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A Gestão de Estoques e NCG

Por:   •  22/5/2018  •  3.951 Palavras (16 Páginas)  •  315 Visualizações

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- OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar a influência da gestão de estoques na Necessidade de Capital de Giro de uma empresa distribuidora de gás e água, com sede na microrregião de Patos de Minas, no período de 01/01/2014 a 31/12/2015.

2.2 Objetivos específicos

- Avaliar os índices de prazo médio e de liquidez;

- Identificar as deficiências da empresa analisada em relação à sua gestão de estoques;

- Identificar as consequências da gestão de estoques na Necessidade de Capital de Giro;

- Propor estratégias de gestão de estoques para aumentar o capital de giro da empresa;

- Identificar o produto que tem maior representatividade nos resultados financeiros da empresa.

- REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Gestão de Estoques

De acordo com Martins e Laugeni (2009), os estoques são responsáveis por gerar valor para o consumidor final, com isso, é considerado um recurso produtivo de extrema importância dentro das empresas. Para suprir as necessidades de seus clientes de forma satisfatória, é necessário que se avalie as possíveis maneiras de disposição dos produtos, variedades, quantidades e etc.

Ainda segundo Martins e Laugeni (2005), os pedidos de compras dos clientes podem ser atendidos tanto através de materiais em estoques, quanto efetuando novas compras para reposição. Para isso, é necessário que a empresa garanta a disponibilidade dos produtos desejados pelo cliente, na quantidade e condição esperada (BALLOU, 2001).

Considerando a importância dos materiais na relação entre a empresa e seus clientes, despertou-se o interesse em desenvolver estratégias de gestão de estoques a fim de otimizar a logística empresarial. O objetivo principal dessa estratégia de gestão, segundo Dias (1993), é reduzir gastos com armazenamento de materiais, sem afetar a disponibilidade do produto ao cliente, considerando que esta movimentação afeta diretamente os resultados financeiros da empresa.

Cabe à empresa avaliar as vantagens e/ou desvantagens em se manter ou não um alto nível de estoques. Ela deverá considerar que ao manter altos níveis de estoques incorrerá em maiores custos de armazenagem, mas também terá maior disponibilidade de produtos para atender as necessidades de seus clientes. Por outro lado, ao manter menores níveis de estoques, apesar de apresentar menor disponibilidade, ela incorrerá também em menores custos de armazenagem. Martins e Laugeni (2009) afirmam que é importante observar que a velocidade com que as mercadorias entram na empresa, é diferente da velocidade que elas saem, considerando que existe a sazonalidade do negócio, ou seja, variações na rotatividade de estoque devido às condições externas. Essa rotatividade deve ser tratada com devida atenção, já que ela influencia diretamente nos ciclos da empresa.

Os ciclos representam a realização dos principais eventos no transcorrer de um determinado tempo em uma empresa. Eles são de extrema importância para o controle gerencial, pois auxiliam os gestores na tomada de decisão através do acesso a uma realidade mais precisa da empresa quanto ao prazo de suas vendas, o prazo de recebimento dos clientes e o prazo em que os seus estoques ficam parados. Esses indicadores permitem, consequentemente, um maior desempenho operacional e as possíveis necessidades de investimento em capital de giro (PADOVEZE; BENEDICTO, 2011).

3.2 Necessidade de Capital de Giro

Segundo Assaf Neto e Silva (2002) a palavra giro representa os recursos de curto prazo da empresa, normalmente definidos como aqueles capazes de serem transformados em caixa no prazo máximo de um ano. As empresas cujo ciclo operacional ultrapasse esse período definirão os recursos correntes com base nesse ciclo. Assim, o capital de giro pode ser definido como os recursos que uma empresa precisa para financiar suas atividades operacionais, desde a aquisição de matérias-primas ou mercadorias, até o recebimento da venda.

De acordo com Matarazzo (2010) a Necessidade de Capital de Giro (NCG) pode ser identificada através da diferença entre o Ativo Circulante Operacional (ACO) e o Passivo Circulante Operacional (PCO). Sendo que o Ativo Circulante Operacional são as aplicações em compra, produção, estocagem e venda, e o Passivo Circulante Operacional são as origens de recursos decorrente dessas atividades. Geralmente os ACO das empresas são maiores que seus PCO, indicando uma NCG que deve ser financiada por recursos próprios ou de terceiros – financeiro ou permanente. Entretanto, quando os PCO são maiores que os ACO as empresas possuem mais financiamentos operacionais do que investimentos operacionais, possuindo disponibilidade de recurso operacional para aplicar em outras atividades.

Uma das causas das variações da NCG é a alteração no giro dos estoques da empresa. Segundo Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2010) os estoques são matérias-primas, componentes, insumos, produtos em processo e acabados, constituindo-se em bens destinados à comercialização, à produção e venda. Eles são elementos relevantes dos ativos circulantes, especialmente nas empresas comerciais e industriais, pois representam maior volume de dinheiro aplicado se comparado com os demais itens do ativo circulante. São também os ativos circulantes de menor liquidez.

Para Seidel e Kume (2003) um giro mais lento do estoque aumenta o ciclo operacional da empresa e consequentemente a NCG. Assim, para Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2010) esse giro de estoque mais lento provocará um impacto direto no fluxo de caixa da empresa, pois as duplicatas irão vencer sem que o produto seja vendido.

Além disso, há outras causas da variação da NCG, como variações nos Preços de Estoques, variações nos Níveis de Atividade Econômica, variações nos Prazos de Produção, variações nos Prazos de Pagamentos dos Fornecedores e variações nos Prazos de Recebimento de Clientes (SEIDEL; KUME, 2003).

A NCG de uma empresa pode ser financiada por capitais de terceiros e capitais próprios. Para Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2010, p. 430 e 431):

Capitais próprios são recursos aportados nas empresas pela via do Patrimônio Líquido, quer através da auto geração de recursos e respectivo reinvestimento, quer pela subscrição e integralização de

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