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A Sucessão como um fator determinante do Êxito

Por:   •  15/2/2018  •  5.802 Palavras (24 Páginas)  •  379 Visualizações

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estimulado pelos pais par sucedê-lo na empresa.

Palavras- chave: Empresa familiar. Sucessão. Gestão.

1 INTRODUÇÃO

O mercado mundial encontra-se altamente aquecido e cada ano mais competitivo, tornando-se um ambiente, onde para as empresas, a manutenção de sua continuidade é uma preocupação constante, dado o alto índice de novos negócios que são criados a cada ano. Segundo pesquisa divulgada pelo SEBRAE, esse número chega aos incríveis 1,2 milhões de novos empreendimentos formais por ano. Dentre esses, boa porcentagem corresponde a empresas com bases familiares, que engajam fortemente no mercado, seja por necessidade ou oportunidade.

As empresas familiares brasileiras, favorecidas por esse alto crescimento e receptividade do mercado a novos produtos e serviços, estão cada dia mais firmes e cada vez mais, assumem papel de importância no cenário econômico do país.

Segundo Bethelem (1994), cerca de 90% dos grandes grupos empresariais brasileiros são de propriedade familiar. Esses números denotam a importância desses empreendimentos, para o crescimento de nossa economia e desenvolvimento da sociedade onde as mesmas encontram-se inseridas.

Segundo Oliveira (2010), a nova realidade da abertura de mercado e a globalização consolidaram nova situação na economia, com forte influência nas empresas familiares.

Dentre essas influências pode-se citar: a necessidade de se reinventar, para dar continuidade as práticas administrativas, atualmente aplicadas à organização, bem como a adoção de novas práticas inerentes, as mais diversas áreas que são cruciais ao prosseguimento dos negócios da família. São essas ações, que deixarão afinadas as potencialidades administrativas e de gestão, que possivelmente levarão as empresas familiares a sobreviver às crises e oscilações financeiras oriundas do mercado, e consequentemente fortalecer sua continuidade, ou seja, prolongar a vida dessa empresa. E, esse prolongamento é o fantasma enfrentado por essas empresas, que passam em muitos casos, por dificuldades, para chegar a segunda e terceira gerações.

No Brasil existem dados, onde é afirmado que a vida média das empresas não familiares é de doze anos e a das empresas familiares é de nove anos [...] (OLIVEIRA, 2010, p.8). O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) cadastrou 2,8 milhões de empresas no último Censo. Com base nesses dados disparatados, a estimativa é de que o Brasil tenha 3,5 milhões de empresas, formais ou informais, na grande maioria empresas familiares (LODI, 1999, P. 49).

Oliveira (2010, p. 8) afirma que, de maneira geral, pode-se considerar que as empresas familiares correspondem a mais de 4/5 da quantidade das empresas privadas brasileiras e respondem por mais de 3/5 da receita e 2/3 dos empregos quando se considera o total das empresas privadas brasileiras.

Assim sendo, para o bom andamento de nossa economia faz-se necessário que estas empresas mantenham-se sempre atuando de forma lucrativa, ou seja, que obtenham sucesso em suas atividades. De acordo com Watson, Rainer e Houdeshel (1992), os fatores de sucesso são um conjunto de condições vitais de um dado projeto social, que, quando falhos, aumentam a probabilidade de insucesso e quando satisfatórios, assegurarão o alcance dos objetivos pretendidos.

Há estudos que indicam que a sobrevivência de empreendimentos familiares tem forte relação com o processo sucessório (FUJIOKA, 2002, apud MACCARI et al. 2006). A sucessão de dirigentes representa uma etapa crítica na vida das empresas familiares (SCHEFER, 1993).

Drucker (1981) destaca que uma organização que não consegue perpetuar-se é falha, pois, segundo ele, esta tem que se prover com antecedência de dirigentes capacitados para assumirem o comando da organização num processo de sucessão administrativa.

Sucessão é um processo que está sendo ou será enfrentado por todas as empresas com raízes familiares. Esse tema é de sutil importância para se obter um bom entendimento do processo que ocorre em uma organização onde o líder está passando o bastão para seu sucessor ou sucessores, o seus herdeiros, para a nova geração.

Neste contexto, apresenta-se aqui a perguntas de pesquisa: “Que aspectos cooperam para que o processo sucessório seja um fator determinante ao êxito das empresas familiares? Sendo assim, este trabalho tem como objetivo geral identificar os aspectos que mais cooperam para que o processo sucessório seja um fator determinante ao êxito das empresas familiares.

Como objetivos específicos foram determinados. (i) Levantar na literatura os aspectos que cooperam que o processo sucessório seja um fator determinante ao êxito das empresas familiares; (ii) Verificar em uma empresa familiar de segunda geração, quais destes aspectos se confirma na prática; (iii) Confrontar a percepção dos três diretores pesquisados com as afirmações da base teórica deste estudo.

Como pressuposto de pesquisa afirma-se que a grande êxito do processo sucessório nas empresas familiares está no planejamento do processo sucessório,

à formação de base dos sucessores e no desenvolvimento dos sucessores dentro da empresa.

O trabalho está estruturado em 5 seções. A primeira é esta introdução que evidencia a problemática e os objetivos do trabalho. A segunda é o referencial teórico que discute as bases teóricas e conceituais de empresas familiares e seus processos sucessórios. A terceira seção apresenta a metodologia da pesquisa. A quarta seção apresenta os resultados da pesquisa de campo, enquanto que a quinta seção trás as considerações finais.

2 REFERENCIAL TEÒRICO

2.1 Empresa Familiar

Segundo afirma Maximiano (2011), uma variante da empresa tradicional a empresa familiar é uma iniciativa que tem o objetivo de melhorar a condição socioeconômica de uma família. Mais que o nome da família sobre a porta ou o numero de parentes na alta direção, é a propriedade de uma família que define a empresa familiar (GERSICK; DAVIS; HAMPTOM, 2006).

Longenecker et al (2007) define a empresa familiar como sendo, a empresa na qual, dois ou mais membros de uma mesma família são os proprietários ou operam em conjunto ou por sucessão. Essas organizações, em sua maioria são lideradas por famílias empresárias onde a mesma nasce de um projeto, de um sonho ou de um desafio de vida de uma pessoa ou grupo (BORNHOLDT, 2005).

Criadas a partir do sonho de um pequeno empresário, essas empresas familiares raramente são concebidas

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