satisfaça as demandas de uma sociedade que se desenvolve economicamente, se moderniza e se democratiza.” (Durham,1998, pág. 26).

A obra de Volpato se baseia em fatos históricos e socioculturais com fatos críticos a respeito da situação das pesquisas cientificas brasileiras atuais, onde de maneira mais sucinta tenta apresentar soluções para essa problemática em questão. A obra se divide em cinco partes, bem objetivas mostrando um assunto bastante preocupante na área acadêmica.

A primeira parte intitulada de “Background” mostra que a produção cientifica brasileira surgiu através de cientistas renomados, normalmente do exterior, e o Governo Militar foi o momento ideal para as produções serem voltadas para o âmbito nacional e o surgimento da globalização fez com que a ciência nacional começasse a interagir com o mundo, a partir desse ponto o Brasil começa a crescer. É nesse cenário que as revistas brasileiras cientificas começam a ser estimuladas, porém ao chegar no início da década de XXI, houve uma explosão de revistas cientificas e isso foi ruim pois quantidade não é sinônimo de qualidade, inclusive os critérios adotados pela Scielo não abordava qualidade, então foram muitos artigos científicos evasivos publicados. Podemos ver claramente a opinião de Volpato nesse trecho

“Esse cenário estimulou o equívoco principal de nossos gestores, que era o pressuposto de que estavam no caminho correto; qual seja, a busca de visibilidade cada vez maior para nossa boa ciência incompreendida e negligenciada (esse equívoco não ocorreu só no Brasil) ” (Volpato, 2015, pag. 25)

A segunda parte já começa abordando justamente esse equívoco dos gestores que empolgados com a globalização visava somente a visibilidade sem a preocupação do conteúdo formando profissionais técnicos sem conteúdo.

A terceira parte mostra que essa visão de buscar somente a visibilidade não estava funcionando pois no âmbito internacional as pesquisas brasileiras estavam sofrendo severas críticas, Volpato afirma claramente que o Brasil está jogando dinheiro fora com a ciência e as esperanças para isso se reverter foram depositadas na SPBC desde que se abranja

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